O que é IOF, quando é cobrado e onde tomar cuidado

Por Redação Onze

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Se tem uma coisa que a gente sabe que paga em excesso é imposto. Aquela mesinha poderia ser mais barata se não fosse o imposto sobre ela, ou a viagem, o almoço. Mas o que muitas vezes não entendemos é como esse imposto é calculado. Para começar a tirar essas dúvidas da sua cabeça, e mostrar que entender essa parte da economia é muito mais simples do que você imagina, fizemos esse texto falando sobre um imposto bem famoso, o IOF.

O que é IOF?

Para entendermos o que é IOF, primeiro temos que saber o significado dessa sigla. A classificação mais popular de IOF é Imposto sobre Operações Financeiras, mas na verdade o significado completo é Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros. Ou seja, como o próprio nome já diz, IOF é o imposto cobrado sobre a maior parte das operações financeiras e serve para gerar receita para União.

É importante ressaltar que, além de arrecadar fundos, é por meio do IOF que o governo consegue identificar o quanto de demanda de crédito está acontecendo na economia do Brasil. Ou seja, o IOF é também um medidor econômico.

Quando é cobrado?

Agora que já entendemos o que é IOF, vale entender quando ele é cobrado. Bom, como o próprio nome já diz, o IOF é um imposto cobrado em taxas cambias, de crédito e outras operações como títulos. Na prática, você percebe esse imposto quando usa seu cartão de crédito, cheque especial, compra dólar, envia dinheiro para o exterior ou compra um imóvel financiado. Enfim, tudo que envolva créditos.

Mas vale lembrar que, se você é daqueles atentos, que acompanham cada detalhe da fatura do cartão de crédito, mas nunca percebeu a taxa do IOF, não se preocupe. Não é sempre que a taxa vai aparecer, ela estará presente em casos de atraso de fatura, compras acima do limite, financiamento com o cartão de crédito, saques por meio do crédito ou quando você paga o valor mínimo do cartão.

Taxas percentuais cobradas em cada operação

Agora vamos aos números. Afinal, quanto de IOF você vai pagar em cada operação de crédito específica? Separamos as taxas nas transições mais comuns:

Cartão de crédito: para compras no exterior (e isso também vale para quando você compra algo em um site que não seja brasileiro), a taxa é de, aproximadamente 6,38%. Já se você realizou um empréstimo por meio do cartão ou cheque especial a taxa é de 0,38% + 0,0082% ao dia.

Seguros: os de vida e acidentes pessoais tem a taxa de 0,38%, mas esse número pode aumentar em outras modalidades chegando a 7,38%.

Câmbio: se você for comprar moedas estrangeiras, vai perceber que a taxa de IOF gira em torno de 1,1%. Se for trabalhar com recursos do Brasil para o exterior a taxa pode ser a mesma.

Onde tomar cuidado

Agora que você já sabe o que é IOF, vale a pena saber de alguns detalhes. Antes de sair calculando as taxas cobradas, é preciso entender qual tipo de operação você irá realizar. A maioria das taxas de IOF costumam ser fixas, mas alguns valores podem variar. Se falamos de investimentos em renda fixa, por exemplo – quanto maior o tempo que você levar para pegar seu valor investido de volta, menor será o IOF cobrado. Vale lembrar que esse IOF cobrado em investimentos é sobre o rendimento e não sobre o quanto você investiu. Outra coisa que vale lembrar é que, se o investidor realizar uma aplicação em título de renda fixa e só pegar o valor depois de 30 dias, não haverá cobrança do IOF.

E, por último, fique sempre atento a tabela atualizada das taxas e regras de IOF que podem mudar de acordo com decretos do governo.