Planos de previdência do Banco do Brasil: vale a pena contratar?
A previdência privada é um investimento de longo prazo, pensando em planos futuros, que podem ser seus ou até mesmo de seus filhos. Também pode substituir a aposentadoria do INSS ou, ainda, ser complementar a ela. No Brasil, esses planos são oferecidos por bancos e corretoras independentes, e basicamente o que muda em cada uma dessas instituições são as taxas que incidem sobre o investimento. Neste artigo, vamos especificar os planos de previdência do Banco do Brasil, chamados de Brasilprev.
Antes de mais nada, no entanto, ao se optar por uma previdência privada, é preciso ter em mente os seus objetivos. O que você quer conquistar? Em quanto tempo? Você pretende investir para fazer uma retirada total e abrir um negócio, por exemplo? Ou quer ter uma renda mensal após uma determinada idade? Essa definição é importante para a escolha de um plano.
Em seguida, é preciso escolher o tipo de plano. Existem, no geral, dois tipos de previdência privada, o PGBL – Plano Gerador de Benefício Livre – e o VGBL – Vida Gerador de Benefício Livre. A principal diferença entre eles é que no PGBL o valor das contribuições é dedutível do imposto de renda, sendo ideal para quem faz a declaração completa. Já quem é isento ou faz a declaração simplificada, o VGBL é o ideal.
Saiba mais no artigo VGBL: entenda tudo sobre e veja se vale mais a pena que o PGBL
Brasilprev – a previdência do Banco do Brasil
Algumas características da previdência do Banco do Brasil são:
- Contribuição variável
- Aporte mínimo mensal de R$ 100,00
- Benefícios de riscos opcionais
- Sem limite de valor para resgate, respeitadas as carências
- Carência inicial de 6 meses e de 60 dias entre parciais
- Idade para contratação entre 14 e 99 anos
- Indexador e correção do benefício IPC-A
- Tipos de renda: mensal temporária, mensal vitalícia, mensal vitalícia com prazo mínimo garantido, reversível ao beneficiário indicado, reversível ao cônjuge com continuidade aos menores de 21 anos.
Você pode também escolher os fundos de investimento nos quais seu dinheiro será aplicado, dependendo de seu perfil de investidor. São eles:
Ciclo de Vida
É uma aplicação que se ajusta ao longo do tempo, iniciando com renda variável (ações) e, conforme for se aproximando da data de saída, concentra-se em renda fixa, para que você receba o que investiu. Assim, há a possibilidade de obter mais rentabilidade no longo prazo.
Fix
Combina títulos públicos e privados e é indicado para quem é conservador nas aplicações, preferindo não correr riscos.
Premium
Títulos públicos e privados que vão sendo alocados ao longo do tempo. Indicado para investidores dispostos a trabalhar com oscilações diárias em busca de uma maior rentabilidade futura.
Fix Estratégia
Investimento em renda fixa com ajuste automático de um fundo para outro, buscando a melhor rentabilidade.
Multimercado
Essa aplicação é um pouco mais ambiciosa e o investidor precisa saber lidar com as variações do mercado. A composição é: renda fixa e de 20% a 49% em renda variável. Dentro desse fundo, há três tipos, o Multimercado Dinâmico, Multimercado Dividendos e Multimercado Multiestratégia, cada um com uma porcentagem diferente de renda variável.
Taxas que incidem sobre os planos de previdência do Banco do Brasil
Os planos de previdência do Banco do Brasil possuem a incidência de duas taxas, assim como os demais planos de previdência privada. São elas:
Taxa de administração financeira
É cobrada pela previdência do Banco do Brasil pela tarefa de administrar o fundo. Essa taxa varia conforme o plano. Geralmente os planos de renda fixa têm taxas menores. Já os de renda variáveis possuem taxas maiores, por exigirem uma expertise maior do gestor. A taxa é cobrada diariamente, de acordo com o valor total da reserva, e seu valor médio é de 3,5% ao ano.
Taxa de carregamento
Incide sobre cada depósito que é feito no plano e serve para cobrir despesas de corretagem e administração, não ultrapassando 5% sobre cada contribuição feita. Essa taxa pode ser antecipada (na hora do aporte) ou postecipada (somente quando há portabilidade ou resgates). No plano de previdência do Banco do Brasil, essas taxas variam de acordo com o valor que você possui no plano, o tempo de permanência e o nível de relacionamento.
Vantagens e desvantagens do Brasilprev
Bancos, como todos sabemos, são instituições financeiras que visam o maior lucro possível. E com os planos de previdência não é diferente. Assim, o Brasilprev e todos os seus planos se encaixam nesse padrão. Além dos planos de previdência, em geral (principalmente os conservadores), já não terem um grande rendimento (o que se considera uma desvantagem em termos de investimento), ainda incorrem em taxas muitas vezes exorbitantes. Por isso, é preciso pesquisar muito, já que os bancos alteram as taxas todo o tempo, e cada plano tem a sua.
Porém, uma vantagem dos planos de previdência privada Brasilprev é a disciplina, principalmente se o cliente já for correntista do banco – pode-se programar para o valor ser repassado mensalmente para o fundo escolhido. Assim, não há desculpas para não fazer o aporte em determinado mês e acabar diminuindo ainda mais os rendimentos. Vale também o bom relacionamento com o banco para a diminuição – ou até isenção – de algumas taxas.
Em 2018, a associação de consumidores Proteste avaliou sete tipos de fundos para classificar os mais vantajosos. Dos nove fundos recomendados, dois são do Banco do Brasil, ambos na categoria Previdência Data-Alvo, no qual cada cotista define uma data para resgate de recursos. São eles: Brasilprev Renda Total Ciclo de Vida 2040 FIC Multimercado, com uma rentabilidade anualizada (em 5 anos) de 8,08%, e o Brasilprev Renda Total Ciclo de Vida 2030 FIC Multimercado, com uma rentabilidade de 8,16%.
A previdência do Banco do Brasil – Brasilprev – possui fundos de investimentos para todos os gostos. É importante, no entanto, além de escolher um investimento que mais lhe atraia, realizar um comparativo de taxas e ofertas de fundos com outras instituições. Cautela nunca é demais quando o assunto é seu futuro!
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