Como funciona a ordem de compra no mercado de ações
No mercado financeiro, o investidor não pode movimentar ações em contato direto com a bolsa. Sendo assim, essa interação é feita por um agente intermediário que é representado, geralmente, na figura de uma corretora ou uma instituição financeira.
Todo tipo de aquisição de ações no mercado se dá por meio de um recurso chamado ordem de compra e num ambiente moderno, com as negociações ocorrendo via home broker, ou seja, plataformas de operação digital de ações, pela internet, a ordem de compra é uma constante.
Neste artigo vamos discorrer um pouco sobre os tipos de ordens existentes e quais as vantagens desse recurso.
Qual o conceito de ordem de compra
A ordem de compra, em sua essência, é a ação que corresponde a aquisição de um valor mobiliário no mercado. Isso se dá entre o cliente e um estrutura que faz a intermediação desse ato: geralmente as corretoras.
O conceito de ordem de compra é antigo, mas a forma como ela era feita mudou – e muito.
Para termos um breve histórico, a Bolsa de Nova Iorque, por exemplo, surgiu em 1792 – mas não significa que seja a primeira instituição dessa natureza. Há registros na história que começam na Roma Antiga, Grécia e, posteriormente, na Bélgica, no séc. XV.
Nos seus primórdios, a ordem de compra vinha acompanhada de um outro termo que a identificava: era a ordem na pedra.
A nomenclatura fazia jus ao momento completamente analógico em que o mercado se encontrava. Quando se queria comprar um valor mobiliário, a comunicação era feita e, uma vez enviada, quando estava de fato no ambiente da Bolsa de Valores, isso querida dizer que estava “na pedra”.
Com o passar dos anos, as ações deixaram de ser formalizadas em um grande quadro negro e passaram a receber, cada vez mais, recursos tecnológicos.
Essa evolução também refletiu na ordem de compra. Hoje ela é negociada via home broker, de forma rápida e simples entre o investidor e a interface, que já determina a movimentação para que a corretora execute.
Por se tratar de um recurso fundamental para a movimentação do mercado, é importante entender que, qualquer seja a corretora, todo tipo de ordem de compra é centralizado no mesmo canal, rigidamente registrado em seus detalhes de tempo e identificação, para que sejam repassadas.
Como emitir ordem de compra?
Em tempos hiperconectados e fácil acesso às plataformas de home broker à disposição, as ordens de compra costumam ser emitidas a poucos cliques.
Geralmente é uma ação que se inicia clicando no Menu, selecionando a ordem e, em seguida, escolhendo o ativo, preço, quantidade e definindo o tipo de ordem de compra.
Isso mesmo, elas existem em diversas modalidades. Conheça os principais tipos.
Quais os tipos de ordem de compra
Ordem de Compra a Mercado
É considerada uma das formas mais diretas e, por assim dizer, simplificadas de emitir uma ordem de compra. Na ordem a mercado, o corretor é instruído tanto para comprar quanto para vender ações imediatamente.
Em um mercado tão volátil, isso significa que a ação será comprada pelo preço que estiver no momento (ou algo bem próximo a isso). Esse sistema, por sua vez, não garante nenhum tipo de valor da ação – atende à cotação do momento.
Ordem de Compra Limitada
Nessa modalidade de ordem de compra, a corretora recebe a orientação de comprar ou vender uma ação a preço X, ou seja, a um valor determinado. Se esse preço não for atingido, a compra ou venda simplesmente não acontece.
Apesar de ser um sistema que fornece certa segurança, já que a ação será comprada ou vendida, apenas, se atingir valor igual ou menor ao estipulado, existem algumas particularidades desse tipo de ordem de compra, como regras e valores de corretagem, que devem ser alinhados com as determinações da corretora.
Ordem Stop
É um tipo de ordem de compra que tem por objetivo uma proteção no caso de uma grande perda.
A partir de um chamado valor stop, previamente estipulado pelo investidor, quando o papel atingir esse patamar, a corretora está autorizada a convertê-la, automaticamente, em ordem de compra a mercado.
Ordem Start
É uma ordem de compra que faz o caminho inverso da ordem stop. Ou seja, o investidor programa para que a ordem seja executada quando o ativo estiver acima de um determinado preço.
Qual é a validade de uma ordem de compra?
Como são ferramentas muito utilizadas no dia a dia do mercado de ações, é importante saber que as ordem de compras também carregam uma validade em sua relação com as corretoras.
E isso significa que, da mesma forma que existem diversas modalidades de ordem de compra, também há um número variado de tipos de validade.
Levando em conta o sistema da B3, estão as seguintes possibilidades de validade:
Validade diária
A ordem fica válida apenas durante o dia em que foi emitida.
Validade até cancelar
Fica válida com a corretora até que o investidor opte pelo cancelamento – e há um prazo máximo para isso: 30 dias.
Validade até a data específica
Ainda dentro do prazo de um mês, a ordem fica válida até uma data pré-determinada pelo investidor.
Validade Tudo ou Nada
É uma ordem que ela tem a validade apenas na exata ocasião em que é emitida. Sendo assim, ou ela é executada ou, então, passa a ser automaticamente cancelada.
Validade Execute ou Cancele
Também é uma ordem que é executada no exato momento em que é lançada, porém, diferentemente do Tudo ou Nada, não precisa necessariamente ser executada em sua integralidade – apenas o restante é cancelado.
De posse desses conhecimentos, esperamos que tenham compreendido um pouco mais o universo das ordens de compra e suas diversas possibilidades.
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