Proteção patrimonial: se proteger financeiramente em crise econômica?

Por Redação Onze

proteção patrimonial

O Brasil tem enfrentado grandes momentos de crise econômica nos últimos anos. As dificuldades de mercado e de recuperação econômica no país afetam diversas empresas e os investidores não ficam isentos de sofrer seus impactos.

Em um contexto de inflação com recorde de alta e uma taxa de desemprego acima do esperado, não é raro que investidores se preocupem com a segurança de seu patrimônio.

Todo investidor busca, com aplicações de seu capital, aumentar o patrimônio. Por isso, saber como reagir em situações de crise e como se preparar para elas é essencial. Apenas tomando decisões capazes de resguardar seu patrimônio é possível se proteger financeiramente em crises.

Entenda aqui como é possível proteger seu capital e seus investimentos presentes e futuros durante crises econômicas.

Como se proteger financeiramente em crise?

Garantir a segurança do patrimônio e investimentos depende de conhecer medidas para saber como se proteger em crises. Apenas investidores que sabem entender o contexto econômico e se adaptarem aos desafios que ele apresenta são capazes de se prevenir contra impactos negativos.

Existem diferentes ações práticas para reduzir os danos a investimentos feitos, mas como cuidar do seu financeiro mesmo antes desses momentos se mostrarem? O primeiro passo é sempre controlar a entrada de saída do dinheiro.

Não é mais novidade dizer que a educação financeira é essencial para quem deseja manter o patrimônio e fazê-lo crescer. Sem saber de onde vem e para onde vai sua renda mensal é impossível buscar estratégias para aumentar a rentabilidade com segurança, mesmo em um mercado favorável.

Uma vez que você tem controle do seu fluxo de renda, descubra quais os impactos que uma crise pode ter na vida profissional. Sua profissão é sua principal fonte de renda, não importa se você é dono de empresa, professor ou advogado.

Entender de onde vem sua renda e como ela pode ser prejudicada por uma crise é essencial para evitar impactos negativos. Se a empresa que você tem ou para a qual trabalha está em risco e perdendo mercado, as chances da sua renda fixa ser prejudicada é muito grande. Nesse caso, investir em você e no seu negócio para ter condições de se manter no mercado é essencial.

Proteger sua renda é uma medida que não pode ser deixada para outro dia. Dinheiro parado em conta bancária não rende e você sempre vai precisar de uma reserva de emergência para imprevistos, como o caso de perder clientes ou o emprego.

Gerar renda passiva é outra forma de proteger seu patrimônio. Em épocas de alta da inflação existem muitos investimentos que aumentam a rentabilidade. Por isso, podem te ajudar a se manter e se recuperar de impactos negativos da crise.

A reserva emergencial e a renda passiva são uma forma de alcançar um outro objetivo essencial em momentos de crise: evitar imprevistos. Essa reserva é o dinheiro que você vai ter para sobreviver sem ter que recorrer ao fundo dos investimentos ou outras rendas extras quando problemas surgirem. Se você ainda não possui uma, faça agora.

Quais os melhores investimentos durante uma crise?

Se proteger financeiramente em crises, como mencionamos, é muito mais simples quando você investe capital em aplicações com maior rentabilidade.

Antes de tomar a decisão de qual opção de investimento escolher, é importante saber quais as melhores possibilidades que o mercado oferece.

Os melhores investimentos serão aqueles capazes de manter rendimento acima da inflação, ou seja, aqueles comandados pela Taxa Selic. Veja algumas opções.

Tesouro Direto

Com garantias do governo federal, liquidez diária e rentabilidade acima da inflação, é, geralmente, a alternativa mais segura em momentos de crise.

No entanto, só vale realmente a pena se você for conseguir respeitar o prazo de resgate. Portanto, essa é uma alternativa viável apenas para investimentos de longo prazo ou reservas emergenciais.

CDB

Oferece garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) e sempre tem rendimento acima da inflação. A maior vantagem desse investimento é que ele não é prejudicado em resgates antecipados, servindo para objetivos de curto, médio e longo prazo.

LCI e LCA

São as opções com liquidez mais atrativa e que oferece isenção de Imposto de Renda, podendo ser muito benéfica para diversos perfis de investidores.

As garantias nesses modelos são oferecidas pela Caderneta de Poupança. A única preocupação real com o LCI esse investimento e verificar os efeitos da crise no mercado imobiliário e como se reflete no rendimento da aplicação.

Já o LCA é, em geral, mais recomendado para investimentos de curto prazo, não mais de 2 anos.

O que é, efetivamente, proteção patrimonial?

A proteção patrimonial é o conjunto de medidas que busca evitar impactos negativos, independentemente da situação que o causa. Crise ou não, existem muitos problemas que podem fazer com que você tenha que abrir mão do seu patrimônio familiar ou empresarial.

É importante dizer que essa proteção não é reativa, ou seja, ela não é feita quando o problema surge. Na verdade, são medidas preventivas que evitam que você seja prejudicado quando surge uma crise ou situação jurídica e administrativa que afetem seu patrimônio.

Principais riscos enfrentados pelo patrimônio não protegido

Entender a real necessidade se proteger financeiramente em crise depende de conhecer os riscos reais que se corre quando não está protegido.

Empresas e investidores precisam saber que muitos elementos que nunca pareceram ser um risco podem criar problemas muito grandes para o rendimento e lucratividade das aplicações e negócios. Veja os principais riscos.

Trabalhista

Instabilidades no mercado, aumento do desemprego e as atualizações que estão sendo feitas pela reforma trabalhista criam muitos riscos. Processos trabalhistas sempre foram muito presentes na realidade das empresas e as atuais instabilidades aumentam ainda mais os riscos.

Fiscal e tributário

O Brasil possui leis tributárias e fiscais muito complexas e difíceis de serem cumpridas. Elas exigem atenção e tempo, o que fica ainda mais difícil com as constantes atualizações na legislação que são feitas.

Assim, não é tão raro quanto parece receber punições por falhas ou falta de informação sobre uma legislação específica.

Ambiental

Essa é outra área legislativa que tem ganhado cada vez mais atenção e, consequentemente, alterações. A constante preocupação com os impactos ambientais causados por empresas faz com que a fiscalização fique mais intensa. E também faz com que o número de procedimentos a serem seguidos mais burocráticos e complexos.

Societário

Uma sociedade sempre começa com pessoas que têm o mesmo objetivo, se conhecem e têm afinidade. No entanto, pessoas mudam, posturas se alteram, alinhamento ideológico se transforma, o que, em uma sociedade, pode resultar em dissolução e disputa judicial pelo patrimônio.

Familiar

Comunhão de bens é uma medida muito usada em casamentos e pode causar graves problemas para o patrimônio de uma empresa quando envolve o divórcio de um sócio ou grande acionista. O mesmo problema existe em caso de falecimento, seja na partilha de bens ou na escolha do sucessor.

Assim, tomar medidas para proteger patrimônio garantem que, em situações de crise:

  • Reduzir riscos.
  • Garantir que a empresa se mantenha durante a crise.
  • Minimizar gastos com taxas, tributos e impostos.
  • Impedir a total exposição de bens do negócio e de sua família.
  • Criar bases seguras para longo prazo.
  • Eliminar riscos que impeçam o avanço dos seus investimentos.

Como criar uma proteção patrimonial contra crises?

Existem diversas formas de proteger seu patrimônio em situações de crises diversas. Escolher a melhor opção, ou mais de uma, depende do tipo de patrimônio que se pretende proteger e quais os riscos existentes.

Uma das primeiras opções para empresas é a realização de auditorias periódicas, que garantem um setor tributário e fiscal alinhado e sem erros. Assim, seu patrimônio está protegido de processos administrativos e jurídicos decorrentes de erros na declaração de impostos ou outras taxas.

Falência e recuperação judicial é outra medida protetiva que pode ser adotada, uma vez que tornam possível processos na justiça comum para sanar dívidas. É melhor que recorrer a justiça do trabalho, que tende a ser menos flexível e mais focada em proteger o trabalhador e não a empresa.

Criar um planejamento sucessório é outra medida preventiva muito eficiente, principalmente para empresas familiares. Nelas existe a possibilidade de disputas judiciais pelo cargo de liderança que comprometem o patrimônio da empresa.

Regimes de união e casamento evitam disputas pelo patrimônio em casos de separação e seguros de vida resgatáveis, permitindo recuperar o dinheiro pago em caso de desistência do contrato após período de carência.

Proteção patrimonial e o Investidor

Ainda que ao falar de riscos ao patrimônio os casos se apliquem mais a empresas do que a investidores, conhecer as formas de se proteger financeiramente em crise é importante, também para eles.

Quando um investidor aplica capital em uma ação de empresa ou em um fundo de investimento, seu patrimônio e o objetivo de aumentá-lo ficam sujeitos não só às flutuações de mercado e rentabilidade conseguida. Os impactos que uma crise pode causar em empresas afeta o rendimento que os investidores daquela empresa vão ter.

Por esse motivo, além de escolher as melhores opções de investimento, é essencial conhecer riscos e medidas protetivas para verificar se a empresa na qual você pretende investir está protegida.

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