Previdência privada ou ações: qual é o melhor investimento?
Está em dúvida se deve investir em previdência privada ou ações?
Então, antes de aplicar o seu dinheiro, é importante conhecer as duas modalidades.
Ambas são investimentos para o longo prazo, mas que têm rentabilidades e modos de funcionamento diferentes.
E, antes de investir nelas, o ideal é já ter uma reserva financeira para emergências.
Para ajudar no planejamento, preparamos este guia para você escolher entre previdência privada ou ações e saber como iniciar o investimento. Confira.
Previdência privada ou ações: o que é o quê
Inicialmente, você precisa conhecer como a previdência privada e as ações funcionam para considerá-las como possíveis investimentos.
O que é previdência privada
Previdência privada é um tipo de fundo de investimento que serve como plano de aposentadoria não ligado ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
É, portanto, uma previdência complementar, que gera renda além da previdência social.
Nesse tipo de fundo, o indivíduo paga mensalmente ou de uma única vez os valores que deseja investir, e o dinheiro fica rendendo por anos, até ser resgatado com juros.
Mas trata-se de um investimento que vale a pena para o longo prazo: quanto maior é o tempo de aplicação, maior é a rentabilidade (confira aqui).
Existem dois planos de previdência privada.
Um deles é o PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livres), ideal para quem tem renda alta e faz a declaração de Imposto de Renda Completa.
Na modalidade, é feita a restituição do IR dentro de um limite de 12% da renda bruta anual tributável.
Nesse caso, o imposto incide tanto sobre o valor total depositado quanto sobre o rendimento e é cobrado no resgate.
Outro plano é o VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres), para quem faz declaração de IR simplificada ou não faz declaração.
Nesse plano, o IR não é abatido, mas incide apenas sobre o rendimento da aplicação.
O que são ações
Ações são papéis que equivalem a pequenas parcelas de uma empresa.
Quando um indivíduo compra uma ação na Bolsa de Valores, ele está comprando, na verdade, uma parcela do capital social de uma empresa com capital aberto.
O capital social total da companhia, então, é dividido entre seus vários acionistas.
É justamente aí que reside o risco das ações: o lucro do investidor está atrelado ao desempenho do negócio e à percepção de valor que os investidores têm dele.
Quanto maior interesse de investidores pelo investimento na empresa, mais ela se valoriza, pois a bolsa de valores funciona em um sistema de ofertas de compra e venda, como em um leilão.
Se a empresa apresenta resultados ruins, os sócios também percebem seus rendimentos caírem.
Como você pode ver, ações e previdência privada são modalidades diferentes de investimentos.
Portanto, elas não são excludentes. Ambas podem fazer parte de uma carteira de investimentos diversificada.
Previdência privada ou ações: por onde começar
Se você é um investidor iniciante, a verdade é que não deve começar por nenhuma das duas.
Mas, então, o que fazer?
Confira abaixo dois passos que antecedem o investimento em previdência privada ou ações.
1. Crie uma reserva de emergência
Em investimentos, o primeiro passo é criar uma reserva financeira de emergência, de preferência, equivalente a pelo menos seis meses do seu custo de vida.
Para isso, a dica é fazer aplicações de alta liquidez (a capacidade de converter ativos em dinheiro rapidamente sem perda de valor).
Entre as modalidades de investimento com alta liquidez, destacam-se o títulos de CDB e Tesouro Selic.
CDB diário
O CDB (Certificado de Depósito Bancário) com liquidez diária é um investimento em renda fixa que une rentabilidade e baixo risco para o curto prazo.
Nesse tipo de aplicação, você empresta dinheiro para bancos, de maneira que eles possam emprestar a clientes em formato de crédito, cheque especial e financiamentos, por exemplo.
O dinheiro fica rendendo e, quando você quiser resgatá-lo, tem acesso ao valor aplicado acrescido dos juros.
A vantagem é que, em no mesmo dia, o investimento pode ser convertido em dinheiro.
Tesouro Direto
Já o Tesouro Direto é uma aplicação em títulos públicos por meio dos quais o Governo Federal arrecada fundos.
Além de ter baixo risco, esse investimento apresenta alta liquidez, o que significa que o dinheiro pode ser resgatado a qualquer momento sem que a rentabilidade seja prejudicada.
Aqui a recomendação é investir no Tesouro Selic, em que a rentabilidade é atrelada à taxa básica de juros da economia.
Nesse caso, o dinheiro pode ser resgatado em apenas 1 dia útil, o que é ideal para o caso de emergências.
2. Projete prazos mais longos
Só depois de criar uma reserva financeira é que você deve projetar prazos mais longos para os investimentos.
Aqui entram a previdência privada e as ações, que garantem rentabilidade no longo prazo.
No caso da previdência privada, por exemplo, o ideal em termos de tributação é que o dinheiro fique rendendo por pelo menos dez anos.
Ou seja: é um investimento para o futuro, que garante uma aposentadoria mais confortável.
Assim, se surgir qualquer emergência financeira, você não precisa resgatar o dinheiro (e perder rentabilidade) antes do tempo previsto, já que pode utilizar os valores da sua reserva.
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Se você já possui uma reserva de emergência, então, já pode investir em previdência privada ou ações.
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