Mercado de opções: o que é e como funciona?
Os contratos futuros não são os únicos derivativos disponíveis na Bolsa de Valores. O mercado de opções também é uma excelente alternativa para investidores mais arrojados.
As opções também são uma espécie de compromisso firmado entre investidores. Elas te dão o direito de negociar investimento em ações, seja para compra ou para venda. Essas negociações são programadas para uma data específica, com preço fechado antecipadamente.
A diferença do mercado de opções para os contratos futuros é que você pode optar por comprar ou vender a ação. Caso não o faça, o acordo apenas perde sua validade.
Quer entender melhor como funciona o mercado de opções? Acompanhe-nos pelos próximos trechos para conhecer tudo sobre essa alternativa no mercado de renda variável!
Quais são os termos comuns no mercado de opções?
Se você acha o mercado financeiro recheado de jargões incompreensíveis, nós te entendemos, pois também já estivemos aí. O mercado de opções é recheado deles.
Mas nós já fizemos todo o trabalho de pesquisa para que você aprenda em apenas um lugar todos os termos técnicos desse mercado!
Confira abaixo:
- Opção de compra (Call): na call, o investidor, que está vendendo, é identificado como o lançador – que também explicaremos! – e é obrigado a vender o ativo-objeto no preço e data combinados.
Já o comprador é chamado de titular, já que pagou o prêmio e tem a opção de adquirir o ativo pelo preço combinado no prazo acordado.
- Opção de venda (Put): nesse modelo, o investidor, que está vendendo, é quem pagou o prêmio e, por isso, é considerado o titular. Ele é quem tem a opção de vender o ativo-objeto pelo preço e prazo combinado.
O comprador, que ocupa a posição do lançador, é quem deve, obrigatoriamente, comprar, caso o vendedor aceite a opção de venda.
- Ativo-objeto: é o centro da negociação, o bem que está sendo negociado;
- Preço de exercício (strike): nada mais é do que o preço combinado no fechamento do acordo no mercado de opções;
- Data de vencimento: é a data combinada para compra e venda do ativo-objeto;
- Titular ou comprador: é o investidor que compra o contrato de opção. Ou seja, ele é quem paga o prêmio e tem o direito de cumprir ou não uma negociação no mercado de opções;
- Lançador ou vendedor: é o investidor que vende o contrato de opção, recebendo o prêmio, mas ficando obrigado a vender o ativo-objeto caso o titular aceite o cumprimento da negociação;
- Prêmio: é o preço que o titular paga ao lançador para fechar um contrato de opção e poder optar pela compra ou venda de um ativo na data e preço combinados.
Vale esclarecer que o comprador, na opção de compra, nem sempre é o mesmo comprador identificado como titular. A opção de compra mostra apenas que o titular quer ter a opção de comprar as ações.
Na opção de venda, por exemplo, quem comprou o prêmio é quem está querendo ter o direito de vender ou não o ativo-objeto da negociação.
Quais são as vantagens do mercado de opções?
Não faltam vantagens em operar no mercado de opções. A principal delas é a diversificação de estratégias. Você tem a liberdade de escolher como irá abordar as negociações ou se prefere atuar como lançador, titular ou usar ambas as alternativas.
Vale considerar também a possibilidade de investir na alta ou na baixa. Essa é mais uma opção estratégica que você pode abordar ao operar nesse mercado.
Além disso, as possibilidades de obter rentabilidade e lucro no curto prazo também são altas.
E as desvantagens?
Obviamente, não dá para dizer que tudo são flores no mercado de opções. Como boa parte dos investimentos na renda variável, a alta rentabilidade também vem acompanhada de grande risco.
Vale considerar também a volatilidade do mercado, característico das operações de capital especulativo. Se você opera como lançador, é importante ter cuidado com esse elemento surpresa, já que ficará obrigado a cumprir com o combinado, caso o titular opte por concretizar uma negociação que não irá te favorecer.
Tem outra desvantagem que torna o mercado de opções diferente da maioria dos outros investimentos da renda variável: você nem sempre poderá resgatar o dinheiro aplicado.
Isso acontece pois existem contratos de pouca liquidez, o que pode diminuir sua rentabilidade, caso opte por vendê-lo de imediato.
Quais são os custos do mercado de opções?
Existem também alguns custos a considerar antes de embarcar no mercado de opções. O primeiro deles é a taxa de administração cobrada pela sua corretora.
Elas são cobradas simplesmente pelo serviço de execução de ordens e armazenamento das informações, independentemente dos investimentos que você tiver em carteira. A taxa costuma ser de 0,5% a 4%, raramente passando disso.
Além disso, algumas corretoras já não cobram essa taxa dos seus clientes, então vale a pena pesquisar por aquelas que praticam baixas taxas ou oferecem a isenção.
Outra taxa obrigatória é a de custódia. A cobrança é feita pela própria Bolsa de valores, e é de 0,25% ao ano, cobrada semestralmente. Além delas, a B3 também cobra os emolumentos, taxas sobre cada operação de compra e venda.
A tributação também está presente no mercado de opções, mas apenas para investidores que têm ganhos superiores a R$ 20 mil mensais. Ou seja, se você opera abaixo disso, você está isento do Imposto de Renda.
Já investidores que ganham acima desse valor, têm tributação de 15% sobre o rendimento líquido e 20% em operações de day trade, bastante comuns no mercado de opções.
Para quem o mercado de opções é indicado?
Considerando o risco e a volatilidade, o mercado de opções é indicado apenas para investidores de perfil agressivo. Afirmamos isso por conta da possibilidade de alavancar seus ganhos.
Porém, o risco de perder seu investimento está em um nível além do que os investidores conservadores e moderados podem tolerar. Mesmo assim, é recomendado que o investidor arrojado tenha uma fundação sólida antes de se aventurar pelo mercado de opções.
Para aprender mais sobre os diversos tipos de investimentos que podem te levar à tão sonhada independência financeira, entre em contato conosco agora mesmo!