Previdência privada ou debêntures: onde investir?
Previdência privada e debêntures são aplicações financeiras interessantes para investidores iniciantes buscando um pouco mais de retorno.
Neste artigo, você vai entender como escolher entre previdência privada ou debêntures para investir.
Previdência privada ou debêntures: um passo atrás
Antes de conhecer as diferenças entre a previdência privada e as debêntures, vale a pena dar um passo atrás, para compreender quais são os seus objetivos para o dinheiro.
Isso porque a previdência privada e as debêntures são aplicações muito distintas, com objetivos, riscos e prazos completamente diferentes entre si.
Por isso, elas não podem ser colocadas lado a lado como opções semelhantes para um mesmo objetivo.
Neste caso, a dica é aprofundar os seus conhecimentos sobre o tema e fazer uma análise detalhada dos prazos e objetivos para o investimento, antes de escolher.
Sem esse conhecimento, você corre o risco de trocar os pés pelas mãos, e pagar caro por isso. Principalmente se decidir resgatar o investimento antes da hora em caso de arrependimento.
Se você quiser fazer investimentos inteligentes, não há escapatória: vai precisar se dedicar para definir o destino do seu dinheiro.
Previdência privada ou debêntures: o que é o quê
Agora, vamos analisar o que são as debêntures e os planos de previdência privada, para você entender as diferenças.
O que é previdência privada
Previdência privada é uma previdência complementar à pública, oferecida por corretoras, bancos e gestoras.
Os planos de previdência privada são contratados por quem pensa no futuro e no longo prazo, com o objetivo de se aposentar com tranquilidade.
O funcionamento é simples: você deposita um valor inicial, e depois faz aportes regulares. Enquanto isso, os gestores do plano que você contratou investem esse dinheiro em ativos que correspondam ao perfil de risco do plano que você contratou.
A imensa maioria dos planos de previdência privada foca em ativos de renda fixa, porque os investidores estão interessados na segurança para o longo prazo.
Encerrado o tempo de contribuição, que pode durar algumas décadas, você escolhe entre sacar os valores depositados e o respectivo rendimento em uma única vez, ou recebê-los mensalmente na sua conta, o que se assemelha à aposentadoria pública.
Existem basicamente dois tipos de planos de previdência:
- Os planos abertos são vendidos pelas instituições financeiras e podem ser acessados por qualquer pessoa.
- Os planos fechados são vinculados a empresas, instituições ou entidades de classe, e só podem ser acessados por profissionais vinculados a essas instituições.
Objetivos do investidor
O objetivo do investidor que contrata um plano de previdência privada é acumular patrimônio com foco no longo prazo.
Seja para receber uma quantia mensal ao terminar o período de acumulação, ou resgatar o valor total, o foco é garantir um futuro tranquilo para si mesmo e para a família.
Além disso, a previdência privada também é escolhida como modalidade de investimento para quem deseja fazer a sucessão familiar, já que, em alguns casos, ela não é considerada parte da herança.
Em geral, quem adere aos planos de previdência privada são profissionais que não estão satisfeitos com o teto máximo do INSS ou profissionais liberais e empresários, que não contam com a previdência pública.
Principais características
Existem dois tipos de planos de previdência privada:
O principal fator que motiva a escolha é o tipo de Declaração de Imposto de Renda que o investidor entrega.
Quem faz a declaração completa pode abater as parcelas da previdência privada na declaração, em até 12% da renda anual, desde que opte pelo PGBL.
Já quem opta pela declaração simplificada tende a optar pelo VGBL, que não possui esse benefício do imposto.
Entre os custos da previdência privada, é possível citar, principalmente, a taxa de carregamento, descontada de cada contribuição, e a taxa de administração.
No que diz respeito à rentabilidade, os planos de previdência privada, focados em renda fixa costumam compensar no longo prazo, mas podem não ser vantajosos se o investidor precisar do dinheiro no curto prazo.
Já a segurança do investimento costuma ser alta, porque os fundos de previdência privada focados em renda fixa investem apenas em títulos públicos ou privados de baixíssimo risco. Assim, os riscos da previdência privada costumam ser baixos.
Finalmente, outra característica da previdência privada é a portabilidade. Você pode migrar livremente entre os planos, levando os valores sem precisar pagar o imposto de renda no momento da transição.
O que são debêntures
Já as debêntures têm pouco ou quase nenhuma relação com a previdência privada.
As debêntures são títulos de crédito emitidos por empresas. Quando você compra debêntures, está, na prática, emprestando dinheiro para que a empresa que a emitiu possa financiar suas atividades.
Em geral, as empresas emitem debêntures para se capitalizar e dar sequência a projetos, como a construção de uma nova planta de produção, a aquisição de concorrentes ou o desenvolvimento de produtos.
Objetivos do investidor
O principal objetivo do investidor que aplica em debêntures é a diversificação em investimentos de renda fixa.
Como as debêntures oferecem rentabilidade e risco maiores do que a maioria dos investimentos em renda fixa, pode fazer sentido a diversificação de parte do patrimônio.
Além disso, o investidor que aplica em debêntures está olhando para o curto e médio prazo, não tem objetivos de longo prazo para o dinheiro.
Principais características
Nas debêntures, as regras são estipuladas pela empresa que emitiu o título, tanto no que diz respeito aos prazos como à rentabilidade.
Em geral, no entanto, os prazos vão de 2 anos a 10 anos, no máximo. São investimentos focados no médio prazo.
O grande risco das debêntures está na possibilidade de a empresa não pagar o empréstimo nos valores acordados. Nesse caso, quanto melhor for a situação financeira da empresa e o seu histórico como pagadora, menores os riscos.
Vale lembrar, também, que as debêntures não contam com o seguro do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), ao contrário de outros investimentos de renda fixa.
Em troca desse risco, as debêntures oferecem uma rentabilidade superior a outros títulos de renda fixa, como LCI e LCA.
Como escolher entre previdência privada e debêntures
É fácil escolher entre previdência privada e debêntures. Como são investimentos bastante diferentes, a decisão vai depender, basicamente, dos seus objetivos e da sua aceitação ao risco.
Se você está interessado em acumular patrimônio com foco no longo prazo, para ter um futuro confortável, o mais recomendo é a previdência privada.
Para quem pensa em investimentos como uma previdência complementar, a previdência privada oferece vantagens tributárias e de sucessão familiar.
Mas esse investimento não é recomendado se você precisar do dinheiro no curto ou médio prazo, em um período inferior a 10 anos, por exemplo.
Agora, se você tem o objetivo de diversificar o seu patrimônio e aceita correr mais riscos do que a renda fixa tradicional (LCI, LCA, CDB, Tesouro Selic, etc.), as debêntures podem ser uma boa opção.
Ao emprestar dinheiro para a empresa que emitiu debêntures, você recebe os valores de volta com juros, nos prazos definidos em contrato.
Mas sempre há o risco de não pagamento por parte da empresa. Por isso, as debêntures são mais arriscadas e oferecem rentabilidade superior à renda fixa tradicional.
E aí, gostou do artigo? Continue navegando pelo blog da Onze para conhecer tudo sobre a previdência privada.