Motivação pessoal: 5 dicas para se comprometer com sua saúde financeira
A motivação pessoal é decisiva para alcançar a saúde financeira, pois garante o compromisso com as metas e uma relação mais positiva com o dinheiro. Mais do que conhecimento técnico, você precisa de inspiração e autoconhecimento para seguir seus objetivos e aprender a controlar seu orçamento.
Quantas vezes você já desanimou diante da dificuldade em poupar dinheiro, reduzir gastos ou atingir suas metas de vida? Para evitar esse sentimento frustrante e motivar a si mesmo, você pode colocar algumas dicas em prática pelo bem das suas finanças. Neste artigo vamos explicar:
- Por que a motivação pessoal é essencial à saúde financeira
- Principais desafios para se motivar na vida financeira
- 5 dicas de motivação pessoal para atingir seus objetivos
- Previdência privada como compromisso
- Como motivar seus colaboradores.
Nos próximos tópicos, ficará clara a importância da motivação pessoal para chegar à prosperidade.
Por que a motivação pessoal é essencial à saúde financeira
A motivação pessoal é fundamental para que você consiga se comprometer com os objetivos financeiros e ter disciplina para manter o controle do orçamento. Mais do que conhecer as estratégias de gestão e planejamento orçamentário, é preciso estar disposto a adotar hábitos mais saudáveis e abrir mão de desejos imediatos em nome da saúde financeira.
Muitas vezes, isso significa saber dizer não para si mesmo, conter impulsos consumistas e fazer sacrifícios no presente para garantir o futuro. Obviamente, não é fácil colocar isso em prática, ainda mais em uma sociedade que estimula o consumo o tempo todo e equipara os bens materiais ao sucesso.
Por isso é essencial fortalecer a motivação pessoal e se manter fiel às suas metas, seja para poupar uma quantia todo mês ou limitar seus gastos. Para Daniela Mir, Planejadora Financeira CFP®, essas atitudes só se tornam possíveis quando você se dedica ao autoconhecimento, como veremos a seguir.
Principais desafios da motivação pessoal nas finanças
A motivação pessoal para cuidar da vida financeira é influenciada por várias questões emocionais, sociais e técnicas. Veja quais são os principais desafios na hora de se engajar no controle financeiro.
O vitimismo do “ganho pouco”
Um dos principais obstáculos para assumir o controle da vida financeira é a ideia de que você ganha pouco e, por conta dessa limitação, não é capaz de se organizar ou poupar dinheiro. Na verdade, a maioria das pessoas continua com essa sensação mesmo depois de aumentar sua renda.
Esse efeito é conhecido como “inflação do custo de vida”, que faz as pessoas aumentarem os gastos na mesma proporção dos ganhos — ou seja, o salário nunca será suficiente. Por isso, o verdadeiro problema não está em ganhar pouco, e sim na falta de motivação pessoal e disciplina para controlar o orçamento(ou mesmo buscar um aumento da renda).
Falta de perspectiva sobre o futuro
Outra dificuldade comum na busca pela saúde financeira é conseguir visualizar você mesmo no futuro e tomar decisões baseadas no longo prazo, como poupar e investir para a aposentadoria. Na maioria das vezes, nós só conseguimos pensar no presente e acabamos deixando o assunto para depois.
A própria neurociência constatou que nosso cérebro não se importa com o amanhã: segundo uma pesquisa desenvolvida pelo psicólogo Hal Ersner-Hershfield, publicada em 2009 na US National Library of Medicine, nós vemos nossa imagem futura como a de uma pessoa completamente estranha. Por isso se preparar para o amanhã é um desafio.
O impulso do consumismo
O consumismo, entendido como o ato de comprar em excesso, é um grande desafio de motivação pessoal na sociedade atual. De acordo com o psicólogo Grant Donnelly, autor da pesquisa “Buying to Blunt Negative Feelings”, publicada em 2016, as compras por impulso são motivadas pela necessidade de preencher um vazio interior. Por isso as pessoas tendem a gastar demais quando se sentem frustradas, estressadas, solitárias e inseguras.
No entanto, esse consumo para aliviar sentimentos negativos tem o efeito contrário: logo após o pico da satisfação imediata, a pessoa se sente extremamente culpada e ansiosa por ter extrapolado seu orçamento. Assim, muitas pessoas vivem em um ciclo vicioso de falta de controle financeiro, compras impulsivas e arrependimento.
Falta de conhecimento sobre finanças
Além das questões emocionais e sociais, a motivação pessoal para cuidar das finanças também é afetada pela falta de interesse e conhecimento em gestão financeira. Isso ocorre principalmente quando o indivíduo não tem acesso a uma educação financeira de qualidade e nunca se preocupou em gerenciar seu próprio dinheiro.
Além disso, muitas pessoas não sabem nem por onde começar na hora de organizar o orçamento e definir metas, mal sabem calcular juros ou sequer conhecem as opções de investimento disponíveis para melhorar sua condição financeira.
5 dicas de motivação pessoal para buscar sua saúde financeira
Se você se identifica com os desafios acima, está na hora de melhorar sua motivação pessoal para buscar a saúde financeira. Confira algumas dicas e táticas de quem entende do assunto:
1. Visualize seu futuro
Como vimos, o cérebro não reconhece a projeção do seu futuro “eu” — daí a tendência a viver somente o presente e se entregar ao consumo imediatista. Por isso, a melhor forma de estimular sua motivação pessoal é ter uma imagem clara da sua vida lá na frente.
A sugestão de Daniela Mir é começar com um exercício simples: feche os olhos e tente visualizar você daqui a 5, 10 e 20 anos.
“Coloque essa imagem na porta da geladeira, na parede em frente à cama ou até mesmo dentro da carteira, perto do cartão de crédito”, aconselha Daniela.
Ao mentalizar seu futuro, você vai descobrir onde e como quer estar, e suas metas financeiras ficarão mais claras.
2. Crie representações visuais
Quando você decidir o que espera do futuro e quais são seus objetivos, é hora de dar o próximo passo e criar representações visuais para fortalecer sua motivação pessoal. Para Daniela, é importante escrever, desenhar ou buscar imagens que representem a realização das suas metas.
Depois, você pode fixar essas imagens e conteúdos na porta da geladeira, na parede em frente à cama, ou até mesmo dentro da carteira, perto do cartão de crédito. Dessa forma, você estará condicionando sua mente a fazer o sacrifício de poupar hoje para ter satisfação amanhã.
Por exemplo, se o seu sonho é viver uma aposentadoria tranquila em uma casa de praia e viajar pelo mundo com sua família, experimente reunir imagens dos destinos que quer conhecer e casas deslumbrantes no litoral. E lembre-se de colocar o dinheiro nos planos e sinalizar o preço dessas realizações.
3. Compartilhe seus planos
Outra dica importante de planejamento financeiro é contar seus planos para amigos íntimos e familiares dispostos a te apoiar. Quando sua meta estiver em risco, eles poderão reanimá-lo e motivá-lo, amenizando o sacrifício de hoje e reforçando a imagem do futuro.
Ao compartilhar seus objetivos de vida, você envolve as pessoas de confiança nos seus planos e não se sente mais sozinho. Se elas também dividirem suas metas, vocês formarão uma rede de apoio para vencer os desafios financeiros e alcançar a prosperidade juntos.
4. Abandone a contabilidade mental
Muitas pessoas ainda confiam na própria memória para controlar o orçamento, mas já está comprovado que nosso cérebro prega peças nessa área. O economista comportamental Richard Thaler criou o conceito de contabilidade mental para explicar como nossa mente separa os gastos por “departamentos” e contabiliza o orçamento conforme sua conveniência.
Em seus experimentos, ele verificou que o cérebro tenta equilibrar os gastos conforme o valor dado para cada tipo de consumo. É o que acontece quando você “sente” que já gastou demais com lazer no fim de semana e resolve gastar dinheiro com outra demanda. No entanto, esse mecanismo falha em limitar os gastos e muitas vezes leva ao consumo excessivo para satisfazer todas as áreas.
Por isso, é importante abandonar essa contabilidade mental e começar a controlar seu orçamento com planilhas, aplicativos ou até mesmo papel e caneta. O importante é registrar todas as despesas e receitas, incluindo pequenos gastos com os pets, com lembrancinhas dadas em um ou dois aniversários por mês, ou até com aquele bom e velho cafezinho acompanhado do pão de queijo.
5. Invista no autoconhecimento
Mais do que usar táticas e ferramentas de motivação pessoal, é fundamental conhecer a si mesmo para atingir os objetivos financeiros traçados.
“Técnicas para alcançar objetivos financeiros estão mais relacionadas ao autoconhecimento do que a compreensão de números, juros ou ativos de investimento”, ensina Daniela.
“É preciso reconhecer medos no espelho e históricos familiares de gastos descontrolados ou economia exagerada, além de entender atitudes pessoais como necessidade de aprovação de outros, complacência demasiada e impaciência na análise de dados.”
Ou seja: quando reconhecemos nossos hábitos, valores e comportamento, fica mais fácil identificar, e muitas vezes eliminar, os obstáculos que nos impedem de tomar decisões financeiras inteligentes.
Cuidar da aposentadoria: um caminho para a motivação pessoal
Se você já reconheceu suas dificuldades na gestão financeira e está disposto a perseguir seus objetivos, escolher um investimento de longo prazo pode ser o próximo passo para melhorar a motivação pessoal. Com um plano de previdência privada, por exemplo, você consegue fazer aportes mensais e acompanhar os rendimentos do seu patrimônio.
Assim, você consegue calcular quanto precisa poupar todo mês para alcançar a independência financeira, uma aposentadoria tranquila ou qualquer outro objetivo de longo prazo. Além disso, suas aplicações terão uma rentabilidade satisfatória e estarão seguras em um fundo de investimento gerido por profissionais.