Renda financeira: aproveite os rendimentos da sua previdência

Por Redação Onze

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Para quem busca um plano de previdência privada, um dos modelos mais oferecidos para retirada do dinheiro é a renda financeira. Com ela, é possível que o dinheiro investido continue rendendo enquanto o saque completo não é feito.

Entenda melhor como a renda financeira funciona e veja quais as suas vantagens na hora de contratar o plano de previdência.

O que é renda financeira?

Renda financeira é aquela em que há acúmulo de valores que, baseados em diversos cálculos matemáticos, incidem em rendimentos. Ou seja, o valor total resgatado é maior do que o aplicado, devido aos juros no período.

Na previdência privada, a renda financeira permite que o dinheiro acumulado ao longo dos anos, junto com seus rendimentos, seja resgatado de uma só vez ou mensalmente durante um determinado período.

Nessa modalidade, o único fator considerado será o valor acumulado, ao contrário da renda atuarial, que considera também fatores como idade, qualidade e estimativa de vida.

Cálculos: como a renda financeira rende?

Para entender o rendimento, é necessário saber qual será a taxa de juros aplicada ao valor, se ele será efetuado ao mês, ao ano ou apenas ao final de um contrato e se será juros simples ou compostos.

Caso seja simples, o rendimento será equivalente ao valor inicial aplicado no plano. Por exemplo: com aplicação de R$ 1.000 com juros a 5% ao mês, sabe-se que, todo mês, haverá rendimento de R$ 50.

Já se for juros compostos, ocorrerá o chamado “juros sobre juros”, ou seja, os juros serão somados ao valor inicial totalizando um novo valor para a base de cálculo dos novos juros.

Dessa forma, o rendimento ocorre conforme o exemplo abaixo, considerando aplicação de R$ 1.000 com juros compostos a 5% ao mês:

  • 1º mês – R$ 1.000 + 5% = R$ 1.050
  • 2º mês – R$ 1.050 + 5% = R$ 1.102,50
  • 3º mês – R$ 1.102,50 + 5% = R$ 1.157,63; e assim por diante.

Como usufruir do dinheiro na modalidade renda financeira?

Quem opta pela renda financeira possui duas possibilidades para retirar o valor aplicado, assim como os rendimentos. A viabilidade de cada uma dependerá do objetivo que o beneficiário possui para usufruir daquele montante.

Resgate

Na renda financeira, a opção de resgate é a mais flexível e oferece diversas possibilidades ao beneficiário. É possível, por exemplo, efetuar o resgate total dos valores, sendo o montante acumulado acrescido de seus rendimentos.

Mas, caso não haja grandes planos para o uso de todo o valor, é possível retirar apenas o rendimento ou manter a aplicação girando enquanto saca apenas valores pontuais, conforme o necessário.

Na opção de resgate, o beneficiário escolhe como fará as retiradas de acordo com os objetivos que possui para aquele dinheiro.

Renda mensal por prazo certo

Indicada para quem contratou o plano a fim de manter uma renda extra durante determinado período da vida, na renda mensal por prazo certo todo o valor acumulado, acrescido dos rendimentos, é dividido em rendas fornecidas mensalmente ao beneficiário.

Dessa forma, o beneficiário garante o recebimento controlado desses valores durante determinado período, até que seu acúmulo seja esgotado.

Em caso de falecimento do beneficiário, seus herdeiros passam a receber a renda até que o prazo de pagamento se esgote.

Como é feita a cobrança de impostos?

Independentemente do modelo que tenha escolhido para seu plano de previdência, a cobrança de impostos ocorre apenas no momento de retirada do valor, seja ele como resgate ou renda.

No caso dos planos de renda financeira, é aplicada a regra PEPS (Primeiro que Entra é o Primeiro que Sai), ou seja, os resgates são feitos primeiro pelos valores mais antigos e depois nos aportes mais recentes.

A tabela utilizada é a regressiva, na qual quanto mais tempo o dinheiro estiver aplicado, menor será a porcentagem de impostos sobre ele.

Isso explica a vantagem da regra PEPS, já que, com retiradas mais antigas, os impostos também serão devidos aos valores de aportes mais antigos. Quer um exemplo?

Ao fazer retiradas dos valores pagos há mais de 10 anos, haverá incidência de apenas 10%, mas caso queira retirar também os valores feitos há um ano, deverá pagar 35% de impostos. Para saber os tributos conforme o tempo, basta analisar a tabela abaixo:

Tempo de aplicaçãoAlíquota de impostos
Até dois anos35%
de dois a quatro anos30%
De quatro a seis anos25%
De seis a oito anos20%
De oito a 10 anos15%
Mais de 10 anos10%

Renda financeira vale a pena?

Para responder essa pergunta, tudo depende do seu objetivo. Caso tenha contratado um plano de previdência de renda financeira pensando na compra de um imóvel, uma grande viagem ou até mesmo em manter bons valores para aplicações futura, essa é uma boa oportunidade.

Como o valor final está diretamente relacionado ao tanto que o próprio beneficiário acumulou e nada mais, este tem maior controle sobre seu plano e poderá planejar melhor a sua utilização.

Também é uma boa oportunidade para servir de base ao reunir valores suficientes para efetuar aplicações com carteira de investimentos mais variadas, optando por outras de curto, médio e longo prazo.

Quer entender ainda mais sobre os detalhes dos planos de previdência privada? Então confira todos os nossos artigos e fique por dentro desse assunto.