Tabela de Imposto de Renda da Previdência Privada: saiba tudo sobre
Investir na previdência privada com foco no longo prazo torna possível aproveitar diversos incentivos tributários que podem fazer seu dinheiro render mais antes do resgate.
Porém, é preciso entender a tabela de imposto de renda da previdência privada para conseguir aproveitá-los. Confira mais informações!
Tipos de previdência privada
Para entender a tabela de imposto de renda da previdência privada, antes é preciso conhecer os dois tipos de previdência que existem: o PGBL e o VGBL.
Isso porque, dependendo do tipo de previdência escolhida, o imposto será cobrado de forma diferente.
PGBL
O Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) é o tipo de previdência privada mais recomendado para quem faz a declaração completa do imposto de renda.
Quem investe em um plano PGBL pode abater até 12% da renda bruta tributável anual na declaração do imposto. Porém, é importante saber que isso não é uma isenção de imposto.
Na prática, é como se o participante adiasse o imposto anual, e vamos explicar o porquê disso.
Por exemplo, pensemos em um investidor que decide aportar R$ 2.000 na sua previdência PGBL e tem um rendimento de R$ 500. No momento do resgate, este investidor terá que pagar imposto sobre o valor total, ou seja, os R$ 2.500, e não só do rendimento, como acontece na maior parte dos outros investimentos.
Contudo, no ano seguinte ao que aportou os R$ 2.000 no plano PGBL, ao realizar a declaração de IR no modelo completo, o investidor obterá uma restituição maior de IR em função do aporte no plano PGBL.
Assim, o benefício de aplicar num plano PGBL é obter valores maiores de restituição de IR nos anos de contribuição e, idealmente, reinvestir essas restituições, acelerando a acumulação patrimonial durante o período!
VGBL
O Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) é o outro tipo de plano de previdência disponível no mercado, e a grande diferença é exatamente em relação ao montante sobre o qual o imposto deve ser pago.
Diferentemente do PGBL, no VGBL o imposto será pago somente em cima do rendimento. Isso significa que, no exemplo anterior, o investidor pagará imposto apenas sobre os R$ 500 e não sobre R$ 2.500.
Tabela de Imposto de Renda da previdência privada
Agora que você já sabe sobre quais valores o imposto pode ser cobrado, é importante entender as opções disponíveis de tabela de imposto de renda da previdência privada, que definirão a alíquota de IR que será aplicado no momento o resgate.
Hoje, é possível optar entre duas tabelas: a tabela progressiva e a regressiva. Esta escolha não está atrelada ao tipo de previdência (PGBL ou VGBL), ou seja, é possível ter qualquer um dos dois tipos de previdência com qualquer uma das duas tabelas.
Tabela Progressiva
A tabela progressiva considera a renda tributável total no ano (incluindo salários e alugueis recebidos, por exemplo) para definir a porcentagem de imposto que será cobrado.
Ela é baseada na mesma tabela de imposto de renda usada na declaração anual e que incide sobre os salários. Sua alíquota vai de 0% até 27,5%, conforme a renda no ano ou no mês.
Esta é a tabela válida para o ano de 2023:
Base de cálculo mensal | Alíquota |
Até R$ 1.903,98 | isento |
de R$ 1.903,99 até R$ 2.826,65 | 7,5% |
de R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05 | 15% |
de R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68 | 22,5% |
acima de R$ 4.664,68 | 27,5% |
Isso significa que, quanto maior for o montante que será tributado, maior será o imposto pago.
Tabela Regressiva
Já a tabela regressiva considera o tempo que o dinheiro ficará investido. Ou seja, quanto mais longo for o investimento, menor será o imposto pago pelo investidor.
A tabela regressiva de imposto de renda da previdência privada apresenta este benefício exatamente para incentivar os investidores a pouparem para o longo prazo. Isso pode ser percebido ao analisar as porcentagens das alíquotas cobradas.
Para o investidor que pretende resgatar o investimento em até 2 anos, será cobrado um imposto de 35% sobre o investimento, maior do que outros investimentos disponíveis no mercado.
Entretanto, para o investidor que mantiver seu investimento por mais de 10 anos, a alíquota cai para 10%, menor do que a maioria dos investimentos disponíveis em outros produtos. Veja a tabela a seguir:
Prazo de acumulação | Alíquota Definitiva |
0 a 2 anos | 35% |
2 a 4 anos | 30% |
4 a 6 anos | 25% |
6 a 8 anos | 20% |
8 a 10 anos | 15% |
Acima de 10 anos | 10% |
Contudo, é importante ressaltar que o prazo para decaimento da alíquota é contado da data de cada aporte, e não da data de abertura do plano.
Como escolher a tabela de tributação ideal?
Para escolher a tabela ideal de imposto de renda da previdência privada, é necessário dedicar tempo e definir objetivos. Não existe uma resposta única.
Por exemplo, se o investidor pretende resgatar o dinheiro em um prazo mais curto ou se não tem certeza que conseguirá manter investido por mais tempo, a tabela progressiva tende a ser mais adequada.
Já o investidor que pretende investir pensando na aposentadoria, e que espera ter uma renda mensal abaixo de R$ 1.903,98, a tabela progressiva pode ser a ideal, pois assim o investidor ficará isento de imposto.
Por isso, avaliar os seus objetivos é o primeiro passo para fazer a melhor escolha e evitar pagar impostos desnecessários.
Benefícios da previdência privada no longo prazo
Como vimos nos tópicos anteriores sobre a tabela de imposto de renda da previdência privada, existem alguns benefícios fiscais para quem pretende investir com foco no longo prazo.
O benefício mais claro está na escolha da tabela regressiva, sendo possível pagar apenas 10% de imposto no momento do resgate, para quem mantiver o investimento por mais de 10 anos.
Outro ponto interessante é o momento em que o imposto precisará ser pago. Como será cobrado apenas no momento do resgate, não existe a incidência de come-cotas, que é uma cobrança semestral de IR que ocorre nos casos de fundos de investimento não previdenciários.
Algo parecido vale para quem opta por uma previdência PGBL. Adiar o imposto significa ter a possibilidade de aportar valores maiores ao longo dos anos, e com isso alcançar um rendimento maior no momento do resgate.
Entretanto, é importante analisar caso a caso para entender quais benefícios valem a pena para o seu perfil de investidor antes de tomar uma decisão.
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