Títulos do governo: o que são e por que investir
Os títulos do governo são uma boa alternativa para aumentar o patrimônio sem correr tantos riscos. Conhecido como Tesouro Direto, o investimento apresenta rendimentos garantidos pela União, rende mais que a poupança e tem liquidez diária.
Mas, antes de comprar esses papéis públicos, é importante entender suas características e opções de rentabilidade. Assim, você garante um investimento adequado para o seu perfil e objetivo financeiro.
É disso que vamos tratar nas próximas linhas. Neste guia, descubra como funcionam os títulos do governo e as vantagens de investir na modalidade.
O que são títulos do governo
Títulos do governo são os títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional para financiar contas da União e arrecadar fundos. Trata-se de um investimento por meio do qual o governo vende os títulos a pessoas físicas e, posteriormente, retorna os valores acrescidos de juros.
Dito de outra forma, quem investe nesses papéis está, na verdade, emprestando dinheiro para o governo.
Quais são os títulos do governo
Os títulos do governo são emitidos pelo Tesouro Nacional por meio de um programa intitulado Tesouro Direto. Por meio dele, o governo oferece ativos a pessoas físicas. Qualquer pessoa pode adquirir os papéis.
O investimento funciona em um sistema de renda fixa, o que significa que é possível projetar os rendimentos no momento da aplicação. Existem três tipos de títulos públicos. Confira quais são eles:
Tesouro Prefixado
O Tesouro Prefixado é formado por títulos que seguem uma taxa fixa de rentabilidade. Isso significa que o investidor pode calcular o valor que vai resgatar no vencimento já no momento da compra do ativo.
Tesouro IPCA
O Tesouro IPCA+ tem rentabilidade atrelada ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo, que mede a inflação no país. O rendimento é formado a partir do índice mais uma taxa de juros prefixada. A vantagem, então, é a garantia de que você vai receber valores acima da inflação. Mas, nesse caso, não é possível calcular exatamente quanto você vai ganhar.
Tesouro Selic
O Tesouro Selic tem rentabilidade atrelada à Taxa Selic, que é a taxa básica de juros da economia. Por isso, em um cenário com altas taxas de juros, o investimento é favorecido. Pelo contrário, quando os juros estão em queda, a rentabilidade acompanha a baixa.
Por que investir em títulos do governo
Agora que você já sabe quais são os títulos do governo, é importante compreender as vantagens do investimento. Fique atento aos tópicos a seguir:
Segurança
Um dos principais atrativos é a segurança do Tesouro Direto. Como os títulos são emitidos pelo Tesouro Nacional, a única situação em que o investidor não receberia o dinheiro seria o colapso das finanças do governo.
Por isso, trata-se do investimento mais seguro do mercado, o que é ideal para quem não está disposto a correr riscos.
Liquidez
A liquidez diária dos títulos do governo é outra vantagem. Ela segue o modelo D+1, o que significa que você recebe os valores em 1 dia útil após a solicitação de resgate. É ideal, portanto, para quem não tem certeza de quando vai precisar do dinheiro.
Mas é preciso ter cuidado com o prazo de vencimento dos títulos indexados ao IPCA ou à Selic. Com as variações do mercado, o investimento sofre o risco de valorização. Então, nem sempre é um bom negócio resgatar valores antes do prazo.
Rendimento acima da poupança
O Tesouro Direto apresenta rendimentos maiores. A poupança pode apresentar uma rentabilidade menor que a inflação, dependendo do cenário econômico, e não é considerada um investimento. Serve apenas para economizar.
Já o Tesouro Direto é um investimento em renda fixa com títulos que rendem diariamente, de acordo com o tipo de papel adquirido. No caso do IPCA+, por exemplo, você sempre tem a garantia de lucros acima da inflação.
Diferentes tipos de rentabilidade
Conforme vimos, os rendimentos do Tesouro Direto variam conforme o tipo de papel adquirido. São três formas diferentes de rentabilidade:
- Prefixada: tem taxa de juros definida na compra dos ativos, e o investidor sabe exatamente quanto vai ganhar
- Pós-fixada: os rendimentos acompanham algum índice de mercado e estão sujeitos à sua flutuação, como a Selic, por exemplo
- Híbrida: o modelo é uma junção da rentabilidade prefixada e pós-fixada.
A partir dessas opções, o investidor pode escolher a rentabilidade mais adequada conforme a sua tolerância ao risco e objetivo financeiro, o que gera maior flexibilidade nas aplicações financeiras.
Mas, ao avaliar a rentabilidade, também é preciso calcular as taxas que incidem sobre os títulos do governo. Os rendimentos têm incidência de Imposto de Renda com alíquotas que variam de 22,5% a 15%, de acordo com o prazo dos títulos. Além disso, há cobrança de IOF para resgates realizados em menos de 30 dias.
E então, compreendeu o que são títulos do governo e as principais vantagens de investir no Tesouro Direto? Acompanhe outros conteúdos do blog para planejar os seus investimentos com eficácia.