Tipos de juros: conheça os sete principais e como impactam suas finanças
Aliados em alguns momentos, vilões em outros, a verdade é que existem diferentes tipos de juros. Da mesma forma que contribuem para a rentabilidade das suas operações financeiras, eles também podem causar dores de cabeça em meio às dívidas.
Um bom caminho para desfrutar apenas do lado positivo dessas taxas é conhecer cada uma delas individualmente – e é justamente o que propomos neste artigo. Continue lendo e confira!
O que são tipos de juros?
Antes de falarmos dos tipos de juros, especificamente, vamos a uma definição básica do conceito: os juros representam um ressarcimento pelo risco do empréstimo ou uma rentabilidade pelo investimento feito durante um período de tempo.
Ou seja, é uma espécie de recompensa, que vem na forma percentual, e é resultado da diferença entre a quantia investida ou emprestada e o valor resgatado ou recebido ao final da operação.
Sete tipos de juros e seus impactos
No entanto, ainda que a definição possa descrever a função geral de todos os tipos de juros, existem particularidades entre cada modalidade – e, acredite, elas fazem toda a diferença.
1. Juros simples
Nos juros simples, o valor da taxa não se altera ao longo do período. A tarifa negociada na adesão da operação será a mesma do início ao fim do contrato. Então, se a incidência ficou definida em 3% ao mês, ela vai se manter igual, considerando o capital inicial como referência.
2. Juros compostos
Diferentemente do modelo anterior, aqui as taxas se sobrepõem conforme o valor do capital é atualizado ao longo do tempo.
Isso significa que, no tipo composto, a porcentagem incide não apenas no montante inicial, mas também sobre os valores acumulados a partir da multiplicação dos próprios juros – daí vem a expressão juros sobre juros, como a modalidade é popularmente conhecida.
Quer um exemplo? Se você tem R$ 100,00 e aplica a esse valor juros compostos de 10% ao mês, em 30 dias ele vai representar R$ 110,00. No próximo mês, no entanto, o cálculo dos 10% é feito com base nos R$ 110,00, e não nos R$ 100,00 iniciais.
3. Juros de mora
É uma das modalidades mais comuns. Ela se aplica aos casos em que há uma taxa de juros pré-acordada (juros simples) e, por causa de um atraso no pagamento da conta, existe a incidência de uma nova tarifa, que é proporcional à demora para a quitação do débito.
Vamos supor que os juros para a contratação de determinado serviço seja de 5% ao mês. Mas, por algum motivo, você perdeu a data de vencimento e quitou a conta com uma semana de atraso.
Nesse caso, além dos 5% já previstos, você terá que pagar um valor proporcional aos dias de atraso. Na grande maioria das situações, há uma compensação automática da sua dívida.
4. Juros nominais
Representam a taxa de juros informada no momento de adesão a uma operação financeira. Seja em empréstimos, seja em aplicações, o valor apresentado é o total, sem abatimento da inflação.
Por exemplo, se um investimento detalha que a rentabilidade é de 10% ao ano, saiba que esses são os juros nominais. No entanto, essa porcentagem não corresponde ao ganho real da sua aplicação.
5. Juros reais
Nada mais são do que os juros nominais com o desconto do valor da inflação acumulada no período. O nome real, inclusive, não é por acaso, uma vez que as tarifas representam fielmente o saldo da operação.
Por exemplo, se determinada aplicação informa que a rentabilidade do fundo é de 10% ao ano, mas a inflação durante esse intervalo de tempo se mantém na casa dos 4,5%, os juros reais, na verdade, são de 5,5%.
6. Juros rotativos
Os juros rotativos são aquelas tarifas que incidem no pagamento das faturas de cartão de crédito quando há atrasos. Os valores praticados tendem a ser os mais altos do mercado, ultrapassando a casa dos 300% ao ano, conforme dados do Banco Central.
7. Juros sobre capital próprio
Os juros sobre capital próprio correspondem ao valor obtido a partir do lucro de um negócio. O montante recebido é, normalmente, dividido entre os sócios e os investidores da empresa.
Por exemplo, se os juros gerados a partir do capital próprio foi de 15%, esse total vai ser repartido conforme a participação de cada um na companhia – se alguém tem uma porcentagem maior do negócio, este garante também uma fatia maior.
Os tipos de juros nos investimentos
Os juros nominais e reais são índices que precisam ser acompanhados de perto pelos investidores. Como vimos, as taxas informadas na adesão de uma aplicação nem sempre representam o lucro real.
Por exemplo, se um fundo indica a rentabilidade de 10% ao ano e você investe R$ 3 mil, ao final do período, o seu lucro bruto seria de R$ 3.300,00. No entanto, devido à inflação desse tempo na casa dos 5%, o valor resgatado, já descontada a depreciação, seria de R$ 3.150,00.
Vale também ficar de olho e calcular o impacto dos juros compostos, que fazem a mágica acontecer: eles estão presentes em todos os tipos de aplicação.
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