Título público: o que é, quais são os tipos e como investir

Por Redação Onze

Quer saber o que é um título público e as vantagens de investir? O Tesouro Direto é uma aplicação que permite aumentar o patrimônio por meio da renda fixa. 

Geralmente, a modalidade é a porta de entrada para iniciantes. E existem razões para isso: baixos riscos, alta liquidez e possibilidade de investir a partir de R$ 30.

E aí, ficou interessado? Neste artigo, vamos explicar todos os detalhes do título público para que você não tenha dúvidas na hora de investir no Tesouro Direto. Siga atento e confira as informações.

O que é um título público?

Títulos públicos são ativos de renda fixa emitidos pelo governo federal por meio do programa Tesouro Direto. Esses papéis são negociados para pessoas físicas na internet, e a oferta tem como objetivo arrecadar fundos para financiar medidas de educação, saúde e infraestrutura. 

Em termos práticos, ao comprar um título, o investidor empresta dinheiro ao governo. Então, como acontece em todo empréstimo, recebe os valores posteriormente com o acréscimo de juros.

Tipos de título público

Quando falamos em título público, há três tipos de papéis nos quais você pode investir. Eles diferem em relação à rentabilidade do investimento. Fique atento:

Tesouro Prefixado

O Tesouro Prefixado permite ao investidor saber exatamente quanto a aplicação vai render até o vencimento. Assim, a rentabilidade é conhecida já no momento da aplicação. Isso acontece porque esses títulos têm uma taxa fixa de rentabilidade definida previamente, na compra do ativo. 

Mas, para garantir os rendimentos, é recomendado deixar o dinheiro aplicado pelo menos até a data de vencimento do título.

Tesouro Selic

O Tesouro Selic é composto por títulos com rentabilidade pós-fixada. Nesse caso, os rendimentos acompanham a Taxa Selic, que mede a taxa básica de juros da economia. Trata-se de uma opção interessante para o curto prazo, pois permite ao investidor aproveitar períodos de alta dos juros no país para elevar os rendimentos.

Tesouro IPCA+

O Tesouro IPCA+ também tem rentabilidade pós-fixada. Aqui a rentabilidade é atrelada ao IPCA, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, que mede a inflação. Mas os rendimentos só são garantidos se você respeitar a data de vencimento. Caso contrário, pode perder dinheiro por ter que vender os títulos por um preço menor do que investiu na compra.

Características dos títulos públicos

Para entender como funciona um título público, você deve conhecer as características principais. É o que vamos abordar nos tópicos a seguir:

Segurança

Os títulos públicos consistem no investimento mais seguro do mercado, razão pela qual a modalidade costuma atrair iniciantes. Isso ocorre justamente porque os ativos são comercializados pelo governo. Assim, o pagamento aos investidores é realizado pelo Tesouro Nacional.

Liquidez

Outra vantagem é a liquidez do Tesouro Direto: ela é diária. Na prática, significa que você pode fazer a solicitação de resgate e ter acesso aos valores 1 dia útil depois. 

Claro que nem sempre é bom negócio vender os títulos, sobretudo se você não respeitar o prazo de vencimento. Mas, avaliando as condições de rentabilidade, a alta liquidez é uma garantia extra em emergências financeiras.

Baixo valor inicial

Para investir no Tesouro Direto, você precisa aplicar a partir de R$ 30. Ou seja: dá para começar aos poucos até que você seja um investidor mais experiente.

Imposto de Renda

Também é importante considerar a incidência de Imposto de Renda. Ele é cobrado sobre os rendimentos e segue uma tabela regressiva, em que as alíquotas diminuem conforme o tempo:

  • Até 180 dias: 22,5%
  • De 181 a 360 dias: 20%
  • De 361 a 720 dias: 17,5%
  • A partir de 721 dias: 15%

Além disso, fique atento ao IOF, o Imposto sobre Operações Financeiras. Ele é cobrado quando os títulos públicos são resgatados antes de 30 dias.

Como investir em título público

Agora que você sabe como funciona o título público, já pode começar a investir. Para isso, confira o passo a passo:

1. Abra conta em banco ou corretora

Primeiro, você precisa abrir conta em uma corretora ou banco habilitado como agente de custódia para intermediar a aplicação. É por meio da instituição que você poderá comprar e vender títulos públicos. Avalie a credibilidade e, ao fazer a escolha, preencha o cadastro.

2. Analise as taxas 

É importante analisar as taxas cobradas pela instituição. Além da taxa de custódia de 0,25% ao ano cobrada pela BM&FBovespa, algumas corretoras podem incluir taxas referentes ao serviço. Muitas delas, apesar disso, oferecem isenção.

3. Escolha os títulos

Com a conta na instituição, é hora de analisar a lista de títulos públicos do Tesouro Direto. Considere os seus objetivos financeiros, o tipo de rentabilidade desejada e o prazo da aplicação. A partir desse mapeamento, escolha os ativos nos quais você vai investir.

4. Invista com disciplina

Por fim, é só começar a investir. Lembre-se de que a disciplina é essencial para duas coisas: investir um valor mensal, gerando consistência às aplicações, e acompanhar os números do mercado financeiro ao gerenciar os ativos.

Com essas dicas em mente, você já pode comprar títulos públicos. Acompanhe outros conteúdos do blog para aprender a elevar o seu patrimônio com ainda mais segurança.