CDI mensal: o que é e como acompanhar o índice

Por Redação Onze

cdi

Se você está querendo acompanhar o CDI mensal, é porque sabe de sua importância para os investimentos no Brasil. Essa é a taxa de referência para diversos tipos de aplicações em renda fixa e serve como um parâmetro importante até para a renda variável.

Ao investir em um CDB (Certificado de Depósito Bancário) ou uma LCI (Letra de Crédito Imobiliário), por exemplo, é provável que você se depare com o CDI.

Na discriminação do produto no site da corretora, o título vai aparecer mais ou menos assim: “Este CDB rende 100% do CDI”. 

Então, acompanhar o CDI mensal é importante para planejar novas aplicações, monitorar o desempenho das antigas e caminhar, aos poucos, para alocar parte da carteira em renda variável. Interessado? Siga a leitura.

O que é CDI mensal

CDI é Certificado de Depósito Interbancário, o nome que se dá aos empréstimos que os bancos fazem entre si.

Por determinação do Banco Central, as instituições bancárias brasileiras não podem fechar o dia com caixa negativo. Então, caso haja mais saques do que depósitos, por exemplo, o banco precisa pegar dinheiro emprestado no concorrente para equilibrar as contas.

Há, portanto, um CDI diário e um CDI mensal, utilizados como benchmark importante nos investimentos.

O que é taxa CDI

Quando se fala em “CDI”, normalmente se trata de uma referência à taxa CDI. Na verdade, a sigla CDI designa um empréstimo entre bancos e, como todo empréstimo, há a incidência de juros. O percentual de juros cobrados nessas transações é que resulta na taxa CDI.

Como são empréstimos de curtíssimo prazo, geralmente de um dia, calcula-se a taxa CDI diária.

A partir da taxa diária, chega-se ao CDI mensal, que é o resultado da média dos 30 dias anteriores. Por fim, o acumulado do ano resulta no CDI anual.

Importância do CDI mensal nos investimentos

O CDI mensal tem tudo a ver com os investimentos de renda fixa privada. Vários títulos, principalmente bancários, usam o CDI como benchmark.

As taxas podem ser pós-fixadas, representadas por um percentual do CDI, ou híbrida, com uma taxa fixa atrelada a um indicador. Se você investe em títulos como CDB, LCI, LCA, já se deparou com informações deste tipo:

  • 100% do CDI
  • 110% do CDI
  • CDI + 3%.

Se aplicou, por exemplo, R$ 1.000,00 em um CDB que paga 100% do CDI e o CDI está a 4,5% ao ano, significa que o rendimento bruto do seu investimento será 4,5% ao ano, ou seja, R$ 45,00.

Com a taxa de juros nas mínimas históricas, é importante pesquisar as opções ofertadas pelas corretoras. Em geral, produtos de bancos médios e pequenos pagam mais que de bancos grandes.

Mas é bom lembrar-se da lógica do mercado: rentabilidade está sempre relacionada aos riscos: se o retorno é alto, o risco também deve ser.

CDI x Selic

A taxa CDI, como vimos acima, refere-se aos juros dos empréstimos interbancários. São transações de curtíssimo prazo, geralmente de um dia, que originam o CDI diário. A partir da média diária calcula-se o CDI mensal e depois o anual.

Já a taxa Selic é a taxa básica de juros da economia, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom). É um instrumento usado, por exemplo, para controlar a inflação ou estimular os investimentos no país.

Apesar das diferenças conceituais, as taxas Selic e CDI andam juntas. Portanto, investimentos que rendam a Selic ou 100% do CDI terão praticamente o mesmo resultado antes de impostos e outros encargos.

Pelo menos 100% do CDI

Se você investe em CDB ou outro título de renda fixa privada que tenha cobrança de Imposto de Renda, não aceite menos de 100% do CDI.

Prefira investir pelas corretoras de valores, cujo cardápio de produtos é amplo e variado. Assim poderá pesquisar títulos assegurados pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) e com bons rendimentos.

Caso esteja compondo a reserva de emergência, privilegie ativos com liquidez diária que permitam resgates sem dificuldades.

Se estiver diversificando a carteira, produtos com prazos longos de vencimentos provavelmente pagarão melhores taxas em relação aos de curto prazo.

CDI mensal em 2020

Você pode calcular qualquer período da taxa CDI usando a calculadora de renda fixa da B3 ou a Calculadora do Cidadão do Banco Central.

Com alguns dados básicos, como data inicial e final, valor investido e percentual do CDI, é possível saber o rendimento do período.

O resultado é apresentado de duas formas: valor nominal e percentual correspondente. 

Veja o CDI mensal de 2020 até maio:

  • Janeiro: 0,37%
  • Fevereiro: 0,29%
  • Março: 0,33%
  • Abril: 0,28%
  • Maio: 0,25%.

CDI mensal de 2019

Confira a seguir o desempenho do CDI mensal em 2019:

    • Janeiro: 0,54%
    • Fevereiro: 0,49%
    • Março: 0,47%
    • Abril: 0,52%
    • Maio: 0,54%
    • Junho: 0,47%
    • Julho: 0,57%
    • Agosto: 0,50%
    • Setembro: 0,46%
    • Outubro: 0,47%
    • Novembro: 0,38%
    • Dezembro: 0,37%

 

  • Acumulado de 2019: 5,96%

 

Viu como é importante saber o desempenho do CDI mensal? O impacto sobre os investimentos de renda fixa é direto.  Se você gostou do artigo, compartilhe com seus amigos nas redes sociais.