O que é juros compostos: fórmula, cálculo e exemplo
Apesar de muitas pessoas ainda terem dúvida sobre o que são juros compostos, esse é um conceito que faz parte de diversos momentos da nossa vida financeira. Quem tem conta bancária ou fez um parcelamento de qualquer tipo, com certeza, já entrou em contato com o termo.
Em vários casos, os juros compostos aparecem como vilões do orçamento, responsáveis por aumentar exponencialmente dívidas de cartão e outras modalidades de crediário.
Mas o que pouca gente sabe é que, quando o assunto é investimento, eles se tornam grandes aliados, pois seu crescimento torna-se uma oportunidade de ampliar também os ganhos.
O conceito é tão importante que é capaz de influenciar até mesmo no rendimento da poupança, um dos tipos de aplicação mais simples do mercado. Então, continue lendo para saber mais sobre os juros compostos e aprender como fazer o cálculo para usá-los a seu favor.
O que são juros compostos?
No mundo financeiro, o empréstimo de dinheiro é o que determina a incidência de juros a partir do tempo que leva para a devolução do valor.
Essa cobrança, por sua vez, funciona como uma remuneração ao credor que ofereceu o dinheiro, em forma de um percentual da dívida.
Quando falamos em juros compostos, então, estamos nos referindo ao cálculo dos juros sobre juros. Imagine, por exemplo, que você emprestou uma quantia com taxa de 10% a.m. e pretende quitar tudo em cinco meses.
O valor dos encargos, nesse caso, não pode ser calculado pela multiplicação de 10% vezes cinco meses. Isso porque, a cada mês, o montante da dívida aumenta: se você pegou R$10 mil, em um mês estará devendo R$11 mil – e é a partir dessa quantia que os juros serão apurados.
Essa mesma lógica vale também para as aplicações financeiras, em que os juros compostos tornam-se aliados para potencializar seus ganhos.
Juros compostos x juros simples
Nos juros simples, o montante considerado para o cálculo não é o da dívida acrescido dos encargos gerados até o período. Nessa opção, o valor de referência permanece o mesmo até o final do contrato.
Em outras palavras, podemos dizer que os juros simples consideram sempre o valor original do débito para calcular os encargos mês após mês.
No caso das aplicações, os juros compostos geralmente são pagos apenas no vencimento (ou no saque antecipado), enquanto os simples podem ser resgatados periodicamente.
Quando há incidência de juros compostos?
Apesar de serem bons aliados para os investimentos, os juros compostos são verdadeiros vilões para quem precisa fazer um empréstimo ou financiamento.
Sempre que existe sua incidência, aumentam as chances de a sua dívida se transformar em um grande problema em pouco tempo.
Vamos supor que você financiou seu carro em um contrato que tem aplicação de juros compostos. Depois do primeiro mês, os 10% de juros a.m. fazem seu débito saltar de R$40 mil para R$44 mil.
Ainda que você pague uma parcela de R$2 mil, por exemplo, o saldo restante de R$42 mil fará sua dívida passar para R$46.200,00 no mês seguinte. Percebe como, por causa do cálculo de juros em cima de juros, o valor devido aumenta em vez de diminuir?
Esse é o perigo dos juros compostos. Portanto, tenha atenção sempre que for assinar um contrato de financiamento, pois essa modalidade de encargos aparece em empréstimos e crediários das mais diferentes naturezas.
Os juros compostos em aplicações financeiras
Por outro lado, quando falamos de investimentos, os juros compostos tornam-se muito bem-vindos, já que podem potencializar significativamente a rentabilidade do seu dinheiro.
Todos os produtos de renda fixa, como CDB, LCI e LCA, oferecem a remuneração pela conta que considera o rendimento de um mês para calcular o próximo.
Na renda variável, o processo não é tão automático, mas é possível utilizar sua rentabilidade mensal para adquirir novos títulos, cotas ou ações.
Como calcular juros compostos?
O cálculo dos juros compostos é uma tarefa que assusta muitos, pois depende de uma familiaridade um pouco maior com operações matemáticas. A fórmula utilizada é a seguinte:
- M = C (1+i)t
Nesse modelo, a substituição dos elementos por valores entende que:
- M: montante final
- C: capital aplicado
- i: taxa fixa
- t: período de tempo.
Para descrever os valores na fórmula, considere que a taxa deve estar na forma decimal – 10%, então, vira 0,1 – e a unidade de tempo utilizada no período precisa ser a mesma, de preferência, um mês.
Para você que não entendeu muito bem o uso da fórmula, a boa notícia é que existe na internet uma infinidade de ferramentas que se propõem a fazer o cálculo automaticamente, facilitando ainda mais a sua vida.
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