O que é lucro em empresas e nos investimentos?
Seja na atuação profissional ou na hora de investir o seu dinheiro, a busca pelo lucro está sempre presente. E não é para menos: ele é a chave para garantir que todos os esforços aplicados tenham um retorno palpável, que levem à ampliação do seu próprio patrimônio.
Mas você realmente sabe o que esse conceito representa e quais são as suas variações
O que é lucro?
Lucro é, basicamente, todo ganho obtido em uma operação. Ou seja, estamos falando de um retorno positivo, descontado o valor aplicado inicialmente e os custos envolvidos.
Ainda que a definição básica seja bastante simples e de amplo domínio, há algumas diferenciações importantes para considerar quando analisamos o lucro de empresas e de investimentos, por exemplo.
O que é lucro para empresas?
No caso das empresas, o lucro é a razão entre todos os custos de produção (matéria-prima, fornecedores, mão de obra, transporte etc.) e o ganho efetivo na comercialização desses produtos e serviços.
Vale ressaltar que há uma diferença entre lucro líquido e lucro bruto, mas, sobre isso, vamos falar mais à frente.
O que é lucro em investimentos?
O exemplo anterior é um pouco diferente do lucro em investimentos. Aqui, essa definição se dá a partir da valorização do capital aplicado em determinado ativo. Ou seja, o conceito de lucro está diretamente relacionado ao de rentabilidade que, por sua vez, está vinculado à taxa de juros da aplicação.
Assim como nos ganhos para empresas, nos investimentos também há uma diferença entre o lucro bruto e o líquido.
O que é margem de lucro?
A margem de lucro, por sua vez, é o valor percentual que sintetiza o ganho de uma empresa ou de um investidor.
Ela ajuda a traduzir em números qual foi o retorno positivo da operação em questão. Seu cálculo é simples: basta dividir o lucro bruto pelas receitas totais e multiplicar esse resultado por 100.
Para facilitar a compreensão, vamos a um exemplo prático: supondo que, em um mês, uma companhia teve um ganho de R$ 15 mil e a sua receita no mesmo período foi de R$ 40 mil, a margem de lucro nesse caso será de 37,5%, como mostra o cálculo a seguir:
- 000 ÷ 40.000 = 0,375 × 100 = 37,5%.
Qual é a diferença entre lucro, faturamento e rendimento?
Ao falar de lucro, costuma existir uma confusão de conceitos com os termos faturamento e rendimento. Mas esse mal-entendido pode ser facilmente resolvido.
Em primeiro lugar, é importante destacar que faturamento pertence ao universo das empresas e rendimento ao dos investimentos. Feita essa distinção, vamos ao que de fato importa.
Faturamento diz respeito ao montante final arrecadado por determinada organização em um intervalo de tempo. No entanto, aqui estamos falando do valor absoluto, sem o desconto dos custos e despesas que apareceram ao longo do período.
Algo parecido acontece no rendimento dos investimentos. Ele indica o quanto o seu dinheiro, em números absolutos, valorizou com o passar do tempo. Mas não leva em conta, por exemplo, a inflação do período, que tende a depreciar o capital, além de taxas e impostos que incidem sobre a aplicação.
Lucro bruto x lucro líquido
Em outras palavras, faturamento e rendimento representam, na maioria das vezes, o lucro bruto das suas respectivas operações. Ou seja, um ganho que não é o real. Para saber realmente qual é o retorno positivo, você deve calcular o lucro líquido, que considera os descontos devidos.
No caso das empresas, o lucro líquido vai abater do faturamento custos relacionados à produção. Já nos investimentos, ele vai considerar a taxa de juros real, aquela que leva em conta a inflação, e não apenas a nominal, informada no contrato do ativo.
Como o lucro é calculado?
Seja para estabelecer o lucro líquido de uma empresa, seja de um investimento financeiro, é preciso descontar as despesas, representadas por custos e taxas, das receitas.
Por exemplo, se uma empresa tem um faturamento anual de R$ 200 mil, mas as suas despesas foram na casa dos R$ 90 mil, o seu lucro líquido não é de R$ 200 mil, mas de R$ 110 mil.
Isso vale para uma aplicação. Se você investe R$ 100,00 em um fundo que tem rentabilidade de 10% ao ano, ao fim de 12 meses teria R$ 110,00.
No entanto, você ainda precisa ter em conta uma inflação hipotética de 5%. Para isso, basta pegar o valor final, de R$ 110,00, e dividir pelo montante que teria considerando o efeito inflacionário – no caso, R$ 105,00.
Ao número obtido como resposta, deve ser subtraído 1 e, em seguida, multiplicado por 100:
- 110 ÷ 105 − 1 = 0,0476
- 0,0476 × 100 = 4,76%.
Ou seja, a rentabilidade real foi de 4,76%.
E aí, ficou com alguma dúvida sobre o lucro em empresas e em investimentos? Para saber mais sobre assuntos relacionados às finanças, acesse o blog da Onze!