Plano de Desenvolvimento Individual (PDI): como elaborar para avançar na carreira
O Plano de Desenvolvimento Individual é como um mapa para a carreira que indica não apenas onde, mas como chegar ao que deseja.
Neste artigo, vamos trazer mais detalhes sobre o PDI e ensinar todas as etapas para construir um.
O que é PDI - Plano de Desenvolvimento Individual?
O PDI, ou Plano de Desenvolvimento Individual, é uma ferramenta de planejamento de carreira. Como o nome sugere, permite identificar quais habilidades devem ser desenvolvidas para alcançar os objetivos definidos para a vida profissional.
Ao longo do texto, vamos trazer todos os detalhes da sua elaboração, mas, desde já, vale destacar que um PDI parte sempre de um processo de autoconhecimento. Ou seja, o indivíduo define um objetivo e levanta os pontos fortes e fracos que, respectivamente, o aproximam ou o afastam dele.
A partir daí, as ações propostas pelo Plano de Desenvolvimento Individual focam nas competências técnicas e comportamentais a explorar ou a aprimorar, sempre mirando naquilo que se persegue, que pode ser um determinado cargo ou posição na empresa ou no mercado.
Diferente do que se pode imaginar, o PDI não precisa ser necessariamente uma iniciativa do profissional, já que toda empresa pode investir no desenvolvimento de seus funcionários. Dessa forma, ela passa a ser uma parceira no crescimento de cada um dos colaboradores, o que se traduz em retorno para a própria organização.
Essa é, então, a essência do Plano de Desenvolvimento Individual nas organizações: ser um viabilizador de carreiras, gerando valor para todos os outros membros.
Para que serve um PDI?
Segundo a 7ª edição do Índice de Confiança Robert Half, em 2019, 34% dos brasileiros manifestaram desejo de mudar de emprego. Na pesquisa, mais de 1.000 profissionais com mais de 25 anos e nível superior foram entrevistados.
Para essas pessoas, o PDI serve como uma espécie de plano estratégico para minimizar o efeito da concorrência sobre a sua carreira na hora de buscar uma nova vaga. Com ele, o profissional fica menos dependente da conjuntura externa, ganhando mais autonomia sobre seu próprio destino. Além disso, ele pode ser útil para quem deseja:
- Assumir determinado cargo
- Fazer parte de uma determinada empresa
- Alcançar uma posição de liderança
- Ser promovido a analista sênior
- Ser contratado por uma das 500 maiores companhias do mundo.
Por que fazer um Plano de Desenvolvimento Individual?
Ter mais controle sobre a carreira já seria, por si só, uma ótima razão para criar um plano de desenvolvimento. No entanto, há outros pontos importantes a serem considerados, tendo em vista os benefícios indiretos que ele gera.
Dá mais autonomia
A verdade é que a maioria de nós, em algum momento da carreira, acaba mesmo por ligar o “piloto automático”, deixando que empresas e pessoas decidam por nós. Assim sendo, o PDI é a melhor forma de tomar o controle sobre o próprio destino e garantir o progresso pelo trabalho.
Permite trabalhar os pontos fracos
Também é preciso ser honesto a respeito dos próprios pontos fracos. Todos nós temos pelo menos um – e identificá-lo é fundamental para quem quer crescer. Pois o PDI é um excelente ponto de partida para trabalhar em cima das fraquezas e, com isso, transformá-las em verdadeiras alavancas para ter mais oportunidades.
Essa é, na verdade, uma medida indispensável para todos, principalmente para os que estão com dificuldades de recolocação no mercado de trabalho.
Melhor aproveitamento dos pontos fortes
Ter pontos fracos significa que também temos forças que devem ser aproveitadas. Acontece que nem sempre habilidades e talentos são efetivamente colocados a nosso serviço. O PDI ajuda o profissional a identificar seus pontos fortes e utilizá-los a seu favor na hora de alcançar seus objetivos.
Dá um sentido e um propósito de vida
Muitas vezes, o que falta não é exatamente uma carreira ou profissão, mas um propósito. Em outras palavras: vale mais o conteúdo e menos a forma quando se trata de atingir aspirações pessoais.
Veja, por exemplo, o caso do bem sucedido consultor de finanças Rafael Seabra. Ele largou um emprego estável com um alto salário para se dedicar a levar conhecimento e educação financeira às pessoas. Esse é um típico caso de alguém que encontrou um propósito, independentemente do tipo de trabalho que teve que fazer para atingi-lo.
Permite exercitar o planejamento
Infelizmente, um dos problemas crônicos do brasileiro é não saber se planejar. É o que diz uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em parceira com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
Nesse caso, elaborar um Plano de Desenvolvimento Individual é uma excelente maneira de exercitar a capacidade de planejamento.
Como montar um PDI: passo a passo
Existem diversos caminhos para se montar um PDI. No geral, um Plano de Desenvolvimento Individual deve passar pelas seguintes abordagens.
- Estabelecimento de propósito
O exemplo de Rafael Seabra é ótimo para ilustrar o quanto um propósito consistente é indispensável para orientar uma carreira. Com ele, nos sentimos seguros para fazer escolhas difíceis e renunciar a coisas, lugares e até pessoas.
Repare que isso não tem a ver com a escolha de uma profissão em si, mas sim de uma motivação maior e que está acima de perfis profissionais.
- Pontos fracos e forças
Como em um plano de negócios, uma carreira ou uma trajetória de vida não pode “decolar” sem autoconhecimento das próprias forças e limitações. Por isso, o profissional deve elaborar uma lista tão extensa quanto possível do que tem a favor e o que pode atrapalhar.
3. Reconhecimento de valores
Propósitos estão, hierarquicamente, ligados aos valores pessoais que, por sua vez, são princípios que nos orientam ao longo da vida. Os valores são mais perenes, ou seja, tendem a permanecer sempre os mesmos por muitos anos ou são mais difíceis de mudar.
Coragem, amizade, honestidade, integridade e bondade são alguns valores que podemos ter e que norteiam todas as nossas escolhas.
- Meta de médio prazo
Claro que a jornada de desenvolvimento individual não é um mar de rosas. Considerando os desafios, é fundamental transformar as aspirações em números. Isso significa determinar prazos e formas de colocar o PDI em prática.
5. Planejamento das ações
Com as metas mais claras, será hora de listar ao menos 5 ações e medidas indispensáveis para chegar lá. Para cada uma delas, é preciso estipular prazos cujo cumprimento esteja dentro da realidade.
6. Ajustes e melhorias
Um Plano de Desenvolvimento Individual não é imutável. Por isso, é preciso estar preparado para fazer ajustes e modificações no meio do caminho.
A importância do PDI para as empresas
Embora o nome Plano de Desenvolvimento Individual sugira medidas particulares, a realização delas também deve ser uma preocupação das empresas. Afinal, o PDI é uma forma de deixar claro para os colaboradores que a organização pensa no futuro deles e, porque não dizer, no próprio futuro.
Afinal, ninguém planeja ficar em uma organização que não tem perspectiva de se manter ativa por muitos anos. Por isso, ao estimular o desenvolvimento individual, a empresa também sai ganhando.
Quando pensa e age para assegurar a satisfação e o bem-estar dos funcionários, ela abre a oportunidade de ganhos mútuos: eleva o engajamento, favorece a retenção dos talentos e qualifica os resultados coletivos a partir do desempenho individual de cada membro do time.
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