Ações: guia para investir na bolsa de valores
Ações são um investimento em alta. Ou seja, cada vez mais os brasileiros estão buscando aplicar dinheiro nesse ativo financeiro, dadas as suas vantagens na comparação com as aplicações de renda fixa.
Essa não é uma suposição, mas um fato comprovado por um dos maiores bancos do mundo, o JP Morgan. Segundo a instituição, o Brasil é hoje um dos melhores mercados da América Latina para se investir em ações.
No entanto, esse é um investimento sujeito a riscos, ainda que as possibilidades de lucro sejam grandes. Para minimizar as ameaças e potencializar os ganhos, acompanhe os próximos tópicos e veja como começar a negociar com o pé direito.
O que são ações?
Uma ação pode ser entendida como uma fração de uma empresa. Seria como se os sócios somassem o patrimônio da organização e o transformasse em papéis, cada um deles representando uma parte desse todo.
Dessa forma, quem compra uma ação torna-se acionista da companhia, ou seja, é considerado proprietário de uma parte dela. Quando um lote de ações é comprado, espera-se que os preços subam para que, posteriormente, os papéis sejam vendidas com lucro.
Por outro lado, a desvalorização das ações também pode ser um bom negócio para quem pretende, por exemplo, realizar uma venda a descoberto ou mesmo alugá-las. Seja como for, oportunidades para lucrar não faltam. Desde que se esteja informado, é possível obter ótimos resultados transacionando papéis de empresas.
Quais são os tipos de ações?
Basicamente, existem duas categorias de ações, cada uma conferindo ao seu titular direitos distintos: as ordinárias e as preferenciais.
As primeiras, identificadas pelo acrônimo ON e o número 3 ao final, dão ao seu portador direito de voto em assembleias. Além disso, são elegíveis para receber, no mínimo, 80% do valor de suas ações caso o controle acionário da empresa mude de mãos, na transação conhecida como tag along.
Esses direitos não estão contemplados por aqueles que detenham ações preferenciais (PN), identificadas pelo número 4 no fim. Nesse caso, o privilégio adquirido é ter a preferência ao receber dividendos quando a organização registrar lucro em seus balanços contábeis.
Cabe ressaltar que ações PN só existem no Brasil, logo, quem negocia no estrangeiro não encontrará o privilégio de receber dividendos antes de outros acionistas.
Como funciona o mercado de ações?
O mercado de ações funciona no expediente (pregão) da Brasil Bolsa Balcão (B3), a bolsa de valores brasileira. Nos dias úteis, entre 9h30 e 17h00, papéis das mais de 300 companhias listadas podem ser transacionados, desde que o investidor tenha conta em uma corretora.
A B3 é uma empresa de capital aberto, ou seja, ela também tem suas próprias ações ofertadas, no caso, identificadas com o ticker BBSA3. Ela passou a ter esse nome depois da fusão, em 2017, da antiga BM&FBovespa com a Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos (CETIP).
Desde então, ela é reconhecida como a bolsa de valores oficial do Brasil, na qual são negociadas ações e outros ativos mobiliários.
Quem deve investir em ações?
Embora uma parte da população brasileira ainda não invista em ações por achar que esse é um mercado restrito, o que podemos dizer é que o quadro é bem diferente disso. Hoje, negociar papéis é muito mais simples em função da expansão das fintechs que prestam serviços de corretagem e da própria evolução dos bancos convencionais.
Por isso, o investimento em ações de empresas é indicado para todos os perfis. Nesse sentido, os conservadores, que estão em busca de renda mensal, e os arrojados, que pretendem maximizar seus lucros, têm espaço nessa nova bolsa democratizada.
Como comprar e vender ações: passo a passo
De qualquer forma, não é recomendado começar a negociar ações sem o mínimo de conhecimento. Veja, na sequência, como dar os primeiros passos nesse mercado.
1. Faça análises
Por ser um investimento de risco, é preciso avaliar a performance de uma ação no passado para justificar uma opção de compra. Para isso, analise os gráficos, identificando principalmente as zonas de suporte (compra) e de resistência, nas quais você poderá vender ações para obter lucro.
2. Confira as carteiras recomendadas
A maioria das corretoras oferece aos seus clientes o serviço de indicação de carteiras recomendadas. Essa é uma boa alternativa para investidores iniciantes ou que não dispõem de muito tempo para se dedicar às análises técnicas.
3. Abra conta em uma corretora
Com todos os cuidados tomados, você finalmente poderá abrir uma conta para emitir as primeiras ordens de compra. Não se esqueça de conferir as taxas que a corretora pratica, preferindo as que ofereçam isenção, em especial, na custódia de ações.
4. Negocie pelo Home Broker
Agora que você está apto a transacionar papéis, basta apenas acessar a plataforma de negociação (Home Broker) da sua corretora e buscar pelas ações que preferir. Sempre que emitir uma ordem de compra, considere que o prazo para liquidação da transação é de dois dias.
Quer ficar por dentro de assuntos que fazem a diferença para as suas finanças? Então, acompanhe o blog da Onze e aprenda a realizar muito mais com o seu dinheiro.