Análise de risco: o que é e como aplicar nos investimentos
Análise de risco é o processo de estudo e avaliação dos possíveis perigos de uma ativid ade e os respectivos impactos desses problemas. É uma precaução importante nas empresas, na vida e nos investimentos.
Afinal, as decisões financeiras envolvem riscos inerentes e que precisam ser calculados de forma prévia para que seu dinheiro seja devidamente conservado e valorizado.
Neste texto, vamos resumir os conceitos da análise de risco, ver como ela se aplica nos investimentos e quais são alguns perigos dos quais você, como investidor, precisa estar ciente. Acompanhe.
O que é análise de risco
Análise de risco é o trabalho detalhado de prospecção de possíveis desvios de rota e incertezas conduzido antes da tomada de uma decisão. Seu objetivo é criar mecanismos para evitar esses perigos ou estar preparado para enfrentá-los e administrá-los, caso se concretizem.
Na administração de uma empresa, os riscos a serem contemplados vão desde contratempos financeiros, como oscilações do mercado, problemas com fornecedores, alta do dólar, até eventos grandiosos como desastres naturais e atentados terroristas.
Análise de riscos nos investimentos
Nos investimentos pessoais, a análise de riscos toma diversas formas. Em um portfólio de ações, por exemplo, ela envolve o mapeamento dos perigos e incertezas que cercam cada um dos negócios. O rompimento de uma barragem, por exemplo, deve fazer parte da avaliação dos papéis da Vale.
Para quem ainda não investe em renda variável e se julga imune a esse tipo de risco, é bom rever alguns conceitos. Há riscos em absolutamente qualquer aplicação financeira, inclusive na compra de um título do Tesouro Direto.
Apesar do risco de crédito ser desprezível, há o risco de mercado para os títulos prefixados e atrelados ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo, considerado o indicador oficial da inflação). Na venda antecipada desses títulos, o cenário econômico pode valorizar ou desvalorizar esses investimentos. Assim, o investidor pode ter lucro muito menor do que o esperado ou até prejuízo, dependendo da situação.
Viu como a análise de risco é essencial? Veja os principais riscos nos investimentos:
Risco de crédito
Qualquer investimento está sujeito a riscos, por mais baixos que sejam. Um CDB, por exemplo, tem o que se chama de risco de crédito, afinal é um empréstimo.
Se o banco emissor quebrar, o investidor não terá o compromisso daquele contrato honrado. Nesse caso, uma boa notícia: esse tipo de aplicação é garantida pelo Fundo Garantidor de Crédito (até um limite de R$ 250 mil por CPF a cada conglomerado financeiro), que é um fundo de proteção criado para esse tipo de situação.
Então, ao considerar o risco de crédito, vale a pena conferir as aplicações que estão protegidas por esse fundo, conhecido mais por sua sigla, o FGC.
Risco de mercado
O risco de mercado é aquele mais evidente para quem está entrando em um investimento. As oscilações da economia, do preço das commodities, de uma moeda estrangeira, das ações de uma empresa, da taxa básica de juros… Tudo isso impacta diretamente na rentabilidade da sua aplicação.
Risco de liquidez
Liquidez é a facilidade de transformar um ativo em dinheiro sem perda de valor. Alguns investimentos não podem ser resgatados no curto prazo, ou seja, não têm liquidez caso o investidor precise se desfazer e usar o recurso.
O investimento em imóveis é um exemplo clássico de ativo pouco líquido. Na hora de vender, é difícil encontrar comprador que tope pagar o preço que você estabeleceu.
Risco operacional
Risco operacional é o risco inerente às operações da empresa. É o resultado de falhas em processos internos e ineficiências de diferentes tipos.
Ao comprar uma ação de Via Varejo no fim de 2019, por exemplo, o investidor tinha diante de si um óbvio risco operacional, já que a empresa não dava lucro.
Gestores profissionais fazem análise de risco
Uma maneira de facilitar sua análise de risco é contar com gestores profissionais. Isso é possível com a alocação de recursos em fundos de investimento, que facilitam a diversificação, simplificam o processo de aplicação e permitem a desconcentração dos seus ativos.
Há diferentes tipos de fundos de investimento, como os de renda fixa, cambiais, multimercados e de ações. Cada um deles faz sua análise de risco considerando os ativos previstos em seu regulamento. Com esses veículos, você pode se expor a diferentes mercados, variáveis e ativos contando com a expertise dos gestores, experientes em análise de riscos e na busca das melhores oportunidades do mercado.
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