Aporte mensal: por que investir assim vale a pena
O aporte mensal é uma estratégia muito utilizada por investidores que têm foco no longo prazo e desejam alcançar a independência financeira por meio de suas aplicações.
Funciona assim: todos os meses, você separa uma fatia da sua renda e aplica nos seus investimentos.
A consistência, aliada aos juros compostos, faz a mágica no longo prazo, e você chega à aposentadoria com um patrimônio elevado, podendo se aposentar com tranquilidade e aproveitar a renda dos dividendos, por exemplo.
Neste artigo, você vai entender a lógica por trás dos aportes mensais e vai descobrir estratégias para fazer aplicações regulares, com disciplina e consistência.
O que é aporte mensal
Aporte mensal é o ato de investir, todos os meses, uma parte do seu orçamento em uma aplicação financeira específica.
Essa aplicação financeira pode ser o que você quiser, desde um fundo de investimento até uma carteira de ações, passando por títulos públicos ou privados.
Ao aportar todo mês, você ganha duas vezes – além de poupar e fazer o seu patrimônio crescer, você acelera o funcionamento dos juros compostos, o seu grande aliado no investimento de longo prazo.
Por que fazer aporte mensal
Se você não possui um grande montante para investir neste momento, pode ser desanimador olhar para o longo prazo.
Afinal, como fazer os seus R$ 5 mil iniciais se transformarem em R$ 1 milhão, por exemplo? A resposta reside em três fatores: o tempo, a rentabilidade das aplicações financeiras e os aportes mensais.
Na prática, é fácil de entender:
- Quanto mais tempo você tiver para investir, maior será o patrimônio ao fim do investimento
- Quanto maior for a rentabilidade, maior será o resultado do investimento
- Quanto maior o aporte mensal, mais rápido você chegará aos seus objetivos.
Para entender como esses três elementos se relacionam no longo prazo, imagine, por exemplo, que você possua R$ 5 mil para investir, e comece a fazer aportes mensais de R$ 500 em uma carteira de investimentos que vai render, em média, 10% ao ano.
Ao fim de 30 anos aportando mensalmente R$ 500, você terá economizado do próprio bolso R$ 185.000,00. É uma quantia considerável, mas não faz os seus olhos brilharem, concorda?
Esse foi o valor que você aportou ao longo dos 30 anos. Agora, o valor total do seu patrimônio, com a rentabilidade anual de 10%, é muito superior a isso. Ao fim dos 30 anos, você teria acumulado a quantia total de R$ 1.126.249,05.
Os seus R$ 5 mil iniciais se transformaram em mais de R$ 1 milhão, porque os juros compostos agiram, você foi disciplinado e teve consistência nos aportes.
E se você duplicasse os aportes, colocando todos os meses R$ 1.000? A conta é simples: o resultado também seria o dobro, mais de R$ 2 milhões.
Agora, se você não tivesse aportado mensalmente esse valor de R$ 500,00, chegaria ao fim dos 30 anos com apenas R$ 88 mil, fruto da rentabilidade do investimento.
Deu para entender por que, mesmo um aporte relativamente pequeno, de R$ 500, faz diferença no longo prazo, desde que ele seja recorrente?
Como fazer aporte mensal nos seus investimentos
A seguir, listamos algumas dicas para você organizar as suas finanças pessoais e planejar os aportes mensais, de olho na independência financeira no longo prazo:
Defina os seus objetivos
O primeiro passo é definir os seus objetivos. Você precisa conhecer o seu perfil de investidor e compreender em quais ativos deseja investir.
O ideal é montar uma carteira de investimentos diversificada, que pode conter uma previdência privada, títulos de renda fixa e exposição à renda variável. Os percentuais de cada modalidade vão depender do seu grau de aversão ao risco.
Só depois de definir esses objetivos você estará pronto para planejar os seus aportes mensais. De nada adianta, por exemplo, separar um valor para investir, e não ter uma estratégia de investimento.
Planeje seus aportes
Depois de definir os seus objetivos e escolher os produtos que vão compor a sua estratégia de investimentos, é hora de analisar o seu orçamento mensal para descobrir quanto você consegue separar para os seus investimentos.
Em tese, quanto maior for o montante investido, melhor será o seu resultado no longo prazo. Mas sabemos que, na prática, boa parte do salário é consumido com as obrigações do mês.
Assim, você precisa calcular qual o percentual da sua renda você consegue separar para os investimentos – 5%, 10%, 15%, 20%?
Dessa maneira, você terá uma meta de aporte para seguir todos os meses.
Pague-se em primeiro lugar
Uma das melhores dicas para quem deseja ser consistente nos aportes mensais é o hábito de pagar-se em primeiro lugar.
Isso significa que o seu primeiro compromisso, ao receber o pagamento do mês, será com você mesmo.
Transforme o aporte mensal em uma prioridade, e acostume-se a passar o restante do mês com o valor que sobrar na sua conta corrente.
Assim, a tentação de gastar todo o salário e não poupar nada ficará menor.
Atenção aos valores mínimos
Ao fazer esses cálculos, também é interessante analisar os valores mínimos das aplicações financeiras nos produtos que você escolheu.
Fundos de investimento e títulos públicos, por exemplo, podem exigir um investimento mínimo superior ao montante que você vai depositar todos os meses.
Nesse caso, é necessário adaptar a estratégia, depositando a cada dois meses, por exemplo, ou trocando os produtos financeiros.
Cuidado com as taxas de corretagem
Finalmente, é preciso ficar atento às taxas de corretagem cobradas pela sua corretora, fundo de investimento, banco ou gestora.
Isso porque, se você pretende investir valores muito pequenos todos os meses, a rentabilidade pode ser corroída pelas taxas. O ideal, nesse caso, é procurar instituições que não cobrem.
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