Ativo fixo: o que é, para que serve e como analisar
O ativo fixo talvez seja a parte mais importante do patrimônio de uma empresa, já que nele estão contabilizados seus bens de valor. Saber como mensurá-lo é imprescindível para conhecer o tamanho real de um negócio e, com isso, avaliar melhor sua performance ao longo do tempo.
É uma boa prática, por exemplo, para quem pretende investir em ações em longo prazo, lançando mão de análises fundamentalistas. Confira, nos próximos tópicos, o que isso significa e de que forma aplicar esse conhecimento em seu dia a dia.
O que é ativo fixo?
Podemos dizer que uma empresa é a soma dos seus recursos materiais e humanos, além dos meios existentes apenas no campo imaterial. Essa é a composição do ativo fixo, ou seja, o conjunto de bens, físicos ou não.
Como representa os subsídios indispensáveis para que um negócio exista, o ativo imobilizado, como também é conhecido, não entra no capital de giro, que é a parte do patrimônio reservada para custear as operações.
O ativo fixo, nesse aspecto, pode ser enquadrado como a soma de instalações, máquinas, objetos, móveis e equipamentos utilizados por uma empresa em suas rotinas. E, sendo assim, quanto mais alto for esse montante, maior será o valor da companhia.
Características do ativo fixo
Em contabilidade, os ativos fixos podem ser classificados de duas maneiras.
Ativos tangíveis
Todo bem que, sendo material e, portanto, palpável, pode ser contabilizado como parte do patrimônio de uma empresa. Nessa categoria de ativos entra desde a mais simples caneta até o edifício ou sala comercial em que a organização está sediada.
O mesmo princípio se aplica às fontes das quais a companhia extrai insumos e matérias-primas para fabricar os produtos. É o caso, por exemplo, das madeireiras que tiram de florestas de manejo sustentável a madeira para revender.
Ativos intangíveis
Há, ainda, os ativos fixos que não podem ser tocados ou manipulados, porque não são materiais. É o caso das marcas e logotipos que, embora possam ser impressos, não têm valor por si só, mas sim por meio da ideia que eles representam.
Aqui também entram os direitos de uso de imagem e autorais e as patentes de produtos. Ou seja, tudo o que pode ser considerado um bem que gera valor e que não é palpável aparece nessa categoria patrimonial.
Qual é a importância do ativo fixo?
Existem incontáveis modos de identificar o valor de uma marca, e um deles consiste em medir a evolução do seu ativo fixo.
Para gestores de empresas, acompanhar a sua evolução ajuda a saber se a saúde financeira do negócio está sob controle. Dessa forma, eles são capazes de antecipar medidas de contenção de gastos ou tomar decisões no sentido de expandir a atuação.
Cabe ressaltar que o ativo fixo também enquadra outros tipos de bens custodiados pela companhia. Investimentos, por exemplo, compõem essa soma, assim como eventuais direitos a que ela faça jus em longo prazo, como duplicatas e parcelas a receber.
Como as organizações que têm capital aberto devem tornar públicos os balanços patrimoniais, é possível conhecer o ativo fixo e usá-lo para orientar suas decisões financeiras. Entenda, a seguir, como utilizar esses dados da melhor maneira.
Por que o ativo fixo interessa ao investidor?
A análise fundamentalista é aquela em que as informações contábeis são examinadas para justificar um investimento, normalmente de longo prazo. Isto é, entende-se que apenas os elementos do mercado não são suficientes para avaliar as ações de uma empresa.
Por isso, ele decide analisá-las em um contexto mais amplo. Foi dessa forma que o mago das finanças, Warren Buffett, tornou-se bilionário e um dos maiores investidores de todos os tempos.
Ao conhecer a composição do ativo fixo, é possível identificar se a organização está pensando em longo prazo por meio dos investimentos que faz.
Um bom exemplo é quando a companhia recompra ações para mantê-las em estoque. Isso sinaliza que ela se preocupa em gerar valor para seus acionistas, ou seja, que está tomando medidas para se manter forte e competitiva.
Como analisar o ativo fixo de uma empresa?
Para ter acesso a esse tipo de informação, você deve procurar, nos sites institucionais, a área reservada para a divulgação de balanços e dados contábeis.
Nesses documentos, localize o campo “ativo não circulante”, comparando a sua evolução com o que consta nos balanços anteriores. É um processo trabalhoso, mas, quando se trata de análise fundamentalista, não há outra maneira de apurar o valor das ações de uma empresa.
Ou seja, é uma tarefa para quem tem objetivos específicos e tempo para fazer comparativos. O mais importante, aqui, é que você se mantenha bem informado para ler e interpretar esses dados com precisão.
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