Auxílio-faculdade: o que a empresa ganha ao ajudar na formação do colaborador?
Possuir formação de nível superior sempre foi um diferencial no mercado de trabalho brasileiro e, em 2021, o levantamento Observatório da Educação Superior, realizado pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes) em parceria com a Educa Insights, indicou que o interesse dos brasileiros em investir em uma graduação vem aumentando. No total, mais de 60% dos entrevistados declararam estar planejando iniciar um curso de nível superior em 2022.
Para as empresas, isso é um sinal positivo. A qualificação dos profissionais é sempre vista com bons olhos e muitas organizações, inclusive, optam por contribuir e incentivar a busca por desenvolvimento e educação. Um exemplo disso é o auxílio-faculdade, fornecido pelas empresas para ajudar os funcionários a arcar com as despesas destinadas à sua formação superior.
A seguir, apresentamos mais informações sobre o auxílio-faculdade e por que o tema merece ser estudado pelos gestores das empresas.
O que é o auxílio-faculdade?
Ao contrário dos benefícios obrigatórios, como férias, pagamento de horas extras e 13° salário, o auxílio-faculdade não é um direito trabalhista previsto pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e nem é entendido como parte dos salários dos colaboradores.
Por ser um valor extra, pode ser considerado um benefício que é concedido pelas empresas com o intuito de contribuir com a capacitação de seus funcionários — que será devolvido em termos de produtividade e desempenho na atividade profissional.
A prática de investir na educação dos colaboradores é comum em outros países, como França, Espanha e Portugal, cada um com suas próprias regras. No Brasil, a legislação trabalhista não prevê uma forma de “contrato” para estabelecer o auxílio.
Por isso, é recomendado que as empresas busquem a orientação do departamento jurídico para definir as regras do benefício. Devem ser analisados itens como pacto de permanência, proporção do valor fornecido pela empresa e casos em que o valor deve ser reembolsado à organização. Por exemplo, em situações em que o colaborador pede demissão antes do prazo acordado.
Qual a relação do auxílio-faculdade com o futuro do trabalho?
Investir na educação e na capacitação dos colaboradores é uma forma de as empresas gerarem, por meio do benefício auxílio-faculdade, diversas vantagens para elas mesmas.
Além do ganho de produtividade e da melhora na performance dos funcionários, essa ação é uma forma de incluir mais pessoas no mercado de trabalho. Segundo dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), apenas 21% dos adultos de 25 a 34 anos de idade possuem ensino superior completo.
No Brasil, além da disparidade entre a porcentagem de pessoas com educação de nível superior completa e as que não possuem essa formação, existem também diferenças entre os públicos que acessam os cursos de graduação. Mesmo com a ampliação no número de universidades e cursos, bem como do acesso à educação, as faculdades ainda são principalmente acessadas por públicos elitizados e de maior poder aquisitivo.
Quando as empresas se comprometem a auxiliar seus funcionários com os custos de uma faculdade, ela está também contribuindo para reverter esse cenário, incluindo pessoas que, de outra forma, talvez não poderiam iniciar (e muito menos concluir) um curso superior no sistema educacional.
Esse movimento não gera resultados do dia para a noite, mas ao longo do tempo será possível perceber o aumento no número de pessoas com educação superior formal no país, bem como o quanto essa política de benefício contribui para ampliar a diversidade no ecossistema da empresa, bem como no aumento de produtividade, engajamento e motivação dos colaboradores.
É possível atrelar o auxílio-faculdade a algum programa de bonificação para colaboradores?
Além do auxílio com os custos da educação superior, as empresas podem também oferecer outras vantagens e benefícios para seus colaboradores. Afinal, disponibilizar incentivos — sejam eles financeiros ou de outra natureza — é uma forma não apenas de atrair novos talentos, mas também de aumentar o índice de retenção na organização.
Ações como traçar um plano de incentivo, premiar os colaboradores e oferecer bonificações de acordo com o rendimento e alcance de metas vêm se provando excelentes estratégias de endomarketing. Ajudam a aumentar a satisfação, engajamento e o sentimento de pertencimento à organização e servem para reduzir o turnover e fortalecer a cultura organizacional tanto em pequenas quanto em grandes empresas.
Da mesma forma, os pacotes de benefícios flexíveis — que podem ser montados e combinados pelos colaboradores, adequando-se às necessidades e desejos de cada um — também são uma forma de incentivar, motivar e engajar os funcionários na empresa.
Entre os benefícios mais desejados pelos funcionários podem ser citados vale-alimentação e plano de saúde/plano odontológico. Além disso, conta pontos também a possibilidade de trabalhar remotamente e com horários flexíveis, e a oferta de programas de descontos em estabelecimentos parceiros. São vantagens extras, que junto com os benefícios obrigatórios, tornam a relação empresa-colaboradores muito mais produtiva.
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