Capital especulativo é um risco para a economia e o investidor?
Qual investidor não sonha em ganhar dinheiro rápido e sem muito esforço? Embora isso pareça agradável aos olhos, obter lucro não é uma tarefa fácil e precisa de muito conhecimento e pesquisa, além de trabalho.
Quando colocamos a ideia de capital especulativo em jogo, muitas dúvidas são geradas, afinal, ele é caracterizado por ser uma modalidade de investimento que não depende de trocas de matéria-prima ou de produção por meio de trabalho.
Nesse contexto, será que escolher investir na Bolsa de Valores através de capital especulativo é a melhor solução para o futuro? Descubra a seguir.
O que é capital especulativo?
Com o mercado de investimentos em ascensão, é comum que os investidores busquem as mais diversas formas de investir o próprio dinheiro. O capital especulativo é uma delas. Por isso, para obter mais informações e, quem sabe, aplicar esse método, é preciso primeiramente saber o que ele significa.
Capital especulativo é uma espécie de aposta na valorização de determinado ativo com o objetivo de conseguir lucros além da média do mercado em pouco tempo. Dessa forma, assumem-se riscos muito maiores do que os outros investidores comuns.
Esse tipo de descrição é fornecido para traçar o perfil do investidor em um plano individual.
Quais são seus impactos na economia?
Com o crescimento da dependência financeira de capitais estrangeiros especulativos no país, é quase impossível dizer que o capital especulativo não reflete na economia, seja de maneira positiva ou negativa.
Podendo perder a força com a mesma intensidade com a qual foi inserido, esse método consegue causar um resultado catastrófico caso uma bolha apareça. E, se ela estourar, a desvalorização das ações trará resultados negativos para todos os setores da economia.
Quedas de Bolsas de Valores ao longo da história e suas consequências
Certamente, a queda da Bolsa de Valores traz caos e desespero para toda a população, principalmente para quem investiu uma boa quantia de dinheiro em alguma ação. Sendo assim, é importante conhecer mais sobre esses fatos históricos. Abaixo listamos os principais crashs de Bolsas:
- Febre das Tulipas (1636 a 1637): Primeira bolsa especulativa conhecida, fez disparar a cotação das flores na Holanda e logo levou muitos dos investidores à falência;
- Primeira Guerra: No ano de 1914, ocorre a Primeira Guerra Mundial, fazendo com que a Bolsa de Nova York, nascida no ano de 1792, feche quatro meses após o início da guerra;
- Nova York, 1929: Muito conhecido historicamente, foi o maior crash da história, principalmente por ter derrubado a economia de um país influente;
- Rio de Janeiro: Em 1989, a bolsa do Rio de Janeiro quebrou, causando histeria entre os investidores.
Diferença entre capital especulativo e produtivo
Cada tipo de investimento tem suas peculiaridades, com semelhanças e diferenças entre si, como o capital especulativo e o produtivo. Mas na hora de analisar qual tipo escolher, é essencial saber as principais diferenças.
O que são?
O capital especulativo está ligado e restrito a operações do mercado financeiro. Ou seja, ele não pode ser materializado na economia real e possui uma rentabilidade a curto prazo.
Por outro lado, o capital produtivo possui a capacidade de criar um valor por meio da transformação de matéria-prima, estando nele incluído a força de trabalho. É do valor dessa transformação que surge o lucro do investidor.
Por que são diferentes?
A principal diferença entre os dois tipos de capital é a estabilidade. Sendo o capital especulativo, uma busca por retorno de curto prazo, e o capital produtivo mais centrado em lucros a longo prazo. Desse modo, uma economia baseada em capital especulativo é mais suscetível a crises.
Além disso, o capital especulativo é volátil e o capital produtivo se movimenta menos. Mas, de todo modo, nele é mais fácil vender ações e transferir dinheiro caso haja um esfriamento na economia.
Você sabe o que é um investimento de curto prazo? Leia o nosso artigo e descubra.
Qual é mais importante para a economia?
Tendo em vista inúmeros fatores e o modo como a economia se movimenta, o capital especulativo deve ser considerado como uma importante ferramenta. Isso porque, com o estouro da bolha especulativa, a economia é capaz de entrar em crise. Ou seja, ela tem maior influência nos números e no bem-estar financeiro do país.
Especulação financeira e a relação com a Bolsa de Valores
Com a movimentação da economia feita com base no capital especulativo e por trazer muitos investidores para o ramo, essa modalidade de investimento está diretamente ligada à Bolsa de Valores. Dessa forma, pode ou não, causar uma crise financeira generalizada.
Como ocorre a especulação com as ações
O mercado de ações consegue identificar especulações com muita facilidade, tornando o preço de um ativo em um curto prazo resultado dessa especulação. No mercado de ações, o capital especulativo fica para trás com relação às oportunidades.
Além disso, essa modalidade é muito abrangente, volátil, podendo ser encontrada em:
- Mercado de opções;
- Contratos;
- Especuladores estrangeiros;
- Câmbio.
Quando houver a possibilidade de obter lucros ou vantagens, o capital especulativo estará por lá.
Aproveite e confira o nosso guia completo sobre o mercado financeiro.
Por que isso ocasiona uma “bolha” e uma consequência negativa para a economia?
Sendo o capital financeiro muito mais volátil do que a economia em si, será possível que o ciclo de alta das ações seja correspondido por um crescimento produtivo. Assim, uma base sólida da economia precisará justificar esse aquecimento.
A bolha pode ser desencadeada de maneira proposital ou não, dependendo das vontades do mercado. Ao atingir um ponto auge, pode levar a uma quebra, o que podemos entender como o estouro da bolha especulativa. Isso significa que haverá a desvalorização repentina de valores dos ativos e isso trará consequências para a economia como um todo.
Isso traz ganhos ou prejuízos ao investidor?
Caso o investidor seja experiente e conheça os índices de mercado para avaliar com mais certeza os seus movimentos dentro do mercado financeiro, ele consegue ter a percepção da alta chegando ao seu limite. Com isso, os especuladores venderão os papéis, ampliando os lucros e sentindo-se mais confortáveis caso haja uma queda após a venda.
Mas, para quem não consegue se programar da maneira correta, a bolha especulativa pode ser uma dor de cabeça. Quando há o seu “crash”, as más notícias surgem e causam uma fuga em massa dos investidores, tornando o lucro insuficiente e, consequentemente, trazendo prejuízos.
Agora que você já conhece o que é capital especulativo e qual o seu impacto nos investimentos, aproveite e leia outros artigos no blog da Onze.