Como comparar investimentos e escolher o melhor – Guia Completo
Comparar investimentos poderia ser classificado como arte. Por que é tão difícil escolher a aplicação ideal? Não faltam fatores que complicam essa decisão. Um deles é a abundância de opções e de especialistas “milionários” dizendo que você deve investir em uma aplicação “x” ou “y”, mas sem nenhum fundamento convincente.
Ou seja, acabam mais por confundir do que esclarecer o investidor iniciante. A primeira dica que já podemos te dar é que é um erro analisar apenas a rentabilidade. Ao comparar investimentos, você precisa ficar atento a alguns fatores, especialmente aqueles que reduzem a própria rentabilidade.
Entenda melhor abaixo e, em seguida, confira o passo a passo completo para aprender como comparar investimentos e conseguir uma carteira diversificada e rentável.
É importante não olhar apenas para a rentabilidade
Como introduzimos no parágrafo anterior, analisar apenas pelo potencial de rentabilidade é um erro grave. Dizemos isso pois existem alguns detalhes que reduzem a capacidade de algumas aplicações rentabilizarem, como a tributação ou o risco de o ativo desvalorizar. Afinal de contas, investimentos com alta rentabilidade costumam também ser de alto risco.
Ainda que você seja bem-sucedido em encontrar o investimento ideal, ainda assim não deve apostar todas as suas fichas nele. Sempre que possível, é interessante diversificar sua carteira de investimentos, uma estratégia que pode superar até os mais graves impactos no mercado financeiro, tanto nacional quanto global.
Quem disse que a abundância de opções é um problema? Na verdade, dividir sua carteira em ativos como LCI, CRA e estar presente no mercado de ações pode ser a combinação ideal para você.
Mais importante do que ter alguém te apontando o que fazer é você ter o conhecimento necessário para descobrir quais são os ativos ideais para compor a sua carteira. É isso que estamos fazendo aqui.
Agora, veja o passo a passo completo para encontrar a melhor carteira para você!
1. Defina o seu objetivo
Quer fracassar no mundo dos investimentos? É muito fácil. Basta começar a investir apenas por investir, sem objetivo algum. Sem uma meta clara, qualquer investimento é uma boa opção. Exceto que dificilmente você conseguirá rentabilizar o tanto quanto gostaria.
Por isso, o primeiro passo que deve dar antes mesmo de começar a comparar investimentos é definir o que você almeja quando investe. Quer montar uma reserva de emergência? Quer se aposentar antes da idade mínima estipulada pelo governo?
Quanto mais claro for o seu objetivo, mais fácil será encontrar os investimentos que podem corresponder aos seus sonhos.
2. Defina o seu perfil de investidor
Como costumamos mencionar em quase todos os nossos artigos, saber qual é o seu perfil é essencial para comparar investimentos e descobrir qual o melhor para você. Isso pode ser feito tanto em sua plataforma de investimentos quanto com a ajuda de um assessor especializado.
Mesmo com algumas variações e até nomenclaturas diferentes, existem três tipos de perfil de investidor. Esse perfil é definido de acordo com a sua tolerância ao risco e o que prioriza ao fazer um investimento. Conheça cada um deles abaixo.
Conservador
O principal critério de um investidor conservador na hora de buscar investimentos é a segurança, mesmo que isso signifique uma rentabilidade reduzida em relação a alternativas mais rentáveis, porém, mais arriscadas.
Ou seja, o investidor conservador tem baixa tolerância ao risco e receio de não conseguir cumprir seus objetivos por conta da volatilidade de alguns ativos variáveis, como as próprias ações da Bolsa de Valores.
Moderado
Apesar de ainda optar por ter mais investimentos de renda fixa, o investidor de perfil moderado tem maior tolerância ao risco. Ou seja, é um pouco mais aberto aos investimentos de renda variável.
Assume-se que investidores de perfil variável costumam ter cerca de 60% a 70% de ativos em renda fixa, com 20% a 30% alocados em investimentos mais arriscados, porém mais rentáveis.
Arrojado
O investidor arrojado quer rentabilidade, mesmo que isso signifique correr riscos. Seu objetivo aqui não é fazer o famoso “pé de meia”, mas ter o máximo de retorno no menor tempo possível.
Isso significa que o investidor arrojado tem a maioria dos seus ativos alocados na renda variável.
Mas cabe aqui uma dica: mesmo que se considere um investidor arrojado ou agressivo, é interessante começar a investir na renda fixa e montar uma reserva de emergência antes de dar início ao arriscado jogo no mercado de renda variável.
3. Compare rentabilidade e liquidez
Falamos que comparar apenas a rentabilidade é um passo perigoso, mas não significa que você deve ignorá-la por completo. É interessante comparar investimentos considerando tanto a rentabilidade quanto a liquidez.
Quando um investimento é de liquidez diária, por exemplo, isso significa que você pode ordenar o resgate dele a qualquer momento, antes mesmo da data de vencimento. Ou seja, é um investimento livre para pegar quando quiser.
Mas qual a consequência disso? Provavelmente, sua rentabilidade será menor que os de baixa liquidez, já que o risco de o investidor pegar seu dinheiro é maior.
Qual é o seu objetivo neste momento? Ser rentável ou poder sacar o dinheiro rapidamente caso uma emergência ocorra? Você deve considerar qual dos dois fatores é o mais importante quando estiver a comparar investimentos.
4. Considere custos e tributos
Alguns investimentos são tributados apenas no resgate da aplicação, de acordo com a tabela regressiva do Imposto de Renda. Outros são totalmente isentos. Também existem ativos cuja cobrança é feita periodicamente enquanto mantém o ativo na sua carteira.
Quanto te custa manter um determinado ativo? Ao comparar investimentos, você deve ficar atento aos tributos cobrados, assim como eventuais taxas de corretagem ou a taxa de custódia cobrada pela própria Bolsa de Valores.
Se o ativo é rentável, mas o custo também é grande, é bem possível que existam outras opções que tenham uma maior rentabilidade real.
Sabia que essa taxa é cobrada de maneira diferente, dependendo do ativo que você tem em carteira? Esses são detalhes que você deve estudar antes de investir em um ativo, seja ele de renda fixa ou variável. Só assim você descobrirá o quanto um ativo realmente está rendendo.
5. Segurança
Você não deve calcular apenas os custos, mas também os riscos desse investimento. Será que a empresa na qual está investindo ao comprar ações apresenta chances de crescer e valorizar nos próximos dias?
O quanto será que vou perder caso opte por um ativo menos rentável, porém mais seguro? Essas são algumas das perguntas que você deve fazer e procurar suas respectivas respostas.
Uma boa saída é aprender como calcular o Custo de Oportunidade, que te ajuda a entender se o que está perdendo é realmente significativo ou algo que pode ser perdido sem problemas.
Já mencionamos, ao longo do artigo, uma das melhores alternativas ao comparar investimentos: diversificação! Ao ter investimentos diversificados, você pode usar os de maior segurança para cobrir quaisquer ativos arriscados que podem oferecer boas recompensas.
Por isso, nossa recomendação final ao comparar investimentos é procurar ativos diferentes daqueles que já possui.
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