Educação Financeira: O que saber para ter uma aposentadoria tranquila
Uma boa educação financeira é uma das maiores bases para uma vida plena, uma vez que reflete em um maior aproveitamento, principalmente na sua aposentadoria, que, na maior parte das vezes, depende de bons recursos para as necessidades da terceira idade.
No Brasil, cerca de 21% das pessoas aposentadas continuam trabalhando para arcar com os custos que o momento de vida traz. O estudo do SPC ainda revela que 47% dos respondentes da pesquisa afirmam que o motivo de continuarem trabalhando é financeiro. Esse dado elucida a necessidade de se ter uma educação financeira desde cedo.
Por que a educação financeira é importante para a aposentadoria?
Educação financeira não quer dizer apenas saber guardar dinheiro, mas também lidar com tudo que é relacionado a esse tema, desde o modo como você se relaciona com o dinheiro, aos itens que adquire e o seu padrão de vida. Todo o consumo é pensado a curto, médio e longo prazo, sendo este último o maior foco.
A aposentadoria no Brasil funciona em um sistema no qual há cada vez mais pessoas aposentadas do que na ativa, o que implica em um problema: há também menos gente mantendo esse sistema rodando, ferramenta que se mostra frágil a médio prazo, com reflexos diretos na aposentadoria de todas as pessoas.
Neste ano, o teto de aposentadoria do brasileiro, excluindo servidores públicos, que têm o benefício integral, é de R$5.839,45. Fora esses casos, o valor pago pelo INSS é sempre menor do que o teto, criando um problema financeiro na terceira idade.
Por isso, a educação financeira é essencial para um planejamento que atenderá as necessidades e expectativas de um padrão de vida que você queira ter.
1. Sair das dívidas
Uma educação financeira é conquistada principalmente com estudo, prática e adequação total entre custo de vida, salário, no caso de funcionários, e renda, no caso de autônomos.
Um dos primeiros passos para se alcançar a independência financeira nesse sentido é quitar todas as dívidas. Trata-se de um processo que exige muita determinação e diálogo com credores, mas que elimina um problema que se estende acumulando prejuízos cada vez maiores.
Para isso, você deve anotar todos os gastos, fixos e variáveis, e as dívidas que tem, com juros, priorizando aquelas com maiores taxas para eliminá-las primeiro. É necessário cortar alguns gastos nesse momento, como academia, comer fora todo final de semana, entre outros.
Essencial nessa meta é também delimitar seu salário ou renda e direcioná-lo aos pagamentos. Portanto, você deve saber quanto de sua receita deverá ser exclusiva para o pagamento de dívidas. Quando sobrar alguma quantia, é essencial reservá-la para os próximos pagamentos.
2. Guardar dinheiro
Outra forma de garantir uma aposentadoria mais tranquila e se adequar a uma nova forma de lidar com suas economias é poupando dinheiro. Lembre-se de que poupar é apenas guardar, mas não guardar para usar em curto prazo.
Para isso, você pode fazer da maneira mais simples, que é manter uma planilha com todos os custos mensais que tem e subtraí-los da sua receita mensal. Assim, o que sobrar deve ser automaticamente reservado, de preferência em uma conta separada para especificar o dinheiro que não deve ser tocado antes de um uso emergencial.
Outro método para garantir que você poupe parte do que ganha é “viver com menos”. Explicamos: esse método consiste em abrir mão daquilo que você até pode obter, mas que não é altamente necessário. Essa estratégia é determinante para uma aposentadoria mais tranquila.
Por exemplo, se a sua renda é de R$6 mil por mês, sua vida atual gera um custo de R$4 mil mensais, mas você gasta R$5.500, é necessário que reveja seus conceitos. “Viver com menos” seria poupar os R$2 mil que sobram mensalmente e usá-los em investimentos.
3. Se aposentar com investimentos
Há uma série de investimentos para garantir uma aposentadoria tranquila. Todos eles são absolutamente seguros e voltados a planos para longo prazo, ideais para o momento em que você decidir parar de trabalhar.
CDB
O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é uma das aplicações com menor risco, além de possuir rendimento maior do que a poupança. Sua lucratividade varia de acordo com o emissor.
Há três tipos de CDB para investir:
- Prefixado: na contratação, você já sabe qual é o rendimento e quanto será o lucro;
- Pós-fixado: rendem de acordo com o valor dos Certificados de Depósitos Interbancários (CDI);
- Híbrido: rende baseado em uma taxa fixa de juros e oscilações de índices de inflação.
Tesouro Direto
São títulos públicos que podem ser adquiridos a partir de R$30. Oferecem alto grau de segurança, já que são atrelados ao Estado. Os rendimentos do Tesouro Direto estão ligados às variações de diversas taxas, entre elas o IPCA e a SELIC.
Previdência Privada
É a previdência do sistema privado, que oferece um modelo de capitalização, cabendo a quem investe determinar a quantia a ser depositada mensalmente e o prazo de resgate. É um modelo muito seguro de investimento para garantir uma estabilidade financeira na terceira idade.
Há dois tipos de deste investimento a longo prazo. O primeiro é o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL), que inclui a declaração de imposto de renda, abatendo até 12% da renda tributável. Já o segundo é o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), que é muito similar a um seguro de vida, com cobertura por sobrevivência. Nessa modalidade, o IR incide só na rentabilidade acumulada.
Por onde começar?
Para garantir uma aposentadoria justa para a sua vida e proporcionar mais tranquilidade na terceira idade, você pode começar por investir em um plano de previdência privada. Um sistema muito seguro e com boa rentabilidade a longo prazo.
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