Você já ouviu falar em ETF? Esse tipo de investimento tem conquistado cada vez mais adeptos, especialmente entre os novatos do mercado financeiro. As ETF, da sigla em inglês Exchange Traded Fund, são os chamados Fundos de Índice, negociados na Bovespa como ações e cuja valoração varia de acordo com um índice pré-estabelecido.

Neste artigo nós explicaremos com mais detalhes como esses fundos funcionam e se vale a pena investir neles.

O que é ETF?

Na prática, ETF são fundos de ações que se baseiam no rendimento de algum indicador específico, buscando simular a valoração desse indicador. Um exemplo é o BOVA11, que tem como referência o Índice da  Bovespa. Isso significa que, se o Ibovespa subir 10% em um mês, o BOVA11 terá um crescimento também próximo de 10%.

Isso é garantido por um gestor especializado que faz o acompanhamento do fundo. Todos os dias, ele analisa o desempenho da bolsa e vende ou compra as ações necessárias para que o fundo se mantenha próximo do índice escolhido.

O patrimônio total do fundo é dividido em cotas, que são vendidas no mercado, assim como as ações.

ETFs e suas características

Uma das características que tornam os ETFs tão populares é o fato de que você não precisa de muito dinheiro para começar a investir. Existem bons ETFs que possuem cotas com valores a partir de R$ 50,00, sendo que o lote mínimo ofertado é de 10 cotas.

Além disso, eles também possuem uma alta liquidez, uma vez que são negociados diariamente na bolsa de valores. Assim, você pode adquirir ou vender as suas cotas a qualquer momento, sem grandes complicações.

Outro atrativo é a diversidade. Ao invés de ter que investir em diversas ações para obter um bom resultado, comprando apenas uma cota você terá acesso a uma grande variedade de mercados.

A administração no caso dos ETFs é feita de forma passiva, ou seja, um gestor é responsável por decidir quais ações irão integrar o fundo, realizando as compras e vendas necessárias para que o seu rendimento seja igual ou superior ao do índice estabelecido.  Os ganhos provenientes do investimento também são reinvestidos para aumentar ainda mais o seu patrimônio.

Investir em ETF é uma boa ideia?

Desde que foram criados em 2004, os ETF têm sido uma modalidade cada vez mais procurada pelos investidores, especialmente pelos novatos, que querem ter a experiência de investir em ações sem estar diretamente expostos ao mercado. Os fundos de índice apresentam, também, a facilidade de investir com razoavelmente menos dinheiro.

Os ETF  são um investimento muito transparente: Toda a documentação é disponibilizada ao investidor, o qual sabe exatamente o que acontece com o fundo escolhido. A administração indireta também é uma segurança extra ao investidor inexperiente, que não está acostumado com a volatilidade do mercado. Devido à diversificação existente no fundo, mesmo que uma das ações apresente uma volatilidade alta, as demais irão equilibrar o pacote.

Uma desvantagem em relação às ETFs é que, diferentemente de outros rendimentos, elas são sujeitas à tributação. Além disso, existem alguns cuidados que devem ser tomados antes de contratar um pacote desses, como verificar quem é a administradora do fundo escolhido para evitar cair em ciladas. Você também deve conhecer o indíce de cada fundo para evitar resultados diferentes dos esperados.

Os ETF não são recomendados para pequenos investidores, especialmente no Brasil, onde existe regulação, assim como questões do próprio mercado que restringem o acesso. Aqui, cerca de 48% do volume de ETFs negociados estão nas mãos de investidores institucionais, 27% é mantido por financeiras, 21% por estrangeiros e apenas 5% pertencem a pessoas físicas.

Qual a rentabilidade de ETF?

O rendimento de um ETF irá depender das ações que o compõem e do índice no qual ele se baseia. Portanto, ele irá variar de fundo para fundo.

Hoje, existem 17 ETFs que são disponibilizados na Bolsa de Valores. Para medir o rendimento, tomamos como referência o Índice da Bovespa que, em 2017, apresentou um rendimento de 26,86%. Naquele ano, o fundo que apresentou o melhor resultado foi o SMALL 11, com valoração de 49,5% e o menor rendimento foi do ISUS11, 17,88%.

Entretanto, por se tratar de uma aplicação de renda favorável, um bom resultado agora não implica necessariamente que esse mesmo resultado irá se replicar no futuro. Momentos de tensão econômica podem afetar negativamente o rendimento dos fundos, por isso é importante acompanhar o rendimento do fundo escolhido.

Custos do ETF

As operações de ETF, via de regra, possuem uma taxa de administração que é muito inferior às praticadas por fundos de investimentos tradicionais. Enquanto estes apresentam taxas de administração médias entre 2% e 3%, as taxas dos ETF apresentam valores decimais, entre 0,3% e 0,6%.

Você também tem acesso a um portfólio variado pagando apenas uma taxa de corretagem, que varia de acordo com a corretora escolhida. Desse modo, o ideal é comparar as opções disponíveis.

Há cobrança de Imposto de Renda sobre a venda de ETFs, sendo que a alíquota a ser paga corresponde a 15% dos lucros obtidos. A Bovespa também cobra taxas de liquidação e emolumentos que correspondem a 0,0325% da operação..

Investir em ETF: como fazer

A compra de um ETF é um processo simples e prático. Os Fundos de Índice podem ser adquiridos junto a uma corretora ou distribuidora de valores imobiliários, devidamente habilitada e ligada ao sistema de distribuição de valores imobiliários. A contratação pode ser realizada de forma direta ou através de um home broker.

O mais importante, antes de adquirir cotas em um Fundo de Índices, é analisar a reputação da administradora escolhida e comparar as taxas praticadas, uma vez que existe uma grande diversificação.

Quer conhecer outras opções de investimento? Fique por dentro dos artigos aqui do blog da Onze Invest e conheça tudo o que há de mais importante sobre o mercado financeiro.