INSS ou previdência privada: escolha seu formato ideal de aposentadoria
Será que vale mais a pena INSS ou previdência privada? Essa é uma dúvida que já era comum antes da Reforma da Previdência e cresceu ainda mais a partir das mudanças nas regras para se aposentar no Brasil.
Se você é mais um que quer decidir entre previdência social ou privada, chegou ao lugar certo. Neste artigo, vamos apresentar informações práticas sobre os dois modelos de contribuição.
INSS ou previdência privada: como escolher?
Para entender qual é a modalidade que melhor se adapta a seu nível de vida e orçamento, se INSS ou previdência privada, precisamos compreender como os tipos de aposentadoria funcionam.
Entendendo a Previdência Social
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é o órgão público responsável pela administração do Regime Geral de Previdência Social – RGPS, destinado a profissionais com carteira assinada, autônomos, segurados especiais ou qualquer pessoa que tenha contribuído de forma autônoma para o INSS.
O RGPS está garantido na Constituição Federal e é, portanto, um direito de todo o cidadão brasileiro que se enquadra em seus requisitos.
De acordo com a lei, ele é um regime de caráter contributivo e de filiação obrigatória. Ou seja, quem trabalha com carteira assinada deve contribuir obrigatoriamente com a Previdência Social por meio de recolhimentos mensais.
Entre outros benefícios, o INSS fornece o pagamento continuado da aposentadoria a seus segurados. Para isso, eles devem apresentar incapacidade temporária ou permanente para o trabalho ou estar em idade avançada.
Todas as suas regras e diretrizes são estabelecidas em lei, mas podem sofrer mudanças – como a última reforma previdenciária, em 2019.
Conhecendo a Previdência Privada
Além do regime geral, existe outra possibilidade de renda para a sua aposentadoria. Chamada de previdência complementar ou privada, essa modalidade não é obrigatória, nem tem recolhimento compulsório.
A planos de previdência são administrados por seguradoras e comercializados por bancos e corretoras. Os recursos dos investidores vão para fundos de previdência e rendem juros ao longo dos anos. Muitas vezes, há uma gestora especializada cuidando do fundo, o que permite uma melhor alocação do dinheiro e rendimentos mais altos.
Somente no regime privado você consegue escolher o valor e a frequência das contribuições. No momento do resgate, o titular do plano decide se quer pegar o dinheiro de uma vez, em parcelas ou se opta pela modalidade renda, que é uma espécie de seguro pago pela seguradora no tempo acordado em contrato.
Prós e contras da aposentadoria pelo INSS
Uma das principais vantagens da previdência social é sua cobertura de benefícios. Além da aposentadoria a que tem direito, o segurado fica coberto a diversos tipos de incapacidade para o trabalho – como doenças e acidentes.
Em contrapartida, não é possível ter controle sobre valor e tempo de contribuição, é preciso seguir as regras do governo. Além disso, o valor aplicado não é remunerado – ou seja, não ocorrem juros sobre as quantias pagas mensalmente.
Por fim, há um teto para o recebimento de aposentadoria, que é atualizado anualmente. Em 2020 ele está em R$ 6101,00. Assim, mesmo que seu salário seja superior ao valor-limite fixado, você só receberá o teto estabelecido pelo INSS.
Prós e contras da previdência privada
Da mesma maneira, a previdência complementar tem seus desafios e benefícios. Como principais desvantagens, podemos citar que o contribuinte deve desembolsar um valor extra ao recolhimento do INSS.
Ou seja, além de pagar a guia mensalmente ao instituto, o optante da aposentadoria privada deve investir no seu plano de benefícios complementares.
Além disso, a previdência privada é considerada um investimento de longo prazo, e como em qualquer outra aplicação desse tipo, sua rentabilidade fica mais atrativa depois de vários anos.
É assim que o contratante da previdência complementar deve encarar seu investimento para conseguir ter bons resultados com a aplicação. Mas a modalidade também oferece muitas vantagens. Por exemplo:
- Não tem cobrança de come-cotas, como nos outros fundos de investimento
- É possível escolher o tipo de tributação: regressiva ou progressiva
- Quem escolhe um plano PGBL tem benefícios fiscais
- Os aportes não são obrigatórios, ou seja, é possível contribuir quando quiser
- O dinheiro rende ao longo dos anos, especialmente quando está nas mãos de uma boa gestora
- É um investimento que não entra no inventário
- A portabilidade é gratuita
- É possível encontrar fundos de diferentes perfis no mercado, de conservador a moderado
- É possível escolher entre resgate financeiro ou renda.
Previdência Social ou Privada, afinal?
Como vimos, a previdência social faz parte das garantias do brasileiro. No entanto, ela está suscetível às mudanças políticas, além de ter diversas regras que limitam, inclusive, o valor máximo de aposentadoria.
Por outro lado, a previdência privada exige um esforço de pagamento maior do contribuinte. Mas ela é flexível e permite que o participante tenha maior autonomia para decidir quanto e como receber os valores no futuro.
Dessa forma, se você quer ter um planejamento orçamentário mais seguro e recebimentos compatíveis com seu nível de vida hoje, vale a pena investir na previdência complementar privada.
Aqui, no blog da Onze, temos diversos conteúdos bem completos para que você conheça as diferentes modalidades de previdência. Assim, você consegue se organizar hoje, para ter um amanhã mais tranquilo.