5 dicas de como se tornar um investidor com ações

Por Redação Onze

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Ainda não são muitos os brasileiros que buscam saber como se tornar um investidor com ações. Investir em ações na Bolsa de Valores não é algo que faça parte da cultura financeira do país, no entanto, isso está começando a mudar. O número de pessoas que investem vem crescendo ao longo dos anos, prova disso é que, em 2002, os investidores da BM&F Bovespa eram aproximadamente 85 mil. Quase quinze anos depois, em 2016, esse número subiu para 560 mil investidores e, em maio de 2019, a Bolsa atingiu 1 milhão de investidores cadastrados.

Com a taxa Selic em baixa fazendo com que a renda fixa apresente resultados cada vez menores, mais pessoas estão buscando alternativas de investimentos que sejam mais rentáveis, dentro desse cenário atual. Assim, o brasileiro vem descobrindo que a Bolsa de Valores oferece boas opções de rendimentos e pode ser uma alternativa para continuar lucrando e chegar mais perto de realizar seus sonhos.

Como se tornar um investidor com ações?

Muitas vezes quando começamos a atuar na bolsa de valores acabamos agindo como especuladores, ao invés de investidores. Há uma grande diferença entre ser um investidor e um especulador com ações. Especuladores são como apostadores, eles compram ações que acreditam que vão gerar lucro, mas não fazem isso com base em estudos ou análises concretas. Esse é um dos grandes erros de quem está começando, porque o mercado de ações não é sorte. É preciso muito conhecimento, análise do mercado e das empresas, uma boa leitura do cenário do país e do mundo, para conseguir prever as movimentações e definir quais são as melhores opções de compra e venda.

Persistência, teoria e prática devem andar sempre juntos no caminho de como se tornar um investidor com ações. Para te auxiliar ainda mais nessa missão ressaltamos aqui outras cinco dicas essenciais.

1 – Confira a rentabilidade dos dividendos

Algumas ações de empresas mais estáveis, que não possuem muita variação em seu preço de compra e venda, possuem como diferencial, para atrair e manter investidores, o pagamento de dividendos.

Dividendos são partes do lucro de uma empresa que são distribuídos entre os seus acionistas. Algumas empresas pagam dividendos mensalmente, enquanto outras o liberam uma vez por trimestre, a cada seis meses ou uma vez por ano.

As ações que pagam bons dividendos são as favoritas dos investidores conservadores. Já que não precisam se preocupar com as variações no preço e passam a ter uma renda passiva, ou seja, um dinheiro que entra na sua conta de forma que você tenha que fazer quase nada por isso.

A lógica para investir em dividendos é um pouco diferente das ações. A carteira de investimentos em dividendos olha muito para o longo prazo, porque você vai buscar ganhar com o lucro que a empresa distribui e não necessariamente com a valorização do preço da ação. Diante disso, o ideal é escolher empresas sólidas e manter o investimento por bastante tempo. Em geral, as melhores pagadoras de dividendos são as companhias que apresentam lucros consistentes e mais previsíveis. Mesmo com essas é essencial avaliar com cautela o cenário atual da instituição para acertar na estratégia e mesmo depois de já possuir a ação continuar conferindo a rentabilidade dos dividendos.

Um dos indicadores mais usados para definir se uma empresa é boa pagadora de dividendos é o Dividend Yield. O DY representa uma relação entre o preço da ação e os dividendos distribuídos. É por meio dele que você compara a rentabilidade dos dividendos entre empresas.

Lembre-se: Dividendos pagos por ação / Cotação atual da ação = Dividend Yield

2 – Veja o potencial de crescimento do valor da ação

Para descobrir o potencial de crescimento de uma ação e saber o momento certo de comprar e vender, é preciso entender como fazer a análise de ações e esse é um ponto essencial de como se tornar um investidor com ações.

Existem dois métodos principais de análise:

  • Análise Fundamentalista

Esse método avalia se a empresa é boa no seu ramo de atuação e se apresenta as condições necessárias para continuar crescendo e se mantendo sólida. Ele é usado, principalmente, para identificar oportunidades de longo prazo e avaliar as empresas através da observação de sua saúde financeira, gestão e perspectivas de crescimento e lucro.

  • Análise Técnica de Ações

Ao contrário da Fundamentalista, essa técnica é usada principalmente para oportunidades de curto e médio prazo. Seu objetivo está em perceber, da maneira mais ágil possível, quais serão os caminhos mais favoráveis a seguir nos próximos minutos, horas, dias, semanas ou meses. Para isso, identifica padrões de comportamento e se baseia essencialmente na lei de oferta e procura, mas prestando atenção em determinados pontos como: onde as ações tendem a parar de cair e voltar a subir, patamares de preço onde a ação geralmente oscila e qual a tendência principal da ação.

3 – Avalie constantemente

Ações são um investimento de renda variável, o que significa que elas podem variar para cima ou para baixo, implicando em riscos. Muitas vezes, essa informação assusta e afasta os investidores. É essencial entender que se expor ao risco não é algo ruim, já que ele vem acompanhado de uma maior rentabilidade.

Os principais riscos de investir em ações são o risco de liquidez e o risco de desvalorização do ativo:

  • A desvalorização de um ativo é quando a empresa em que você investiu começa a apresentar um mau desempenho fazendo com que o preço de suas ações caia.
  • Já o risco de liquidez é o perigo de baixa demanda, a ponto de você não conseguir vender uma ação, por falta de outros investidores interessados nela.

Uma vez conhecendo os riscos e entendendo o funcionamento do mercado de ações, fica mais fácil minimizá-los, principalmente quando auxiliado por profissionais qualificados.

O crucial é avaliar constantemente essa balança de risco e rentabilidade, não basta avaliar o cenário somente na hora da compra, é preciso acompanhar os movimentos do mercado constantemente para saber os momentos certos de compra e venda.

4 – Não aplique todo seu dinheiro

Ações são investimentos que possuem riscos. Isto posto, reserve para esse tipo de investimento um percentual de dinheiro que é possível ser perdido. Sua reserva de segurança para emergências não deve estar em ações, muito menos todo seu dinheiro.

5 – Corretora, contas e rendimentos mensais

O primeiro passo do percurso de como se tornar um investidor com ações é abrir uma conta em uma corretora e logo aqui já é preciso estar atento na escolha, pois os principais custos do investimento em ações são as taxas de corretagem, taxa de custódia, taxa de emolumentos e imposto de renda. Mas a Onze Investimentos te ajuda a escolher a opção mais indicada ao seu perfil de investidor, com melhor custo benefício.

Entre as outras vantagens de investir em ações podemos citar os fatos de que você não precisa de muito dinheiro para começar a investir, não existe um período de carência para resgatar o dinheiro aplicado, há uma grande variedade de ações que atuam de maneira distinta, o que significa que há oportunidades de investimentos com bons potenciais de retorno tanto a curto quanto a longo prazo.