Investimento Selic: como a taxa de juros mexe com a rentabilidade de aplicações
O investimento na Selic faz parte das recomendações feitas pela maioria dos especialistas em finanças. Afinal, corresponde a uma classe de ativos indexados pela taxa básica de juros da economia.
Ainda assim, em certos momentos, uma aplicação vinculada a essa taxa pode ser menos atrativa. O que fazer, então, considerando que não há muitas alternativas fora da Selic?
Nesse caso, é preciso ponderar outros aspectos para escolher bem onde investir o seu dinheiro, já que existem aplicações indexadas pela Selic com maior potencial de rendimento. Avance na leitura, saiba quais são e como fazer para que seu patrimônio renda mais.
Investimento e Selic: qual a relação?
Selic é a sigla cujo significado é Sistema Especial de Liquidação e Custódia. Também conhecida como taxa básica, convenciona-se que ela é a menor taxa de juros possível aplicável a investimentos de renda fixa. Ou seja, em condições ideais, nenhuma aplicação pode render menos que a Selic, exceto a poupança em algumas circunstâncias.
Ela é também usada como referência para conhecer a taxa DI, utilizada como índice de rentabilidade para aplicações como o CDB, LCI, entre outras. Portanto, todos que investem em ativos conservadores ou prefixados por essa taxa precisam acompanhar a sua variação, que é diária.
Além disso, a taxa básica é usada como instrumento de controle por parte do governo. Dependendo da conjuntura econômica, ela pode ser reduzida ou aumentada. Quando aumenta, a intenção é capitalizar os cofres públicos, já que Selic alta é bom para quem investe em ativos como o Tesouro Direto.
Já em fases de redução na Selic, o objetivo é estimular a economia, uma vez que juros menores significam maior oferta de crédito – e o consumo tende a aumentar.
Por que escolher um investimento corrigido pela Selic
Não há instituição financeira que deixe de considerar o perfil do investidor antes de abrir sua plataforma para aplicações. No caso do investimento pela Selic, ou seja, de aplicações indexadas por esse índice, você sempre estará colocando seu dinheiro em ativos de renda fixa – portanto, conservadores.
A principal característica dessa classe de aplicação financeira é ter rendimento garantido. Ao aplicar, você sabe com antecedência quanto deverá receber ao final do período contratado para o resgate.
Sendo assim, essa é uma aplicação vantajosa em função da proteção que oferece contra a inflação, tendo assim rentabilidade garantida. Não é nada que se compare, por exemplo, aos investimentos em ações, mas, em compensação, o risco de perdas aqui é zero.
Então, se você está em busca de segurança e risco zero, reserve parte do seu dinheiro para aplicações referenciadas pela taxa básica.
Qual o melhor investimento que segue a Selic
Embora a sempre popular poupança seja referenciada pela Selic, a melhor opção de investimento indexado por essa taxa é sem dúvida o Tesouro Direto, na modalidade Tesouro Selic 2025.
Veja abaixo quanto renderiam aplicações de R$ 1 mil, R$ 20 mil e R$ R$ 50 mil se fossem feitas hoje e mantidas pelo prazo de um ano.
Quanto rende R$ 1 mil no Tesouro Selic
- I.R. 15% – R$ 36,59
- Taxa de custódia – R$ 12,85
- Rentabilidade líquida – SELIC + 0,03%
- Total líquido – R$ 1.192,98.
Quanto rende R$ 20 mil no Tesouro Selic
- I.R. 15% – R$ 731,86
- Taxa de custódia – R$ 257,89
- Rentabilidade líquida – SELIC + 0,03%
- Total líquido – R$ 23.858,62.
Quanto rende R$ 50 mil no Tesouro Selic
- I.R. 15% – R$ 1.829,65
- Taxa de custódia – R$ 644,78
- Rentabilidade líquida – SELIC + 0,03%
- Total líquido – R$ 59.646,49.
Poupança vale a pena?
Considerando as rentabilidades do Tesouro Selic em um ano, não é difícil entender por que a poupança deve ser evitada. Além de perder para o Tesouro Direto nesse quesito, com a redução da taxa básica, a caderneta se torna ainda menos atrativa, já que rende apenas 70% da Selic.
Em junho de 2020, o rendimento da poupança é de apenas 1,575% ao ano, ou seja, é disparada a aplicação de renda fixa menos rentável do mercado.
Ainda que a inflação brasileira esteja em seus menores índices, com registros inclusive de deflação, o melhor a se fazer é desconsiderar a poupança. Afinal, até mesmo aplicações cuja rentabilidade é indexada pelo CDI são mais atrativas, inclusive se considerarmos a isenção de impostos que oferece a caderneta.
Selic em outros investimentos
O CDI, ou taxa DI, é o índice formado pelos bancos a partir das transações que as instituições financeiras fazem entre si. Uma característica dessa taxa é que normalmente ela acompanha a taxa Selic, até porque ambas são calculadas de forma parecida.
Sendo assim, quando a Selic está em baixa, investimentos taxados pelo CDI também estão. É o caso do CDB, LCI, LCA, Letras de Câmbio e os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), por exemplo.
Portanto, fique atento à evolução da taxa básica e prefira um investimento pela Selic ou indexado pela taxa DI em momentos de alta.
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