Juros bancários: como manter seu dinheiro sob controle?

Por Redação Onze

Os juros bancários podem figurar como verdadeiros vilões para as finanças pessoais quando não são entendidos e acompanhados de perto.

Por assumirem um caráter cumulativo, eles colaboram para o chamado “efeito bola de neve”, que leva à perda do controle em relação às dívidas e pode comprometer o seu futuro.

Para não ser submetido a essa realidade e evitar surpresas desagradáveis, preparamos um artigo que reúne dicas para você aprender a lidar com os juros bancários e manter a sua saúde financeira. Continue lendo e confira!

O que são juros bancários?

Os juros bancários funcionam como o método de correção usado pelas instituições financeiras ao oferecer determinados produtos e serviços aos seus clientes. Em outras palavras, é um mecanismo de compensação ao risco que envolve operacionalizar a concessão de crédito.

Ou seja, é como se o banco “alugasse” o capital ao cliente e, este, pelo direito de uso do capital, tivesse que pagar uma taxa extra até a quitação total do débito.

Quais operações estão sujeitas aos juros bancários?

Diversas operações oferecidas pelas instituições financeiras estão sujeitas aos juros bancários, principal forma de lucro para os bancos. Separamos algumas delas para exemplificar.

Cartão de crédito

Sabe quando você não quita a fatura do seu cartão de crédito na íntegra e opta pelo pagamento mínimo ou por outro valor? Ao fazer essa escolha, você estará sujeito aos juros bancários mais agressivos do mercado: os do crédito rotativo do cartão.

Cheque especial

Outro serviço que conta com juros bancários bastante altos é o cheque especial. Por ser uma modalidade de aprovação automática, os bancos aplicam taxas agressivas para compensar o risco elevado da operação.

Empréstimo

Empréstimos de diferentes naturezas, como os consignados, por exemplo, também têm a incidência de juros bancários.

A diferença é que as taxas nessas operações são mais baixas, se comparadas às duas anteriores. No caso da modalidade consignada, o principal motivo é a forma como ocorre o desconto das parcelas, que é feito diretamente na folha de pagamento do cliente.

Financiamento

Os financiamentos, seja imobiliário, seja veicular, também estão sujeitos aos juros bancários. Aqui, as taxas costumam variar bastante de instituição para instituição, mas também é importante ter atenção aos mecanismos de amortização da dívida (SAC e Tabela Price) e ao tempo de parcelamento.

Aplicações

Quem foi que disse que os juros bancários só têm implicações negativas? No caso das aplicações financeiras, como planos de previdência privada e poupança, por exemplo, as taxas trabalham ao seu favor e influenciam na rentabilidade dos investimentos.

É possível economizar com juros bancários?

Algumas operações bancárias, como acabamos de ver, têm uma política de juros mais agressiva do que outras.

Ao trocar uma dívida no crédito rotativo do cartão ou no cheque especial por um empréstimo consignado, por exemplo, você pode garantir uma economia em tarifas e acelerar a quitação do débito.

Você também consegue poupar dinheiro comparando os juros bancários de diferentes serviços oferecidos pelas principais instituições financeiras, como mostramos a seguir.

Como consultar e comparar juros bancários?

Uma forma fácil e segura de fazer comparativos é acessar a aba Estatísticas > Taxas de Juros no site do Banco Central. Nesse endereço, é possível conferir as principais taxas pré e pós-fixadas praticadas para Pessoa Física e Jurídica.

Vamos supor que você esteja querendo trocar de carro, porém, não tem dinheiro suficiente para comprar o modelo do ano que tanto deseja. A dica é acessar a guia “aquisição de veículos” e comparar as condições oferecidas por diferentes instituições bancárias.

Quem acha que essa análise não faz muita diferença pode deixar escapar uma economia significativa. Para se ter uma ideia, a variação entre a taxa mais barata e a mais cara nessa categoria é superior a 45% ao ano.

Em um financiamento no valor de R$ 50 mil, parcelado em 48 meses, a economia com juros bancários seria de R$ 48.965,76. Ou seja, você conseguiria quase comprar outro carro com o montante gasto em taxas de correção.

As diferenças também são significativas  na comparação dos juros do cheque especial e do crédito pessoal consignado para aposentados ou pensionistas do INSS. Enquanto o Banco Rio Preto conta com juros de 0,95% ao mês e de 12,01% ao ano no cheque especial, o Agibank pratica tarifas de 8,27% ao mês e de 159,60% ao ano.

No crédito pessoal consignado, as taxas vão de 16,07% ao ano, no Bancoob, a 23,88% ao ano, no caso do Banco Digio.

Quer uma dica extra para fazer o seu dinheiro render? Outra maneira de economizar com os juros bancários é se cercar de informações sobre finanças pessoais e investimentos.

No blog da Onze, você tem acesso a conteúdos completos e exclusivos a respeito do assunto, que vão dar mais segurança na hora de tomar decisões sobre aplicações e melhorar a sua saúde financeira.