5 dicas para evitar o pedido de demissão na sua empresa
Enfrentar um pedido de demissão é sempre um processo burocrático e trabalhoso para as empresas. Afinal, além de todos os cálculos rescisórios, há também um processo para buscar por um candidato que ocupe a posição em aberto.
Se você faz parte do time de Recursos Humanos e quer evitar ou reverter o turnover, confira neste post o que é possível fazer. Além disso, você confere também mais detalhes sobre as questões burocráticas desse processo.
O que gera um pedido de demissão?
O pedido de demissão nem sempre é uma decisão fácil a ser tomada por um colaborador. E engana-se quem pensa que essa é só uma escolha dos que recebem outras propostas de emprego. Até que um colaborador chegue à conclusão de que quer sair, ele passa por um processo de análise. Nela, equilibra vantagens e desvantagens dessa decisão.
Na pesquisa Fia Employee Experience, conduzida pela Fundação Instituto de Administração, 27% dos mais de 150 mil profissionais entrevistados alegaram que pediriam demissão caso suas empresas não reconhecessem o seu valor. O levantamento indicou também que os valores pessoais têm sido levados a sério pelos profissionais. Na pesquisa, razões como falta de ética e de equilíbrio entre vida pessoal e profissional também figuraram como motivos.
Outros motivos que levam o colaborador à insatisfação são a busca por uma oportunidade melhor ou com melhor remuneração e melhores benefícios, falta de comunicação e a necessidade de crescimento profissional não atendida pelo negócio.
A parte burocrática de um pedido de demissão
Independentemente do motivo que leva um colaborador a fazer um pedido de demissão, existe uma série de obrigações que ele deve cumprir antes de se ausentar. As questões burocráticas também devem ser seguidas pelos empregadores, mesmo quando o desligamento é uma decisão do profissional.
Obrigações do empregado
O primeiro dever é a carta de demissão. Nela, o colaborador deve formalizar sua decisão através de uma carta escrita à mão. Seu conteúdo deve incluir o pedido de desligamento, bem como se é de seu desejo cumprir ou não o aviso prévio.
O aviso prévio é um dever estabelecido pela CLT. Embora ele determine que o colaborador deve prolongar seu tempo de trabalho, há a opção de que ele seja indenizado. Ou seja, que o colaborador receba pelo período em que deveria trabalhar. Em algumas situações, o aviso também deve ser pago pelo profissional à empresa através do desconto nas verbas rescisórias.
Obrigações da empresa
Ao receber o pedido, a empresa deve providenciar o exame demissional de seu colaborador. Essa é uma obrigação prevista no artigo 168 da CLT.
Outro dever do contratante é o pagamento das verbas rescisórias. Pela lei, essa obrigação deve ser honrada em até 10 dias corridos da data de encerramento do contrato.
Custos relacionados
É um erro pensar que os únicos custos relacionados a um pedido de demissão são os rescisórios. Além deles, há outros previstos nos Direitos Trabalhistas, como o caso do pagamento de multa quando não há justa causa.
O empregador também deve lidar com os custos de um processo de recrutamento, que muitas vezes são morosos. Quando é preciso reocupar uma posição, há o prejuízo de ter a vaga em aberto por tempo indeterminado, além da necessidade de treinar uma nova pessoa e, inevitavelmente, ter de pagar mais por ela durante o processo de negociação.
Como é o cálculo de rescisão de um pedido de demissão
Quando o Departamento Pessoal realiza o cálculo de rescisão sobre um pedido de demissão, ele deve considerar os seguintes pontos:
- Salário proporcional: que corresponde a quantidade de dias trabalhados no mês em que ocorre o desligamento
- Férias e 13º: o cálculo é feito considerando o tempo trabalhado dentro do período de um ano. Se houver férias vencidas, elas devem ser pagas com o acréscimo de 1/3.
- Adicionais: se na data do desligamento houver pendências como a de banco de horas, o valor correspondente deve ser embutido no cálculo
Como evitar ou reverter um pedido de demissão
Se você quer evitar ou reverter pedidos de demissão em sua empresa, é preciso se antecipar a eles. Para isso, um processo de retenção envolve entendimento e mudanças. Confira nossas dicas:
1. Conheça o seu time
Estar acima do colaborador é uma visão ultrapassada. O melhor caminho é conhecer o time. Isso é feito através de pesquisas internas que mapeiem seus perfis e preferências. Ao gestor também cabe fazer reuniões recorrentes de feedback, para estar alinhado com desejos e expectativas individuais.
2. Estabeleça uma cultura organizacional
Cada vez mais os profissionais buscam por relevância e senso de pertencimento. Ter uma cultura bem definida e guiada por princípios e valores é uma maneira de gerar identificação com o time.
3. Crie uma política de cargos e salários
A ânsia por crescimento tem se tornado cada vez mais forte. E é dever das empresas acompanharem esse movimento. Ao estabelecer uma política clara de cargos e salários, o colaborador tem visão sobre as possibilidades oferecidas pela empresa.
4. Ofereça benefícios relevantes
VT (Vale Transporte) e VR (Vale Refeição) não são benefícios, são obrigações legais. Se você quer motivar o seu colaborador, mostre que se preocupa com o seu bem-estar e ofereça benefícios atrativos.
5. Se comunique – e ouça
Tenha um canal transparente com o seu time. Utilize recursos de comunicação interna para integrá-lo ao ambiente e ofereça canais para que haja troca entre as partes. Seu colaborador precisa saber que pode ser ouvido.
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