Previdência privada com seguro de vida: tem como contratar os dois?

Contratar previdência privada com seguro de vida representa muito mais segurança, considerando os objetivos envolvidos nessas modalidades de aplicação. Embora pareçam ser a mesma coisa, há diferenças consideráveis e que fazem da contratação de uma o complemento da outra.

A propósito, cabe frisar que o setor de previdência privada é regulado pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). Isso significa que ela tem características de um investimento financeiro mas segue regras similares às de um contrato de seguro. Continue por aqui e veja por que você deve considerar seriamente a contratação de ambos para garantir ainda mais proteção.

Previdência privada com seguro de vida: como funciona?

A principal diferença entre a previdência complementar e um seguro é o objetivo e as circunstâncias definidas em contrato para receber os benefícios. Enquanto na previdência o momento de usufruir é escolhido pelo titular do plano, no seguro, não há essa escolha, que pode ser amanhã ou daqui a 20 anos.

Ao contratar um plano de previdência privada, você pode também escolher a forma de resgate do patrimônio acumulado: integral ou em parcelas mensais. Embora existam seguros que até permitem resgate do valor pago depois de um certo tempo, na maior parte dos casos, ele só pode ser resgatado por ocasião do falecimento do titular. De qualquer forma, ambos podem ser contratados pelo sistema bancário convencional ou por meio de seguradoras especializadas. Lembrando ainda que existem planos em que a previdência privada pode ser contratada junto com um seguro, se essa for a vontade do seu beneficiário.

O que é previdência privada?

O Regime de Previdência Complementar (RPC), como é também conhecida a previdência privada, é estruturado pelas empresas particulares e coexiste com o Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e o Regime Próprio de Previdência Social (RPPS). Trata-se de um setor destinado a gerir aplicações financeiras nas quais seus titulares se habilitam, ao final da fase de acumulação, a resgatar o que pagaram corrigido.

Na previdência privada, os recursos aplicados são indexados pelo CDI (Certificado de Depósitos Interbancários), rendendo como se fosse um fundo de renda fixa. Por isso, é a forma mais segura de se garantir uma renda fixa depois da aposentadoria.

O que é seguro de vida?

Se tem uma certeza compartilhadas por todos, sem exceção, é de que um dia não estaremos mais neste mundo. Quando isso acontecer, como ficam filhos, dependentes e cônjuges? O seguro de vida serve para resguardar famílias ou, pelo menos, compensar parte das perdas materiais sofridas pelo falecimento de uma mãe, pai ou tutor legal.

Na contratação de uma apólice, é acertado um valor, o prêmio, a ser recebido pelos dependentes legalmente definidos em caso de morte do titular. Logo, diferentemente da previdência, o seguro de vida não pode ser aproveitado pelo seu subscritor, que repassa o benefício para terceiros.

Dá para contratar os dois juntos?

A contratação de previdência privada com seguro de vida não só é possível como recomendada para diferentes casos. Primeiramente, porque existe sempre a possibilidade de falecimento enquanto a previdência privada está sendo paga. Ainda que ela seja transmissível para herdeiros, provavelmente, o montante acumulado será insuficiente para assegurar o padrão de vida desejado. O seguro, nesse caso, garante que o resgate da previdência será feito conforme contratado, independentemente de quanto aportes tenham sido feitos.

Outra possibilidade é em caso de invalidez. Se o titular de um plano de previdência não puder mais trabalhar e assim manter suas contribuições para a previdência, o seguro pode cobrir os aportes e garantir o resgate.

Em outra situação, é possível que o falecimento do titular do plano aconteça na fase de usufruto, enquanto recebe os pagamentos mensais. Ainda que esses pagamentos sejam transmissíveis, há planos que realizam descontos quando o repassam para dependentes. Por isso, o seguro é uma garantia de que a família receberá a totalidade dos valores pagos mensalmente pela previdência complementar. Então, pelas razões expostas, dá para observa que a previdência privada com seguro de vida é uma boa ideia.

Quando vale a pena previdência privada com seguro de vida

É importante considerar que um contrato de previdência privada representa um investimento de longo prazo. Estamos tratando de períodos de, pelo menos, 20 anos de contribuições ou mais. Quanta coisa pode acontecer nesse prazo? Dessa forma, a contratação de um seguro garante que os objetivos definidos para a previdência serão alcançados, não importa o que aconteça.

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