Previdência privada ou Tesouro Direto: como escolher

Por Redação Onze

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Em dúvida se investe em previdência privada ou Tesouro Direto?

Afinal, qual é a melhor modalidade de investimento e como escolher entre um e outro?

Essa é uma pergunta comum para quem busca investimentos com baixo risco e com boa rentabilidade no longo prazo.

Mas essas duas modalidades não são excludentes e podem ser utilizadas em conjunto.

Neste guia sobre previdência privada e Tesouro Direto, descubra todos os aspectos importantes a levar em conta para garantir um rendimento melhor para o seu dinheiro.

Previdência privada ou Tesouro Direto: por onde começar

A primeira coisa que você deve ter em mente é que um investimento não exclui o outro.

A previdência privada e o Tesouro Direto são aplicações financeiras com características diferentes e, portanto, podem ser integradas em conjunto à carteira de investimentos.

A primeira é um tipo de fundo de investimento com foco no longo prazo.

A segunda é um tipo de título de renda fixa, oferecida pelo Tesouro Nacional, com diferentes vencimentos e rentabilidades. 

Mas esses investimentos têm, sim, características em comum. 

A principal delas é a busca por segurança: ambos os investimentos costumam oferecer baixo risco, especialmente no longo prazo.

Previdência privada ou Tesouro Direto: o que é o quê

Agora que você já sabe que previdência privada e Tesouro Direto não são excludentes, conheça as características de cada modalidade nos próximos tópicos. 

Previdência privada

A previdência privada é um plano de aposentadoria não relacionada ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Quem oferece

Os planos de previdência privada são oferecidos por bancos, corretores e seguradoras, ou seja, por empresas privadas  — que são fiscalizadas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep).

Na modalidade, o investidor paga mensalmente ou de uma única vez o dinheiro que deseja investir no longo prazo.

Um gestor profissional aplica os valores em fundos de investimentos para que fique rendendo. 

Ao resgatar o investimento, o indivíduo tem o valor total investido acrescido de juros.

Tributação

A previdência privada tem dois modelos de tributação, o progressivo e o regressivo.

No progressivo, a alíquota é de 15% sobre o valor resgatado com incidência de Imposto de Renda (IR) na fonte.

E a incidência do imposto, no momento do resgate de valores, é calculada conforme a tabela do IR, com taxas de variam de 0 a 27,5% de acordo com o valor recebido.

No regressivo, a incidência de IR varia conforme o tempo do investimento:

  • Até 2 anos: 35%
  • De 2 a 4 anos: 30%
  • De 4 a 6 anos: 25%
  • De 6 a 8 anos: 20%
  • De 8 a 10 anos: 15%
  • Acima de 10 anos: 10%

Além disso, você pode escolher escolher entre dois planos de previdência:

  • PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livres): indicado para quem tem alta renda e faz declaração de IR completa. Permite restituir IR, mas o imposto incide sobre o valor total depositado e sobre o rendimento
  • VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres): ideal para quem faz declaração de IR simplificada ou não declara. Não permite restituir IR, mas o imposto incide só sobre o valor total depositado.

Rentabilidade

A rentabilidade varia conforme os fundos de investimentos nos quais o dinheiro é aplicado, que têm ativos tanto de renda fixa quanto de renda variável. 

Prazo e segurança

Além de ser um investimento de baixo risco, na previdência privada, quanto mais tempo o dinheiro fica rendendo, maior é a sua rentabilidade no momento do resgate.

Tesouro Direto

De forma resumida, o Tesouro Direto consiste em investimentos em títulos públicos.

Quem oferece

Os títulos do Tesouro Direto são oferecidos pelo Tesouro Nacional para arrecadação de fundos.

É uma forma, portanto, de você emprestar dinheiro para o Governo e resgatá-lo posteriormente acrescido de juros.

Tributação

Os investimentos no Tesouro Direto têm incidência de IR sobre os rendimentos com alíquotas que variam de 22,5% a 15%, conforme o período até a venda dos títulos (ou seja, o momento do resgate):

  • Até 180 dias: 22,5%
  • De 181 a 360 dias: 20%
  • De 361 a 720 dias: 17,5%
  • A partir de 721 dias: 15%.

Rentabilidade

A rentabilidade do Tesouro Direto varia conforme o título que você compra.

Os títulos podem ser atrelados ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e à Taxa Selic (taxa básica de juros da economia), ou ainda podem ser prefixados (com rentabilidade definida no momento da aplicação).

Prazo e segurança

Os títulos do Tesouro Direto podem ser vendidos a qualquer momento, o que garante a vantagem de alta liquidez.

Mas, para os papéis indexados, o ideal é respeitar o prazo do vencimento dos títulos para evitar o risco de uma desvalorização.

Além disso, o risco de crédito dos títulos é considerado o mais baixo do país, já que se trata do risco soberano.

Como escolher: previdência privada ou Tesouro Direto

Conforme você já sabe, previdência privada e Tesouro Direto costumam oferecer baixo risco e podem se encaixar bem em um portfólio de longo prazo.

Mas, no fim das contas, se o prazo é superior a 10 anos, a tabela regressiva da previdência privada conta com a menor alíquota possível, o que permite uma maior rentabilidade.

Além disso, a previdência tem benefícios fiscais, como a possibilidade de abater o Imposto de Renda no plano PGBL, por exemplo.

No entanto, se você não tem certeza de quanto tempo pretende deixar o dinheiro rendendo e se pode precisar dele no curto prazo, o Tesouro Direto (especialmente o Tesouro Selic) é mais indicado devido à alta liquidez.

De qualquer forma, vale a pena contar com uma assessoria especializada para definir o melhor investimento para você.

Nesse sentido, conte com a Onze para receber o suporte necessário e fazer os melhores investimentos de longo prazo. Acesse o site e conheça nossos produtos financeiros.