Previdência simples: veja como é fácil fazer a sua

Por Redação Onze

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Entre tantos termos que giram em torno de produtos financeiros e securitários, tudo o que uma pessoa interessada por planos de previdência privada quer é encontrar uma previdência simples. E isso é possível!

Veja como é fácil contratar o seu plano de previdência e quais possibilidades estão ao seu alcance.

Como escolher uma previdência simples?

É essencial prestar atenção em diversos fatores antes de contratar o seu plano, já que ter uma previdência simples é possível quando se sabe exatamente o que se busca e os principais itens que a compõem.

O primeiro item é avaliar qual a melhor modalidade de plano de acordo com o seu perfil: PGBL ou VGBL. Veja a diferença:

PGBL

O Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) é a opção para quem também contribui para a Previdência Social, o INSS, e faz a declaração de Imposto de Renda completa.

Essa indicação se dá porque o PGBL permite que o beneficiário deduza até 12% da renda bruta tributável em seu IRPF, facilitando melhores valores de restituição.

VGBL

Já o Valor Gerador de Benefícios Livre (VGBL) não permite dedução no Imposto de Renda. No entanto, é indicado para quem é isento ou escolhe a declaração simplificada do IRPF.

Uma grande diferença entre eles está, também, em como os impostos serão cobrados em cada plano.

Enquanto a base de cálculo para impostos no PGBL é o montante a ser retirado calculando o valor acumulado mais os rendimentos, no VGBL o cálculo é feito apenas sobre os rendimentos, ficando o acumulado fora da cobrança.

Quando irei resgatar o dinheiro?

A regra para que seja vantajoso contratar um plano de previdência é simples: tenha um objetivo a longo prazo.

A qualquer momento é possível interromper o período de acumulação e iniciar os resgates do seu plano, porém, ele apenas vale a pena quando já tiver acumulado valores por longos anos.

Além de dar mais tempo para que uma boa reserva seja feita, há a incidência das tributações que irão afetar diretamente nos valores a serem retirados, e, dependendo da sua escolha, quanto mais tempo,menor será o tributo.

Carências

É preciso avaliar junto à seguradora ou instituição que oferece o plano de previdência qual será a carência para resgatar suas aplicações. Este prazo determinará a partir de quando o beneficiário poderá usufruir dos valores aplicados no plano.

Caso tenha o objetivo de utilizar a verba num curto período e a carência seja maior do que este tempo, será preciso reavaliar a contratação.

Qual tributação escolher?

Entender qual tabela escolher para aplicar em seu plano, é um dos itens primordiais para ter uma previdência simples e sem dores de cabeça.

Os impostos cobrados terão influência direta no valor final do resgate e no modo como serão declarados no Imposto de Renda anualmente. Veja as diferenças:

Progressiva

Quem optar pela tabela progressiva terá os impostos cobrados referente ao valor do resgate ou renda. Desta forma, quanto maior for o valor recebido, maior será a alíquota cobrada.

Esta tabela é indicada para quem não tem previsão de quando irá utilizar os seus recursos e para aqueles que pretendem retirar uma pequena parcela por vez, e não todo o montante de uma única vez.

As alíquotas referentes a cada faixa de valor são a seguinte:

Valor do resgateAlíquota
Até R$ 1.903,98Isento
De R$ 1.903,99 até R$ 2.826,657,5%
De R$ 2.826,66 até R$ 3.751,0515%
De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,6822,5%
Acima de R$ 4.664,6827,5%

Regressiva

Para quem já sabe que manterá seu plano no período de acúmulo por um longo período, é interessante optar pela tabela regressiva. Nela, quanto maior o tempo da aplicação, menor será o imposto na hora do resgate.

Mas, há um detalhe importante: as menores alíquotas serão cobradas referentes aos aportes mais antigos, enquanto os mais novos terão incidência das alíquotas maiores. Portanto, se quiser resgatar todo o valor aportado de uma única vez, deverá ser feita uma média para entender em qual alíquota se encaixa.

A tabela a ser seguida é:

Período de acumulaçãoAlíquota
Até 2 anos35%
De 2 anos a 4 anos30%
De 4 anos a 6 anos25%
De 6 anos a 8 anos20%
De 8 anos a 10 anos15%
Acima de 10 anos10%

É preciso lembrar que as alíquotas mostradas acima possuem base de cálculo diferentes nas modalidades PGBL e VGBL, sendo o primeiro calculado sobre o total e o segundo apenas sobre os rendimentos, como citamos no início deste artigo.

Como saber se o plano é seguro?

Todos os planos legais são fiscalizados pela Susep (Superintendência de Seguros Privados). É esta entidade que regula o mercado de previdência privada no Brasil para garantir a seguridade dos seus planos.

Além disso, para dar mais tranquilidade ao beneficiário, os aportes feitos por ele não se misturam aos bens da seguradora. Assim, caso a seguradora abra falência ou tenha dívidas a pagar, os valores pertencentes a cada beneficiário não poderão ser usados para quitação de dívidas da empresa.

Viu como é possível ter uma previdência simples? Para saber ainda mais sobre este universo e tirar todas as suas dúvidas, acesse nossos artigos. Confira agora e aproveite!