Rendimento do Tesouro Direto: quanto pagam os títulos públicos?
Mesmo sendo um dos investimentos mais populares do país, os títulos públicos ainda causam algumas dúvidas, principalmente sobre o rendimento do Tesouro Direto.
A aplicação é uma opção para brasileiros há quase duas décadas e, desde então, se destaca como uma alternativa segura e com boa liquidez para o investidor. Quer saber mais sobre o rendimento e outras questões relacionadas a esse ativo? Continue lendo e confira!
Qual é o rendimento do Tesouro Direto?
Quando falamos em Tesouro Direto, estamos nos referindo a uma modalidade de investimento que é emitida e administrada pelo próprio Estado.
Por meio do Tesouro Nacional, o governo gera títulos da dívida pública para que os cidadãos possam investir de maneira segura e com bons retornos. O dinheiro arrecadado, por sua vez, é destinado ao financiamento de atividades de infraestrutura no país.
A modalidade existe desde 2002 e se destaca por ser uma aplicação com boa rentabilidade e segurança. Recentemente, ultrapassou a marca de um milhão de investidores, a partir de um crescimento de quase 53% no ano de 2019.
O Tesouro Direto conta com três tipos de títulos diferentes, conforme detalhamos a seguir.
Tesouro Prefixado
Chamado oficialmente de Letras do Tesouro Nacional (LTN), o Tesouro Prefixado é a categoria que apresenta a rentabilidade para o investidor no momento da compra.
Essa taxa é fixa e garante qual será o retorno obtido no resgate caso a data limite de vencimento do contrato seja respeitada. Em outras palavras, podemos dizer que, aqui, a rentabilidade é conhecida de antemão e o investidor consegue calcular de maneira exata qual será o seu ganho no final do período.
Extremamente segura, essa modalidade permite o planejamento financeiro em médio e longo prazo com precisão.
Tesouro IPCA
Oficialmente denominado como Nota do Tesouro Nacional Série B (NTN-B), esse tipo de investimento é conhecido popularmente como Tesouro IPCA.
O nome se dá pelo fato de que, aqui, a rentabilidade é indexada a partir do IPCA que foi registrado durante o período da aplicação. Assim, o investidor se protege da desvalorização, já que o montante aplicado será corrigido de acordo com as perdas inflacionárias.
Dentro dele, existe ainda uma subdivisão: Tesouro IPCA com juros semestrais (NTN-B) e Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal). A primeira opção permite que o investidor saque os juros gerados semestralmente, ao passo que a segunda reinveste o valor automaticamente para render ainda mais dali em diante.
Tesouro Selic
Por fim, temos o Tesouro Selic, cuja denominação oficial é Letra Financeira do Tesouro (LFT). Assim como indica o nome, essa é uma modalidade de investimento em títulos públicos que têm sua rentabilidade indexada a partir dos juros praticados no país representados na taxa Selic.
Dessa forma, o Tesouro Selic é considerado como um título de renda fixa pós-fixado, já que o valor exato do retorno sobre seu investimento só será revelado na data de vencimento da aplicação.
É importante lembrar que a Selic pode sempre ser projetada, mas nunca prevista com 100% de certeza, já que ela está sujeita às oscilações da economia.
Rendimento do Tesouro Direto supera a poupança?
Não é de hoje que a caderneta de poupança é considerada um dos piores investimentos disponíveis no mercado, se não o pior. Há algum tempo, especialistas em finanças alertam para o fato de que a modalidade já não é capaz nem mesmo de proteger o capital da inflação.
A desinformação, porém, faz com que muitos investidores sigam escolhendo a poupança para montar suas reservas financeiras – um estudo da Anbima apurou que 89% dos brasileiros ainda investem por esse caminho.
No contexto atual da economia, a caderneta apresenta um rendimento negativo, o que significa que o ganho é menor do que a perda inflacionária. Esses dados podem ser observados dentro do simulador de rentabilidade da Rico Corretora de Investimentos.
Enquanto uma aplicação de R$ 10 mil tem um ganho mínimo de R$ 743,87 em dois anos no Tesouro Direto, o mesmo valor renderia apenas R$ 316,46 na poupança.
Como investir no Tesouro Direto?
Se você se interessou pela compra de títulos do Tesouro Direto, confira abaixo o nosso passo a passo para começar a investir.
Escolha uma corretora
O primeiro passo para aplicar em um título público é escolher uma corretora de confiança e com boa reputação para gerenciar o seu dinheiro.
Planeje seu investimento
Antes de se comprometer por um ou outro tipo de Tesouro Direto, é preciso se planejar para garantir a escolha daquele que melhor se adapta às suas necessidades e metas de vida.
Faça a transferência
Depois de escolher uma instituição financeira e se decidir pela categoria de título, é chegada a hora de transferir o montante que você pretende aplicar da sua conta corrente para a conta de investimentos.
Finalize a compra
Apesar de ser administrada pelo Tesouro Nacional em parceria com a B3, a negociação do Tesouro Direto deve ser feita diretamente no site da sua corretora. Assim, selecione a modalidade e a quantidade que deseja comprar e confirme para concluir sua aplicação.
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