Rendimento LCA: qual é o retorno da Letra de Crédito do Agronegócio?
Quem investe em Letras de Crédito do Agronegócio certamente já se perguntou, uma hora ou outra, qual é o rendimento da LCA.
De maneira geral, podemos dizer que essa modalidade de investimento não é exatamente uma novidade por aqui, já que está disponível há mais de 15 anos.
No entanto, mesmo que tenha um histórico considerável, a LCA ainda é capaz de levantar dúvidas para investidores iniciantes ou que não têm experiência com esse tipo de aplicação.
Para saber mais sobre a Letra de Crédito do Agronegócio, suas opções e regras de rentabilidade, continue lendo este conteúdo!
Qual é o rendimento da LCA?
Quando falamos em Letras de Crédito do Agronegócio, estamos nos referindo a um título de renda fixa que é emitido por bancos para financiar atividades da agricultura e pecuária.
Assim como aponta o nome, o capital coletado por bancos dentro da LCA tem lastro em empreendimentos do agronegócio, tais como grandes latifundiários e pecuaristas. Quem investe, por sua vez, recebe uma rentabilidade anual como contrapartida pelo seu empréstimo.
O investimento foi lançado no Brasil em dezembro de 2004, por meio da lei nº 11.076, seguindo o modelo que já era utilizado há mais de três anos para as Letras de Crédito Imobiliário (LCI).
Ao aplicar em Letras de Crédito do Agronegócio, o investidor encontra três opções diferentes para escolher conforme seus objetivos. No fim, o que diferencia as três versões de LCA é a forma como o cálculo da rentabilidade é feito. Entenda a seguir!
LCA prefixada
Para as Letras prefixadas, o cliente sabe de antemão qual será o ganho do investimento, pois a taxa é divulgada já no momento da compra.
Por isso, é comum que essa seja considerada a opção mais segura, pois o investidor não precisa se preocupar com oscilações na economia interferindo em sua aplicação.
Então, no fim do contrato ele pode fazer o resgate integral do valor investido, acrescido da rentabilidade prometida para o período.
LCA pós-fixada
Se na opção anterior o cliente podia consultar o ganho do título com exatidão durante a compra, a versão de LCA pós-fixada propõe exatamente o oposto. Aqui, a rentabilidade só será descoberta na ocasião da liquidação, que é quando a taxa será calculada.
Em outras palavras, podemos dizer que as Letras pós-fixadas funcionam como indica o nome: a rentabilidade é fixada em um momento posterior à compra – mais especificamente, no resgate.
Nesse caso, a taxa utilizada é a da rentabilidade praticada pelos Certificados de Depósito Interbancário (CDI) – empréstimos de curtíssimo prazo realizados entre bancos.
Esse valor, porém, varia diariamente e isso faz com que as LCAs pós-fixadas estejam sujeitas às oscilações do mercado.
LCA mista ou híbrida
Conhecida por especialistas do setor como LCA mista ou híbrida, a terceira e última opção para investimento em Letras de Crédito do Agronegócio funciona exatamente como o nome indica.
Aqui, a rentabilidade é calculada a partir de duas taxas: uma que é pré-fixada e outra variável. A lógica pode parecer um pouco confusa à primeira vista, mas não chega a ser nenhuma novidade no mundo dos investimentos.
Quem tem um pouco mais de experiência com o tema pode reconhecer que a LCA mista funciona de maneira bastante similar aos títulos de Tesouro IPCA+, por exemplo.
No fim, essa modalidade traz um retorno maior para o investidor, ao mesmo tempo em que protege seu capital do risco de desvalorização.
Funciona assim: a taxa pré-fixada garante a reposição das perdas inflacionárias do período, enquanto a variável oferece um ganho real sobre o investimento.
Rendimento da LCA é melhor que a poupança?
Já faz algum tempo que especialistas alertam para o fato de que a caderneta de poupança se tornou uma péssima opção de investimento no Brasil.
Infelizmente, essa é uma informação que não chega à grande parcela dos brasileiros – um estudo da Anbima apurou que 89% das pessoas que investem ainda optam pela poupança.
A prática é bastante prejudicial, principalmente se levarmos em conta o cenário econômico recente que fez com que a caderneta chegasse a um rendimento negativo – o ganho é menor do que a perda inflacionária.
Enquanto um investimento de R$ 10 mil pode render a partir de R$ 558,19 em dois anos na LCA, por exemplo, ele renderia apenas R$ 316,46 se estivesse aplicado na caderneta. Os números são do simulador de rentabilidade disponibilizado pela Rico Corretora de Investimentos.
Como escolher uma LCA, além do rendimento?
Além do rendimento, existem algumas outras questões que devem ser consideradas na hora de escolher uma opção de Letra de Crédito do Agronegócio. Confira!
Perfil de investidor
De modo geral, as Letras de Crédito são indicadas para investidores com perfil mais conservador. Isso porque a aplicação apresenta baixo risco e representa uma alternativa segura para se proteger da inflação.
Fundo Garantidor de Crédito (FGC)
No Brasil, as aplicações em LCA estão protegidas pelo FGC, que garante a remuneração dos investidores mesmo que a instituição emissora do título venha a falir.
Fique atento aqui, pois o Fundo cobre valores de, no máximo, R$250 mil (capital + rentabilidade) por CPF. Se você pretende investir mais do que isso, não deixe de diversificar as instituições.
Liquidez
Por último, mas não menos importante, a liquidez também deve ser observada. Diferentemente de outros investimentos de renda fixa, as Letras de Crédito do Agronegócio não oferecem liquidez diária.
Isso quer dizer que o valor investido não poderá ser resgatado antes da data final, o que faz com que esse tipo de aplicação não seja o melhor caminho para compor reservas de emergência.
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