O que é rentabilidade em investimentos e como fazer seu dinheiro render mais
Um investidor que sabe o que é rentabilidade aplica seu dinheiro com muito mais inteligência. Pode até parecer um conceito simples de se entender, mas não se engane: existem certas nuances que precisam ser consideradas.
Afinal, quando se trata de investir, existem fatores que tornam determinadas aplicações mais interessantes do que outras, e a rentabilidade é um deles.
Como então, avaliar e fazer as melhores escolhas? É o que você descobre neste conteúdo. Continue lendo e confira!
O que é rentabilidade em investimentos?
Vamos começar tomando como exemplo a aplicação financeira mais popular que existe no Brasil: a caderneta de poupança.
Boa parte dos que investem nessa categoria esperam, pelo menos, não ver o seu dinheiro desvalorizar em virtude da inflação. Essa é a forma mais simples de hedge (proteção) que se conhece.
Para que isso seja possível, é necessário que a aplicação apresente uma certa rentabilidade, isto é, uma taxa de ganhos a partir dos juros contratados.
Sendo assim, um investimento rentável em seu “estado bruto” é aquele que gera um excedente ao longo de um determinado período.
Desse modo, haverá alguns ativos financeiros que serão mais ou menos interessantes, dependendo da rentabilidade aplicável a cada um.
Rentabilidade x lucratividade
Embora pareçam a mesma coisa, os conceitos de rentabilidade e lucratividade representam grandezas distintas, tanto que são calculados por fórmulas diferentes.
Nesse caso, é preciso considerar que a lucratividade nada mais é do que o resultado da divisão do lucro líquido pela receita bruta dividido por 100.
Já a rentabilidade é a taxa de retorno que um investimento apresenta em um certo período de tempo – mais adiante, vamos ver como ela pode ser calculada.
Por enquanto, o que vale destacar é que uma aplicação ou atividade pode ser lucrativa sem ser rentável e vice-versa.
Imagine, por exemplo, que uma empresa investiu em uma nova frente de atuação cuja rentabilidade projetada é de 90% sobre o que foi aplicado.
No entanto, as despesas inerentes a essa expansão foram tão elevadas que, no final, os lucros acabaram sendo drasticamente reduzidos.
Ou seja, trata-se de um negócio rentável, mas que, no resultado final, mostrou-se pouco lucrativo, face às despesas geradas.
Rentabilidade bruta x líquida
Há, ainda, uma outra diferença muito importante a ser ponderada aqui. No caso, é preciso calcular também a chamada rentabilidade líquida, obtida depois de apurados e pagos os impostos e encargos.
Faz sentido, já que os tributos incidem sempre em cima da renda ou do lucro, certo? Então, deve-se levar em consideração o que sobra depois do pagamento dos impostos.
É por esse princípio que se chega ao indicador EBITDA (ou LAJIDA, Lucros Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização), por exemplo.
Em investimentos, a rentabilidade líquida pode ser calculada pela seguinte fórmula:
- VL = VB – ((VB – VI) × Imposto de Renda)
Nela, entende-se que:
- VL: Valor Líquido
- VB: Valor Bruto
- VI: Valor Investido.
Como é calculada a rentabilidade?
A fórmula básica para calcular a rentabilidade é muito simples de se assimilar:
- Rentabilidade = (Lucro Líquido ÷ Valor Investido) × 100
Por outro lado, para se chegar ao lucro líquido, é preciso ponderar os mecanismos de correção, juros, indexadores e taxas (pré, pós e híbridas) incidentes.
Sendo assim, não basta apenas conhecer o índice que recai sobre um investimento. Para saber exatamente o quanto ele deve render, é necessário incluir na conta outros fatores que afetam a sua rentabilidade.
Exemplo de rentabilidade ao investir
Para que fique totalmente claro para você, vamos reproduzir aqui algumas simulações de investimentos em diferentes modalidades do Tesouro Direto, um dos ativos de renda fixa mais rentáveis.
Nesse caso, considere que, no momento do resgate, incidem a taxa da B3 e o Imposto de Renda em 15%, levando em conta que ele seja feito depois de um ano.
Confira, então, como fica a rentabilidade para diferentes aplicações.
Aplicação de R$1 mil no Tesouro IPCA+ 2026
- R. – R$44,93
- Taxa de custódia – R$21,39
- Total líquido – R$1.254,61
- Rentabilidade líquida – 5,52%.
Aplicação de R$20 mil no Tesouro IPCA+ 2026
- R. – R$898,62
- Taxa de custódia – R$427,88
- Total líquido – R$25.092,17
- Rentabilidade líquida – 5,27%.
Aplicação de R$50 mil no Tesouro IPCA+ 2023
- R. – R$846,68
- Taxa de custódia – R$330,29
- Total líquido – R$54.452,59
- Rentabilidade líquida – 3,45%.
Aplicação de R$1 milhão no Tesouro Selic 2025
- R. – R$36.433,42
- Taxa de custódia – R$12.791,12
- Total líquido – R$1.192.152,88
- Rentabilidade líquida – 3,83%.
Perceba que, dependendo do montante aplicado e do título, a rentabilidade varia, já que o valor a se pagar de imposto muda, bem como as taxas.
Note também que é possível que ela varie, ainda que estejamos investindo em um mesmo tipo de ativo, como nos casos do Tesouro IPCA+ 2026 exemplificados acima.
Assim sendo, cada modalidade de aplicação financeira terá rentabilidades diversas e, por isso, é importante entender bem o conceito e realizar simulações antes de tomar uma decisão.
Outra iniciativa que vai ajudar você a fazer seu dinheiro render mais é continuar lendo os artigos do blog da Onze!