Como sair da poupança com bom rendimento e risco baixo
Sair da poupança é o objetivo de muitos investidores.
O problema é que poucos sabem onde encontrar um investimento que alie o risco baixo a uma maior rentabilidade.
Se você tem uma caderneta, já deve ter se questionado sobre isso, não é mesmo?
Pois saiba que existem muitas aplicações em renda fixa que atendem a essa demanda.
A seguir, veja como sair da poupança com maior retorno financeiro e sem traumas.
Preparado?
Continue a leitura.
Por que sair da poupança
Para se tomar uma decisão como sair da poupança, é importante saber como ela funciona.
O rendimento da caderneta é definido por dois indicadores:
- Remuneração básica
- Remuneração adicional.
A remuneração básica é a taxa referencial, calculada pelo Banco Central do Brasil.
Muitas vezes, o resultado é negativo e é substituído por zero.
A remuneração adicional hoje é de 70% da taxa Selic (taxa básica de juros da economia) mensalizada.
No site do Ministério da Fazenda, você encontra as taxas Selic mensais.
Com essa referência, fica fácil entender que, em um momento de juros baixos como o atual, a rentabilidade da poupança não é o seu maior atrativo.
Na prática, essa aplicação mal se sobressai à inflação, ou seja, pouco agrega no seu poder de compra.
Em 2018, por exemplo, a poupança teve um retorno real (acima da inflação) de apenas 0,84%.
Assim, ao analisar todos os dados, você vai chegar à conclusão de que sair da poupança é um bom primeiro passo para cuidar melhor de suas finanças.
Afinal, a rentabilidade é muito baixa, e o fato de ter alta liquidez já não é motivo para se manter o dinheiro lá.
Alta liquidez, você sabe, é a possibilidade de retirar o dinheiro investido a qualquer momento.
Mas não esqueça de um detalhe: o rendimento é calculado uma vez por mês, na data de aniversário da poupança.
Ou seja, se você abriu a conta em um dia 17 e precisa fazer um saque antes do dia 16 do mês atual, perderá o rendimento mensal do valor sacado.
Então, não adianta ter liquidez sem resultados naquele mês, certo?
Por isso, preste atenção em opções mais seguras e rentáveis, como o Tesouro Direto.
Investimentos para sair da poupança
Os investimentos de renda fixa são a melhor alternativa para quem quer sair da poupança.
Isso porque há opções com risco igual ou menor do que a caderneta e com rentabilidade maior.
Antes de conferir alguns dos investimentos, vale a pena lembrar os tipos de rentabilidade que existem:
- Prefixada (taxa de juros predeterminada)
- Pós-fixada (percentual do CDI, taxa que segue de perto a Selic)
- Mistura das duas anteriores (por exemplo: taxa fixa de juros mais a variação do IPCA, que é considerada a inflação oficial).
Pronto, agora que você já sabe como são calculadas as rentabilidades, é hora de conferir as principais aplicações que podem ajudar a sair da poupança:
CDB
CDB significa Certificado de Depósito Bancário.
Ele proporciona ao investidor a mesma segurança da poupança.
É como se o banco estivesse tomando um empréstimo seu.
Como cada título tem rentabilidade e duração próprias, é preciso analisar caso a caso.
Nesse tipo de investimento, há cobrança de IOF para resgates em períodos inferiores a 30 dias e de Imposto de Renda (seguindo uma tabela regressiva, de 22,5% para menos de 180 dias, a 15%, para mais de 720 dias).
Todas as aplicações em CDB são protegidas pelo Fundo Garantidor de Créditos, que garante o pagamento de até R$ 250 mil por CPF por conglomerado financeiro em caso de quebra da instituição financeira.
Tesouro Direto
Seguindo a lógica de você estar emprestando seu dinheiro, no Tesouro Direto você é credor do poder público.
Por isso, o risco é ainda mais baixo do que o da poupança e do CDB.
Os títulos oferecidos são os seguintes:
- Tesouro Prefixado
- Tesouro Prefixado com Juros Semestrais
- Tesouro IPCA
- Tesouro IPCA com Juros Semestrais
- Tesouro Selic.
Os dois primeiros são os únicos títulos de Tesouro Direto prefixados.
O Tesouro IPCA e o Tesouro IPCA com Juros Semestrais se baseiam no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, que é usado pelo IBGE para medir a inflação.
Já no Tesouro Selic, o rendimento é o da taxa Selic.
Para sair da poupança, o grande indicado é esse último, que pode ser vendido a qualquer momento e tem liquidez D+1, isto é, com saque possível em um dia útil.
Para todos os títulos, há uma cobrança de 0,25% de custódia.
Também há cobrança de IOF para resgates em menos de 30 dias e de Imposto de Renda, conforme a mesma tabela regressiva do CDB.
Não há garantia do FGC, mas ela não é necessária: aqui quem deve para o investidor é o próprio Tesouro, que oferece o menor risco possível.
Fundo Selic
Esse tipo de fundo de investimento aplica os recursos em títulos do Tesouro.
A diferença é que hoje há muitas opções que oferecem taxa de administração zero e, assim, acabam custando menos do que o investimento direto nos papéis do Tesouro, já que não cobram a custódia.
A liquidez também é maior do que no Tesouro Direto, com possibilidade diária de resgate.
LCI e LCA
Letras de Crédito Imobiliário e Letras de Crédito do Agronegócio são livres de impostos.
Nessas modalidades, o valor é destinado a financiar atividades na área imobiliária, no caso da LCI, ou da produção agropecuária, se você escolher a LCA.
Nas duas, você pode escolher comprar títulos prefixados, pós-fixados ou híbridos.
Para esse tipo de investimento, vale a pena observar os prazos dos títulos, já que eles costumam ser superiores a 90 dias.
Como sair da poupança
Você não precisa ser um especialista em economia, mas é importante entender como funciona o mercado para investir.
1. Busque conhecimento
O primeiro passo você já deu: está procurando informações de confiança sobre investimentos, renda fixa e a ideia de sair da poupança.
Mas não pare por aqui.
2. Organize suas finanças
Antes de analisar seus investimentos, investigue suas finanças pessoais.
- Quanto você gasta todo mês?
- E quanto recebe?
- Como andam os seus gastos?
- Quanto você gostaria de poupar?
- Quanto você tem na poupança hoje?
- Quanto desse dinheiro você vai precisar nos próximos três, seis e nove meses?
Essas questões são importantes para descobrir os melhores caminhos para as suas aplicações.
3. Faça uma reserva de emergência
A sua reserva de emergência pode conter três a seis meses do seu custo de vida e servir de colchão financeiro para situações extraordinárias.
Com essa reserva, você pode destinar parte dos seus recursos para investimentos de prazo mais longo e até avaliar possibilidades na renda variável.
4. Avalie a liquidez
Investimentos com baixa liquidez (que você não vai sacar logo) geralmente oferecem retorno melhor.
E sempre que pensar em renda variável, mire o longo, longo prazo, de cinco anos para mais.
5. Calcule o rendimento
Para encontrar os melhores rendimentos, é necessário entender alguns índices, como a taxa Selic, os indicadores da inflação e o CDI, parâmetro básico em investimentos de renda fixa.
E para compreender toda a rentabilidade, é importante conhecer também os custos da aplicação, como taxas e a tributação.
6. Compreenda o risco
Para qualquer investimento, você deve avaliar o risco.
De maneira geral, é bom compreender que o menor risco possível está no título Tesouro Selic, que é bancado pelo governo.
E se encontrar taxas muito atraentes em bancos pequenos, desconfie.
Nessa avaliação, é importante pular para a próxima dica.
7. Conheça a Onze Investimentos
Nessa jornada para sair da poupança, uma dica certeira é conhecer a Onze Investimentos.
Nossa casa de research oferece as melhores dicas para que você obtenha retornos consistentes no longo prazo, de olho em um futuro mais tranquilo e confortável para toda a sua família.
Gostou das dicas deste artigo?
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