Taxa de carregamento na previdência privada: entenda tudo sobre
Você já ouviu falar sobre a taxa de carregamento em previdência privada? Junto com outros descontos, esse é um percentual que pode impactar a rentabilidade do seu investimento.
Mas será que há como fugir da cobrança? Ou tem como pagar menos, de acordo com o plano escolhido? Essas e outras dúvidas, você vai poder eliminar com a leitura deste artigo.
A partir de agora, vamos explicar o que é a taxa de carregamento na previdência, como ela opera sobre a aposentadoria complementar e de que maneira você pode gerenciar melhor essa despesa para qualificar seu investimento.
Taxa de carregamento na previdência privada: o que é?
Os planos de previdência privada – fechados ou abertos – são administrados por gestoras financeiras ou outras empresas. O trabalho dessas organizações está em fazer o recolhimento do dinheiro dos investidores e aplicá-lo em outros ativos no mercado financeiro.
Dessa forma, o capital investido é remunerado através de diferentes tipos de aplicações financeiras, até que o investidor faça o resgate do dinheiro.
Nesse sentido, as operadoras cobram taxas relacionadas à manutenção e operação dos ativos. Uma das mais conhecidas é a taxa de administração, que tem incidência recorrente (sendo mensal ou anual, por exemplo).
Mas ela não é a única cobrança com a qual o investidor precisa arcar. Assim, ao decidir aplicar em planos de previdência privada, ele deve ficar de olho na taxa de carregamento.
A taxa de carregamento na previdência privada é um valor percentual calculado sobre cada nova movimentação financeira – de entrada ou de saída – realizada no plano de aposentadoria complementar. Ela não pode ser cobrada sobre os rendimentos, mas, apenas sobre os valores investidos.
Ou seja, a taxa é aplicada sobre novos aportes ou mesmo em saques no saldo da previdência privada. Além disso, ela pode ser descontada sobre a portabilidade de plano, que é quando você muda a instituição responsável pela sua gestão.
Vale dizer ainda que o carregamento tem a função de cobrir custos da operadora com despesas administrativas, corretagem e colocação do plano no mercado.
Como funciona a taxa de carregamento na previdência
Ao contrário de outros descontos realizados de forma periódica, a taxa de carregamento incide sobre o investimento apenas em momentos específicos. De acordo com o plano contratado, a taxa pode funcionar de três maneiras:
Taxa de entrada ou antecipada
A cobrança é realizada logo no depósito do valor, de forma antecipada. Por exemplo, se um investidor deposita R$ 1.000 no ativo, com taxa de entrada de 2%, são descontados R$ 20 da aplicação. Logo, o valor do investimento será de R$ 980.
Taxa de saída ou postecipada
No mesmo sentido, a alíquota é cobrada no saque do valor aplicado. Um investimento de R$ 1.000, com taxa de saída de 3%, resultou em R$ 1.500 ao longo do tempo. Nesse caso, o percentual é aplicado sobre o valor inicialmente depositado, mas só é descontado no momento do resgate. Assim, o investidor recebe R$ 1.470 ((R$1.000 – 3%) + R$500).
Cobrança dupla ou híbrida
Nesta modalidade, a aplicação em previdência privada tem tanto a taxa de entrada quanto a de saída. Utilizando os mesmos dados do exemplo anterior, o investidor deveria pagar as seguintes taxas, neste caso:
- Aporte inicial: R$ 1.000
- Taxa de entrada: 2%
- Investimento: R$ 980
- Saldo ao fim do período: R$ 1.470
- Taxa de saída: 3%
- Saldo para saque: R$ 1.425,90.
Entendeu o funcionamento da taxa de carregamento na previdência privada? O próximo passo é analisar de que forma ela impacta seus ganhos com essa aplicação.
Como a taxa impacta a rentabilidade do investimento
Todas as despesas relacionadas à previdência privada podem impactar diretamente a rentabilidade do investimento. Atualmente, muitas operadoras não fazem mais a cobrança da taxa de carregamento – até porque ela não é obrigatória.
Contudo, ainda existem algumas opções no mercado que descontam o valor dos investimentos realizados. Assim, vale a pena pesquisar bastante antes de escolher pelas modalidades oferecidas.
Sendo um valor percentual que incide diretamente sobre os aportes realizados, a taxa de carregamento pode diminuir os seus ganhos com a aposentadoria complementar.
Utilizando as mesmas informações do exemplo que a gente apresentou anteriormente, veja um comparativo entre um plano que tem a taxa de carregamento na previdência com outro que não apresenta a cobrança:
Aporte | Cobrança Dupla | Saldo em 36 meses | Rentabilidade |
R$ 1.000 | Taxa de Entrada: 2% Taxa de Saída: 3% | R$ 1.425,90 | 3,96% a.m. |
R$ 1.000 | Sem taxa de carregamento | R$ 1.500 | 4,17% a.m. |
Neste exemplo, a diferença entre um investimento com taxas de carregamento e outro sem impactou 20% sobre a rentabilidade da aplicação.
Lembrando, é claro, que as taxas e valores variam de acordo com as operadoras e suas propostas. Por isso, observe bem as alíquotas e faça as contas comparativas entre os dados fornecidos por elas antes de decidir pelo seu investimento.
Quem define a taxa de carregamento na previdência?
O valor e a aplicação da taxa de carregamento na previdência privada são definidos pela própria operadora dos planos. No entanto, a alíquota máxima a ser aplicada é de 10% sobre os aportes.
A sua cobrança é autorizada pelas Resoluções do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) de números 139 e 140, ambas de 27 de dezembro de 2005.
Como vimos, o carregamento pode influenciar negativamente a rentabilidade dos planos previdenciários. Assim, se você está pesquisando por um investimento para a aposentadoria complementar, coloque todos os custos e despesas com a aplicação na ponta do lápis.
Faça, então, uma comparação entre as taxas praticadas pelo mercado – tanto de rentabilidade, quanto de manutenção da aplicação – e, assim, escolha o plano que ofereça os melhores benefícios para você.
Na Onze, temos diversas opções de investimentos para aposentadoria complementar. Como a primeira PrevTech do Brasil, somos uma gestora de investimentos independente, que oferece planos de previdência para o público corporativo.
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