Taxa Selic acumulada: conheça seu valor e os impactos na economia

Por Redação Onze

taxa selic

Você já deve ter ouvido falar em taxa básica de juros, mas e em Selic acumulada? O conceito é bastante simples, ainda que muitas vezes seja confundido.

Para simplificar, preparamos este artigo completo sobre o assunto, incluindo exemplos de aplicação, onde consultar e qual é a sua importância em termos econômicos. Então, vale acompanhar a leitura até o final.

O que é a Selic acumulada?

Um dos motivos que levam à confusão na hora de entender a taxa Selic é a existência das suas diferentes apresentações

Para simplificar, vamos do início: Selic é a taxa básica de juros do Brasil, utilizada pelo Banco Central para manter a inflação controlada e regular a quantia de dinheiro em circulação na economia. 

Uma simples variação pode valorizar ou desvalorizar investimentos e encarecer ou baratear a concessão de crédito no mercado. Ou seja, estamos falando de um indicador que norteia toda a política monetária brasileira.

De janeiro a dezembro, ocorre o registro da taxa efetiva da Selic em cada mês, que representa a sua variação no período – influenciada tanto pela inflação quanto por fatores da economia e da política interna e externa. Ao fim do ano, a soma de todos esses percentuais dá origem à chamada Selic acumulada.

Diferença entre Selic meta e acumulada

Agora você já conhece o conceito de taxa Selic acumulada, mas e a tão falada “meta da Selic”?

Esse é o termo que mais costuma ganhar espaço na mídia. Ele representa a meta anual para a taxa básica de juros, que é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) a cada 45 dias. Aqui, o que temos é uma projeção do Governo Federal, que pode ou não se confirmar.

Ou seja, enquanto a Selic acumulada representa a soma das variações que efetivamente ocorreram ao longo do ano, a meta é, como o próprio nome sugere, uma projeção que serve para traçar os rumos da economia brasileira.

Por que acompanhar a Selic acumulada?

Se você deseja alcançar o melhor desempenho para os seus investimentos, acompanhar a Selic acumulada pode ser um fator decisivo.

Alguns títulos do Tesouro Direto, por exemplo, têm a sua rentabilidade associada ao índice da taxa Selic – ainda que todos eles sofram a influência das suas variações, mesmo que indiretamente.

Quando a taxa básica de juros está em alta, a rentabilidade cresce. Quando ela está em baixa, como tem ocorrido progressivamente ao longo dos últimos anos, os rendimentos diminuem.

O mesmo vale para os investimentos em renda fixa atrelados ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI), taxa que anda sempre muito próxima da Selic. 

É o caso das Letras de Crédito Imobiliário (LCI), das Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), das Letras de Câmbio (LC) e do Certificado de Depósito Bancário (CDB).

A grande questão, muitas vezes ignorada por quem não é especialista no assunto, é que esses movimentos de aumento ou diminuição na rentabilidade ocorrem com base na taxa Selic real, que é acumulada mensalmente. 

O assunto também tem tudo a ver com o processo de valorização e desvalorização do dólar no Brasil. Quando a Selic se confirma em alta, a tendência é que o preço da moeda estrangeira caia, já que muitos investidores de outros países apostam na economia brasileira para aproveitar os juros em alta.

Como a oferta da moeda no mercado nacional aumenta, ela tende a se desvalorizar, o que dá força ao real, ainda, é claro, que outros fatores influenciem na balança.

Selic acumulada em 2019 e 2020

A seguir, você confere a tabela Selic para todo o ano de 2019 e também para os meses já registrados de 2020.

Mês/ano20192020
Janeiro0,54%0,38%
Fevereiro0,49%0,29%
Março0,47%0,34%
Abril0,52%0,28%
Maio0,54%0,24%
Junho0,47%
Julho0,57%
Agosto0,50%
Setembro0,46%
Outubro0,48%
Novembro0,38%
Dezembro0,37%

No caso de 2019, a soma das 12 porcentagens representa uma Selic acumulada de 5,79%. Para 2020, até o momento o que podemos apresentar é a meta do Banco Central, fixada em 3% ao ano na reunião de maio do Copom.

A Selic acumulada na história

Efetivamente criada em 1999, a Selic acumulada daquele ano foi de 23,02% – um valor bem distante da realidade atual. Abaixo, você confere algumas das suas variações em diferentes períodos: 

  • 2000: 16,19%
  • 2005: 17,56%
  • 2010: 9,27%
  • 2015: 12,54%
  • 2016: 13,2%
  • 2017: 7,4%
  • 2018: 6,5%
  • 2019: 5,79%.

Quando olhamos para os números, é possível perceber variações intensas, que representam diferentes períodos políticos e econômicos vividos pelo Brasil. E isso tem tudo a ver com o controle do seu dinheiro.

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