Taxas de juros dos bancos: conheça quais são elas e como são definidas
Acompanhar as variações das taxas de juros dos bancos é essencial para fazer o melhor negócio na hora de solicitar crédito. Além disso, são muitos os fatores que podem influenciar a oferta de linhas mais baratas ou caras de empréstimos e financiamentos.
Neste artigo, listamos os principais e mostramos como você pode descobrir as opções mais vantajosas disponíveis no mercado. Confira!
O que são as taxas de juros dos bancos?
As taxas de juros dos bancos são os percentuais aplicados sobre diferentes produtos financeiros. Simplificando, podemos dizer que se trata do preço que o tomador de crédito paga para poder utilizar um dinheiro que não é seu.
Funciona como uma compensação para a instituição credora pelo risco envolvido e pela transação realizada. Cada tipo de serviço tem uma taxa de juros diferente, que pode variar de acordo com:
- Política do banco
- Tradição no mercado
- Fatores econômicos, a exemplo da taxa Selic
- Garantias oferecidas pelo cliente
- Histórico de pagador da pessoa
- Natureza da transação
- Período de parcelamento.
Um empréstimo consignado a servidores públicos, pensionistas e aposentados, por exemplo, tende a contar com juros mais baixos do que outras modalidades semelhantes.
O motivo é simples: como o valor da parcela é descontado diretamente na folha de pagamento, o risco de perda para a instituição financeira é menor, o que permite oferecer condições mais atrativas.
Já alguém que é inadimplente e tem cobranças ativas em seu CPF tende a ter dificuldades em acessar linhas de crédito mais baratas.
Produtos dos bancos sujeitos a juros
Além do crédito consignado, inúmeros produtos oferecidos pelas instituições bancárias estão sujeitos à cobrança de juros. A seguir, veja alguns deles e suas características.
Cheque especial
Cheque especial é o nome dado ao crédito liberado automaticamente na conta do cliente, caso ele precise realizar operações e não exista saldo suficiente. Por conta da facilidade na sua concessão e do risco envolvido, as taxas geralmente são altas.
Crédito rotativo do cartão
Sabe quando a sua fatura do cartão vence, mas você não dispõe do valor integral para pagar? É justamente aí que o crédito rotativo é ativado.
O exemplo mais comum é o pagamento do valor mínimo da fatura, mas qualquer quitação que não seja a do montante integral já implica em acionar o crédito rotativo.
Na prática, ele funciona como um empréstimo que representa a diferença entre a quantia total e a efetivamente paga. Como o acesso é rápido e o risco de endividamento é alto, as taxas estão entre as mais elevadas do mercado.
Financiamento imobiliário
Destinado para quem deseja adquirir um imóvel, o financiamento imobiliário tem como uma das suas principais características o parcelamento estendido.
Para determinar as condições de pagamento, é traçado um perfil do consumidor. As taxas são definidas com base nas possibilidades financeiras e até mesmo na idade do solicitante.
Uma outra opção semelhante a essa, e tão vantajosa quanto, é o empréstimo com garantia de imóvel. A modalidade oferece ao consumidor taxas de juros a menos de 1% ao mês e um prazo de pagamento de até 240 meses.
Aquisição de veículos
Aqui, existem diferentes linhas de crédito para explorar, mas vamos falar sobre o leasing.
Nesse caso, a compra do carro é feita pela empresa de leasing, uma instituição financeira especializada em serviços como esse, que concede o uso do veículo para o cliente enquanto as prestações são pagas. Ao fim das parcelas, o consumidor passa a ser o dono do veículo.
As taxas são fixadas no momento do contrato e não há alterações ao longo do pagamento das mensalidades.
Existe banco com taxas de juros menores?
Como já comentamos, as taxas de juros variam de um banco para o outro. Isso permite, então, que o consumidor encontre algumas opções melhores do que outras.
Para isso, no entanto, não tem jeito: é preciso dedicar um tempo para fazer buscas, comparando os valores praticados com os benefícios oferecidos e também com o seu próprio perfil e necessidade.
Não sabe por onde começar? A dica é ir diretamente ao site do Banco Central, que oferece listas completas das instituições financeiras autorizadas a realizar transações e as suas taxas para diferentes serviços.
Vamos supor que você queira, por exemplo, consultar os juros praticados no Brasil para o cheque especial. Basta localizar a área com informações para pessoa física e, em “taxas pré-fixadas”, clicar em “cheque especial”. Pronto, agora é só analisar a tabela que está disponível em sua tela e comparar a taxa de juros mensal e anual.
Nesse caso, a taxa anual média vai de 12,01% (Banco Ribeirão Preto) a 159,6% (Agibank). Ou seja, existem bancos com juros menores, mas é preciso comparar as condições.
Além disso, depois de selecionar algumas opções, é interessante visitar a página das instituições financeiras para entender os termos envolvidos e evitar surpresas desagradáveis causadas por falta de informação.
Um dos aspectos mais importante é observar o custo efetivo total (CET), que mostra todas as taxas, os dados de despesas e os custos dos serviços bancários.
Taxas de juros dos bancos, segundo o BC
Para ter uma ideia mais precisa, confira as taxas de juros dos bancos relacionadas a seguir. Elas representam a média de todos os valores listados pelo Banco Central para cada operação.
Modalidade de crédito | Taxa média de juros ao ano |
Cheque especial | 102,8% |
Cartão de crédito rotativo | 315,35% |
Crédito pessoal consignado público | 24,43% |
Financiamento imobiliário com taxas de mercado | 12,83% |
Aquisição de veículos | 16,19% |
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