Taxas do Tesouro Direto e como evitar a cobrança
As taxas do Tesouro Direto podem impactar a rentabilidade dos seus títulos públicos, se você não ficar atento aos valores e condições. Hoje, o programa de títulos do governo federal cobra uma taxa obrigatória de guarda dos ativos, mas também há cobranças do banco ou corretora sobre o investimento.
Além disso, você precisa calcular os impostos que incidem sobre os rendimentos para chegar ao custo final e decidir se os títulos estão valendo a pena. Vamos ajudar na tarefa com informações atualizadas sobre as taxas do Tesouro Direto e dicas para evitar a cobrança.
Siga a leitura e veja como reduzir os custos para ter um retorno melhor no Tesouro Direto.
Taxas do Tesouro Direto
Conhecer as taxas do Tesouro Direto é fundamental para calcular seu rendimento líquido e decidir se vale a pena investir em títulos públicos federais. São cobradas basicamente duas taxas:
- Taxa de custódia da B3 (Brasil, Bolsa, Balcão): é uma taxa obrigatória de 0,25% ao ano cobrada pela B3 pelos serviços de guarda dos títulos e informação sobre a movimentação dos saldos. Sua cobrança é proporcional ao período de manutenção do título, e os investidores com mais de R$ 5 milhões aplicados ganham isenção
- Taxa de administração: é a taxa cobrada pela instituição financeira (banco, corretora ou distribuidora) para custear suas atividades, que pode ser cobrada anualmente ou por operação
A taxa de custódia incide diariamente sobre o saldo dos títulos, e sua cobrança é realizada sempre no primeiro dia útil de janeiro e julho (valor mínimo de R$ 10,00), ou na ocorrência de um dos eventos abaixo:
- Pagamento de juros (no caso dos títulos que pagam juros semestrais)
- Venda antecipada de títulos
- Vencimento do título
Nos últimos anos, várias instituições têm oferecido taxa de administração zero para aplicações em títulos públicos, já que é uma cobrança opcional. No site do Tesouro Direto, você pode conferir uma lista de bancos e corretoras habilitados e as taxas cobradas, assim como o prazo de repasse de recursos e a possibilidade de aplicação programada.
Além das taxas do Tesouro Direto
Além das taxas do Tesouro Direto e das instituições, é importante calcular os impostos e outros custos sobre as aplicações em títulos públicos.
Veja o que pode ser cobrado nesse tipo de investimento.
IOF
O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) é cobrado sobre os rendimentos do Tesouro Direto, mas somente quando a aplicação é resgatada em menos de 30 dias. O mesmo ocorre com qualquer outro resgate de investimentos ou operação de crédito, câmbio, seguros e empréstimos em período inferior a 30 dias.
Se você decidir vender seu título do Tesouro Direto antes de completar um mês, será cobrado a partir de uma tabela de alíquotas regressivas do IOF. No caso, a cobrança se inicia em 96% dos rendimentos, para um dia de aplicação, e vai diminuindo até chegar a 0% no 30º dia.
Imposto de Renda
O Imposto de Renda também é cobrado sobre a rentabilidade do Tesouro Direto, seguindo a tabela regressiva para aplicações financeiras não previdenciárias da Receita Federal:
Prazo da aplicação | Alíquota de IR cobrada sobre rendimentos |
Até 180 dias | 22,5% |
De 181 a 360 dias | 20% |
De 361 a 720 dias | 17,5% |
Acima de 720 dias | 15% |
Transferência bancária
Por fim, mesmo que a corretora não cobre a taxa de administração, é importante colocar uma possível taxa de transferência bancária para investir no Tesouro Direto. No caso, há instituições que cobram essa taxa para transferir recursos para a conta da corretora, e a própria corretora também pode cobrar sua taxa pelo caminho inverso.
Como evitar as taxas no Tesouro Direto
Há várias formas de evitar as taxas no Tesouro Direto e reduzir os custos do seu investimento. Para começar, você pode escolher corretoras que não cobram taxa de administração para mediar os investimentos em títulos públicos — o que é cada vez mais comum no mercado.
Outra opção interessante é investir no Tesouro Direto por meio de fundos de renda fixa que alocam recursos em títulos públicos. Hoje, já existem fundos que cobram taxa zero de administração e ainda isentam o investidor da taxa de custódia, como o Órama DI Tesouro e o BTG Tesouro Selic Simples FI RIF.
Além disso, esses fundos de investimento facilitam a diversificação da sua carteira e deixam a gestão por conta de profissionais.
Entendeu como evitar as taxas no Tesouro Direto e garantir um retorno maior nos seus investimentos em renda fixa? Compartilhe este conteúdo com seus colegas e amigos.
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